23. Cebolinha

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Xamã já tinha ido pra casa e eu estava lá com ele e major.
Depois de um tempo xamã dormiu e major foi embora.
Peguei no sono com os cafunés de Geison. Acordo com meu celular tocando e vibrando como nunca.

- oi marxel - disse manhosa.

- desculpa atrapalhar sua folga, mas olha esse vídeo que tá viralisando. Acabar eu te espero no batalhão.

- o que foi loira? - Geison disse sonolento me abraçando.

- problemas.

"Essa aqui vai pra comandante do bope, eu gosto de estuprar e matar criancinhas principalmente mulher, não quer vir pra festinha não? Eu sou cebolinha pode colocar o bope atrás de mim e não vai achar."

Me levantei num vulto, a raiva ferveu. Eu só queria estourar a cabeça dele. E é isso que eu vou fazer.

- se acalma loira. - Geison me abraçou forte.

- não é assim que funciona comigo, um cara desse vivo é um perigo pra mim e pra sua filha.

Peguei a pistola e coloquei no cós da calça, peguei minha bolsa e a chave do carro.

- não sei quando eu volto e se eu volto. - lhe abracei forte - te amo - lhe beijei de uma forma calma, demostrando tudo o que eu sentia.

- cuidado, eu preciso de você.

Lhe dei um selinho querendo ficar e saí, fui tão rápido pro batalhão que passei em todos os sinais vermelhos e foto sensores.
E por um momento eu pensei e sorri com esse pensamento "te amo" eu ainda não acreditei que eu falei isso.

Cheguei no batalhão furiosa, todos estavam ao meu aguardo fardados e armados até os dentes. Me equipei com todas as armas que eu poderia segurar e peguei a chave do carro e entreguei pro marxel que sempre ficava no volante e eu no banco do carona.



- vamos primeiro no delegado Texeira, ele deve ter mais informações sobre esse maníaco desgraçado. - eu batia a perna forte.

- sim senhora. - Marxel pegou na minha perna e apertou - preciso que se acalme.

- que baixaria é essa marxel, pegando na minha coxa sem autorização?

- desculpa comandante. - ele fez gesto de desculpa.



Ao chegar na delegacia foi como uma invasão, os policiais olharam pra gente com um olhar de intervir, mas depois de ver todos bem armados continuaram sentados nas suas cadeiras. O meu pessoal abriu espaço pra eu passar e todos riram.



- comandante! - delegado Texeira, um amigo de longa data se levantou e veio me abraçar.

- não tô fazendo uma visitinha pra matar a saudade. - ri e lhe abracei, foi um abraço curto só mesmo pra cumprimentar.

- vi você no clipe e as suas fotos... - foi andando até a à sua sala - nunca achei que pudesse ficar mais gata e gostosa.

- delegado! Vamos medir as palavras com a comandante aqui. - me sentei na cadeira em frente da sua mesa. - tenho seis homens armados até os dentes, e o arsenal da sua delegacia não ajuda muito.

- o que te trás aqui? Eu sei que não estava com saudades.

- preciso saber sobre um tal de Cebolinha. Quando ele começou a estuprar crianças e mulheres, o porquê disso, onde ele se esconde... Absolutamente tudo.

- não posso dar minhas informações assim sobre esse caso. - ele me olhou malicioso.

- então você prefere o fuzil na sua cara? Com todo respeito delegado.

- estamos falando disso delegado - Marxel colocou o celular com o vídeo em cima da mesa.



Ele analisava bem o vídeo, nunca vi o delegado tão sério.

- Tenho certeza que esse filho de uma puta não tá aqui no estado. Eu acho que foi pro nordeste do Brasil.

- delegado, nos ajude, você está nesse caso a tanto tempo... Eu preciso desse homem morto, é uma segurança pra mim e pra sua filha. - apoiei meus antebraços por cima da mesa com a postura reta. - preciso do senhor delegado.

- ver uma comandante do bope me suplicando assim chega a ser uma piada.

- não tô afim de apontar o fuzil na sua cara.



Meu celular começa a vibrar, olho discretamente o visor era Rafael me mandando mensagem.


Delegado Texeira me mostrou todo o seu esquema, onde ele poderia está e o que está tramando. Me despeço dele e entro no carro com o pessoal.

- é mentira. Tudo o que ele disse era mentira. - Rafael disse baixinho.

- eu sei rafael.

- o pior que faz sentido ele ir pro nordeste do Brasil, lá a polícia é mais frouxa. - Rafael continua vendo o vídeo no seu celular sem parar procurando alguma coisa que deixamos passar pela pressa e agonia por querer esse cara na cadeia... ou melhor... Morto.


Xamã - Gata você é o crime...Where stories live. Discover now