Capítulo 2

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Capítulo dois – Primeira cólica.

Pete sorriu para Pat, o alfa sem jeito deixou as coisas na porta do ômega e o cumprimentou;

― Bom dia, Pete, a pedido do Kinn eu vim começar a medir as coisas para poder construir a parede e fechar a parte onde você lava a roupa ― Pat explicou e Pete assentiu.

― Pode ficar a vontade, é só virar aqui ― apontou e Pat assentiu ― Qualquer coisa você bate na porta lateral.

― Obrigado.

O ômega entrou em casa e fechou a porta, foi até Macau que estava deitado no sofá com vários lençóis o enrolando para que ele não se mexesse, Pete havia percebido que quando mais apertadinho o filhote ficava nos lençóis, mais ele gostava e dormia melhor. A mãe de Porsche havia dito que era porque ele estava acostumado na barriga do ômega onde era bem apertadinho.

― Vou aproveitar que você está dormindo e vou lavar a louça ― Pete disse empurrando uma das poltronas para perto do sofá juntando a ele, fazendo assim com que Macau tivesse mais espaço e não caísse.

O ômega começou a lavar a louça no maior cuidado para que o filhote não acordasse, Pete sentia suas costas horríveis e queria chorar, não estava fácil ficar sem tempo para si mesmo. É lógico que ele entendia que Macau precisava dele 24hrs por dia, mas ainda sim não era nada fácil, não era legal não ter tempo para si mesmo, aquilo era cansativo e não era nada ‘’bonito’’ ou ‘’ah, é tão bom e quando ele crescer você vai entender que valeu a pena’’, não, não era bom, era cansativo, e Pete queria que entendessem quando ele falasse que era cansativo.

― Eu já estou terminando, Macau ― Pete disse quando ouviu o bebê chorar, limpou as mãos e foi pegar o ômega ― O que foi? ― Pete cheirou a cabecinha dele ― Você cheira a dor, filho.

― Pete? ― Pat abriu a porta lateral e o ômega o encarou assustado ― Perdão, eu só queria perguntar se v- Você está bem?

― Ele cheira a dor, não é? ― Pete foi até o alfa ― Ele cheira?

― Um pouco ― Pat disse vendo o ômega desesperado ― Você precisa de algo?

― Pode chamar a mãe do Porsche? Por favor, eu não sei porque o Macau está cheirando a dor, eu não consigo saber eu... ― olhou para o filho que resmungava.

― Eu posso? ― Pat pediu entrando na casa e se aproximando do ômega, chegou com o rosto próximo ao bebê ― O cheiro vem da barriga dele, talvez seja cólica, bebês tem isso, minha avó colocava um pano com água morna quando os bisnetos sentiam dor na barriga.

― Eu não... ― Pete suspirou ― Seria demais pedir para você esquentar um pouco de água no fogo? Eu não quero deixar ele.

― Não, eu ajudo ― Pat foi lavar a mão na pia.

― A panela está no armário ― O ômega disse ninando o filho, ele não estava mais chorando, só resmungando, mas sua carinha não estava nada boa ― Será que passar a mão na barriga dele ajuda?

― Acho que sim ― Pat disse sem jeito, colocou a panela com água no fogo e esperou esquentar um pouco.

Pete voltou para a sala e pôs o bebê no sofá, começou a passar a mão na barriga dele fazendo uma massagem, ele ainda resmungava. Pat se aproximou com a panela de água morna e pôs na mesinha, o ômega abriu o macacão que Macau usava.

― Será que não vai queimar a barriguinha dele? ― Pete perguntou pegando uma fralda de pano.

― Não, esprema bem a água e passe devagar, minha avó fazia assim com os meus sobrinhos ― sorriu explicando e deixou seus feromônios saírem para acalmar o ômega, Pete fez uma careta ― Desculpa, é porque você está nervoso.

Um bom pai  •vegaspete•Onde histórias criam vida. Descubra agora