Um bom pai •vegaspete•

03

Capítulo – Sentimentos.

― Você é um burro! ― Macau gritou quando entrou em casa ― Um grande imbecil.

O ômega percebeu que não tinha ninguém em casa e se jogou em sua cama assim que entrou no quarto.

Macau sabia o que sentia por Porchay, sabia desde que tinha dezessete anos, mas era confuso na sua cabeça, não por Porchay ser filho do melhor amigo de seu pai, não por ter crescido com o alfa, mas sim porque não sabia o que falar, não sabia se poderia machucar Porchay na hora de falar algo, se ele não seria grosso demais ou chulo demais com o alfa. Porchay era diferente, ele era mais quieto, ele não falava palavrão, ele era bem mais carinhoso, já Macau... Macau xingava até o vento às vezes.

― Macau?! ― o ômega sentou quando ouviu a voz de Vegas ― Macau?

― Tô no quarto! ― gritou e não demorou para o alfa aparecer na porta ― O senhor vai fazer o almoço?

― Eu comprei comida pra gente, não estou com vontade de ficar no fogão hoje ― sorriu ― Vou tomar um banho, você arruma lá na cozinha?

― Tá bom.

Macau levantou e foi arrumar as coisas na cozinha, alguns minutos depois Vegas voltou e sentou a mesa com o filho, enquanto comiam o alfa percebeu que Macau estava calado e isso não era do feitio do garoto, ele gostava de conversar, de falar de alguma coisa sempre, e isso desde pequeno.

― O que aconteceu, lobinho?

― Nada não pai.

― Macau...

― Eu encontrei com o Chay hoje ― falou e Vegas balançou a cabeça para que ele continuasse ― Porra pai, eu não sei o que fazer, eu não sei como falar com ele.

― Nessas horas eu acho que você puxou pra um lado do Pete que fica só dentro dele ― Vegas disse.

― Achei que tinha puxado para o senhor nisso.

― Eu sou bem direto em certas coisas e quando estava começando a gostar do seu pai, eu falei, não de maneira totalmente direta, mas eu falei ― disse e Macau assentiu ― Dizem que quando temos filho, algo em nós que nunca foi posto para fora, sai na criança, talvez o lado tímido do seu pai esteja em você.

― Eu só não quero ser um babaca com ele, falar idiotice, entendeu?

― Eu entendi filho, e eu não tenho um conselho direto para isso, é algo que tem que partir de você é algo que você tem que pensar e agir da maneira que você sente ― Vegas aconselhou ― São os seus sentimentos, você tem que saber como expressá-los para quem você gosta.

― Vou esperar o aniversário dele ― Macau disse ― É isso, vou esperar o aniversário.

[...]

― Macau Saengtaam! ― Pete gritou pela casa ― Macau Saengtaam Na Theerapanyakul!

― Caralho me chamou pelo nome gigante ― Macau entrou na sala sem camisa e viu seu tio Arm ali ― Oi tio, licença, deixa eu colocar uma camisa.

― Esse menino tem quantos anos mesmo? ― Arm perguntou rindo ― Tá maior e mais forte do que você quando era novo.

― 20 anos de pura gostosura ― Macau disse voltando, se aproximou do tio e beijou a testa dele ― Como está tio?

― Bem, sentindo falta de Kim, mas Ming me ajuda ― respondeu.

Assim que Kim fez 23 anos, Arm e Pol decidiram adotar mais uma criança e assim veio Ming, que estava com quatro anos.