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Capítulo – Vocês dois juntos.

Macau sabia sobre tudo que aconteceu com seu pai, desde quando ele era pequeno, as pessoas com quem saía, às confusões que se meteu, sabia até como havia sido feito no tal banheiro de bar que Pete e Big falavam, não sabia a história completa, mas sabia por cima. Macau sabia sobre tudo.

E ele não achava que isso era ruim, ele adorava ouvir as histórias do pai ômega, adorava ouvir Vegas dizer que teve que esperar meses para que o ômega quisesse morar com ele, adorava ouvir Big contar sobre os casos que teve com alfas – que segundo ele nunca sabia se era casado, e por ouvir tanto sobre as coisas que Macau tinha pensamentos diferentes, e não que isso fosse ruim, na verdade era ótimo.

Macau tinha 20 anos e era virgem e ele era porque ele queria ser, mesmo que Pete tenha falado que ele só poderia disponibilizar o que fica na frente e o buraco que fica atrás depois dos 20, o ômega nunca obrigou o filho a isso, sempre deixou claro que ele faria o que ele quisesse, mas tendo consciência disso, e Macau era virgem e gostava disso, e Pete também adorava, saber que Macau era diferente de si e de Big nesse quesito era algo que fazia Pete segurar o choro.

Depois que Macau completou quinze anos, Pete começou a ter medo do que o filho iria fazer, na cabeça dele em algum momento ele pagaria pelas merdas que fez a Nari quando era jovem, que as palavras ruins que Nari lhe falava iriam se tornar verdade e que Macau o faria chorar de desgosto. Mas os anos foram passando e Macau realmente fazia Pete chorar, mas não de desgosto e sim de alegria, de amor, de orgulho, porque Macau era um bom filho.

― Mas é um filho da puta mesmo ― Macau entrou em casa xingando, Pete que lia alguns papéis encarou o filho ― Espero que ele enfie um pedaço de pau no c-

― Nossa, pra que isso? ― Pete perguntou ― Quem te deixou irritado assim pra você desejar um pedaço de pau no cu?

― Yosan me devendo de novo ― Macau se jogou no sofá ― É um filho da puta.

― Eu já disse para você parar de emprestar dinheiro pra esse moleque, mas não, você continua.

― É amigo né pai, quando eu preciso ele me ajuda ― murmurou ― O senhor nem sabe ― Macau sorriu ― Não tem a filha do cara da barraca de peixe, aquele que o senhor falou que xingava o senhor pra caralho?

― Sei, velho filho da puta, sempre disse que eu era um ômega que não valia nada, foi ele que saiu inventando que eu tinha traído seu pai Vegas ― Pete lembrou ― Eu sinto raiva até hoje e nem me importo se isso faz mal pra alma.

― A filha dele tá doidinha atrás de mim ― Macau disse e Pete começou a rir ― Sério pai, ela hoje foi me ver lá no trabalho, ficou me elogiando, o papai Vegas viu tudo.

― Aqui se faz, aqui se paga, falava de mim, mas a filha dele quer você ― Pete riu mais alto ― Puta que pariu, os humilhados serão exaltados.

― Eu falei pra ela que eu não procuro ninguém e que ela é ômega, a família dela não aceitaria ela se envolver com outro ômega ― contou ― Aí ela disse que não se importa com isso.

― Mas o pai dela sim ― Pete disse ― Meu filho, quando seu pai Vegas me disse uma vez que todos dessa matilha iriam te amar, eu não acreditei, mas olha hoje.

― Eles não me amam pai.

― Mas eles tem inveja do garoto incrível que você é ― Pete sorriu pequeno― Até as velhas fofoqueiras aqui da rua adoram você, e quando você era pequeno elas falavam pra caralho e olha só, é só você sorrir para elas que elas ficam todas assanhadas.

― Porra pai ― riu ― O que vamos levar pro almoço lá no Big?

― E temos que levar alguma coisa? Ele não nos convidou?

Um bom pai  •vegaspete•Onde histórias criam vida. Descubra agora