I Gotta Feeling [Taegi]

14 Chapter 🌹

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— O-oi, Appa... Sou eu! – Digo saindo de fininho de perto daquele bocudo, escutando uma risadinha baixa vindo dele. Taehyung era um tipo de homem que não levava quase nada a sério.

"Escutei voz grossa"

Olhei pro Taehyung como se aquilo fosse ofensivo. Qual foi? Eu não tenho voz grossa e máscula?

"Será que finalmente sua puberdade está fazendo efeito?"

— Pai! – Digo enfezado, revirando os olhos e indo até a porta, sentindo o anarquista do Taehyung me abraçar por trás.

"Desculpe"

— Seu pai não bate na porta não, é? – Escutei o mesmo cochichar em meu ouvido e neguei.

— Ele é meu pai, dei a liberdade pra isso, e sai daqui. – Empurro ele, ainda escutando a típica risadinha.

— Vai me apresentar para meu sogro? – O olhei sem paciência alguma – Podemos continuar o que estávamos fazendo?

— Para com isso! – Digo ao sentir ele me puxar e beijar minha bochecha, totalmente sacana.

O Taehyung parecia estar debochando da minha situação, sabia meu problema com o meu pai e de que não tenho planos para assumir algo que não "existe".

— Appa... Vou terminar rapidinho, e já saio, ok? – Escuto uma confirmação e fecho os olhos, estava com medo e o Taehyung só piorava a situação. Se eu estivesse no fundo do poço, Taehyung faria questão de jogar concreto lá de cima.

Tomei um banho de gato, e esperei com que o Taehyung fizesse o mesmo, que pelo incrível que pareça ele obedeceu. Pedir para ele ficar no banheiro, iria dar um jeito de pegar suas roupas limpas e resolver o problema com o meu pai. Assim que sair do banheiro, sorri um tanto nervoso, passando pelo o meu pai. No quarto, vestir a roupa que já tinha separado há um tempo e sem delongas alguma, fui ao encontro do mais velho que se encontrava na cozinha, colocando umas coisas na geladeira.

— Você está aí! Comprei umas coisas pra você e pro Venom, estou com saudades daquela bolota. Você almoçou? Parece magro, anêmico.

— Eu estou muito bem, e sim, eu almocei. Obrigado por comprar essas coisas mesmo eu não precisando, mas enfim... Qu-

— Filho, desculpe interromper mas eu vi um carro igual do senhor Kim estacionado próximo daqui. Talvez eu esteja com a vista ruim, mas o modelo é igualzinho, até o brilho impecável da tinta.

— Ah... Sem ofensas, mas o senhor sempre insiste em colocar àquele metidinho na conversa, mas o que isso tem a ver?

— Não é estranho um homem daqueles por aqui? Devo estar enganado.

— Por que seria? Ele deve ser tão sujo e o senhor sempre está a questionar, sinceramente.

— E você insiste em passar ele para trás. É um homem bom, conversa bastante comigo e vejo que tem visão de futuro, eu gosto de trabalhar pra ele pois sei que o meu trabalho ô agrada. – Reviro os olhos por tamanho puxa saco.

Não entendia a amizade dos dois, meu pai sempre estava descrevendo Taehyung como um homem bom, o que não deixa de ser verdade, mas ele fala com tanta convicção, até mesmo irritava. Fico calado e vejo o mesmo caminhar até a sala, precisava ver um motivo para ele ir embora.

— Pai? – Vou atrás do mesmo – Eu tenho um compromisso importante, sabe? – Digo olhando para minhas mãos, não podia negar que ainda estava um pouco nervoso.

— De quem é àqueles sapatos sociais que estão na porta? – Olho em direção e lanço um sorriso sem mostrar os dentes. Parece que quanto mais eu tento me desgrudar do Taehyung, mais evidências cai sobre mim.