CAPÍTULO 12

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Desculpe se houver erros, não consegui revisar.

── Eu vou ser tia?! Eu vou ser tia? ── Pergunta Kira pela milésima vez aumentando a voz a cada segundo ── EU VOU SER TIA SEUS FILHOS DA PUTA ── Grita e meus tímpanos quase estoura

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── Eu vou ser tia?! Eu vou ser tia? ── Pergunta Kira pela milésima vez aumentando a voz a cada segundo ── EU VOU SER TIA SEUS FILHOS DA PUTA ── Grita e meus tímpanos quase estoura.

── Ai Kira, para de gritar, os vizinhos vão reclamar ── A aviso rindo da sua dancinha da alegria.

── Eu não tô acreditando. Titia já ama amorzinho ── Sorriu alisando minha barriga.

Essa mulher é doidinha meu Deus.

Graças a minha folga, resolvi vir ao apartamento da minha amiga dar a notícia pessoalmente. Como imaginei, Kira ficou doidinha com a notícia.

── Já lhe digo que farei muitos books do meu sobrinho ou sobrinha. ── Ditou séria ── Só espero que você seja fotogênico ── Sussurrou pra minha barriga e ri ── Se for linda igual a mãe vai ser fácil. Ah, falando em mãe, quem é o papai do nosso baby?.

Até que demorou pra ela fazer a pergunta de milhões.

── Você conhece bem.

Kira fez cara de pensativa e logo arregalou os olhos.

── Meu Deus ── Tapou a boca espantada ── Você deu pro Lorenzo de novo? Bem, pelo menos a criança vai sair bastante linda isso é fato.

Dei pro Lorenzo? Essa mulher é louca? Ah esqueci, é sim.

── O Lorenzo não é o pai. Já te disse, eu ficava com o Lorenzo na adolescência, nunca mais aconteceu.

Por algum motivo desconhecido, na cabeça de Kira eu fico com Lorenzo até hoje.

── Então quem é? 

── Andrew Bennett.

Me lembro de alguns trabalhos em que Kira fotografou Andrew, e foram várias vezes.

── Andrew? O Andrew Gatão, gostoso, rico, inteligente e gostoso… eu já disse gostoso? Enfim, o gostoso?

── Acho que é esse sim ── Ri.

── Meu Deus, agora o nosso baby além de nascer lindo vai nascer rico, que sortudo.

── Não viaja Kira ── Revirei os olhos.

E como se nos ouvisse recebo uma mensagem de Andrew dizendo que está me esperando lá embaixo.

Como resolvi vim pra casa de Kira, tive que dar o endereço da minha amiga para ele vim me buscar. Neguei de todas as formas sua carona mas ele não me deu brecha. 

Teimoso.

── Andrew chegou ── Aviso ── Preciso ir. Vamos conversar sobre o bebê. 

Kira assentiu e me abraçou bem apertado.

── Espero que fique tudo bem. Quando chegar em casa me avisa, quero fofocar ── Ri e me despedi.

Quando cheguei na calçada do prédio de Kira, o mustang preto, e o seu dono encostado nele era mais do que perceptível naquela rua. 

── Oi ── Disse Andrew.

Quando estava próxima recebi um beijo na bochecha.

── O-oi ── Gaguejei sentindo o local beijado formigar.

Com uma das mãos em minhas costas, Andrew me direcionou até a porta do passageiro e abriu a porta pra mim.

Ui, cavalheiro.

── Tive alguns problemas na empresa e por isso nosso almoço será por lá, tudo bem? ── Perguntou assim que pegou no volante.

── Por mim, ok ── Dei de ombros.

O caminho todo até sua empresa foi em puro silêncio, mas graças a Deus não era um silêncio desconfortável.

Assim que chegamos frente ao prédio, Andrew abriu a porta mais uma vez para mim, e entregou as chaves do seu automóvel ao seu funcionário. A cada passo que dávamos para dentro do prédio, olhares curiosos eram direcionados a nós, especificando, a mim. Os cochichos eram mais do que notórios, mas diferente de mim, Andrew não estava dando a mínima.

── Não ligue pra isso! ── Diz Andrew assim que entramos no elevador apertando um dos botões no painel.

── Eu não ligo.

Mentira, eu ligo sim. E se as pessoas estiverem tirando conclusões precipitadas? Não gosto de ser motivo de fofoca e nem de obter muita atenção, mas era de se esperar quando se tem Andrew Bennett ao seu lado.

Quando finalmente chegamos ao seu andar - a cobertura - fico surpresa ao ver uma mulher de aparência tão jovem como provavelmente sua secretária.

A coitada estava toda perdida com aquele monte de papéis. Ao ver Andrew a mulher correu meio desajeitada em sua direção.

── Senhor, tiveram problema com uma das cargas de diamantes e estão solicitando o senhor na garagem privada ── Diz e posso ver suas bochechas corarem.

A mulher, no entanto, é fofa. Seus cabelos ruivo dão destaque em sua pessoa, assim como suas sardinhas lhe dando um ar mais doce, e seus óculos de fundo de garrafa lembram o que eu usava na minha juventude.

── Obrigado Tessa. Ofereça algo para a senhorita Collins ── Diz Andrew e Tessa sorri amigavelmente para mim ── Não vou demorar ── Disse para mim e apenas assenti.

── Quer alguma coisa? Água, suco ou um café? ── Perguntou Tessa assim que Andrew sumiu pelas portas do elevador.

── Estou bem, obrigado ── Agradeci ── Posso te fazer uma pergunta? ── Assentiu ── Quantos anos você tem? Você me parece tão jovem.

Ao escutar minha pergunta a garota sorriu um pouco envergonhada. Não queria ser indelicada, mas ela aparentava ter uns dezessete anos.

── Vinte e dois ── Respondeu envergonhada. 

Realmente muito jovem.

No tempo que fiquei esperando por Andrew conversei amigavelmente com Tessa, e o pouco que a conheci percebi que ela é realmente uma garota doce e fofa, e qualquer coisinha ela cora de vergonha.

Andrew estava demorando a voltar, e como não tomei café da manhã - graças aos enjoos - minha barriga estava começando a roncar. Já estava quase desistindo e indo embora quando o senhor teimoso deu o ar da graça.

── Desculpe a demora. Vamos entrar, creio que já deve estar com fome.

── Morrendo ── Corrigi.

A sala de Andrew era simplesmente espectacular. Os móveis eram todos de tonalidade escura, e arrisco a dizer que preto seja sua cor preferida.

── O que vai querer de almoço? ── Perguntou se ajeitando em sua cadeira e fiz o mesmo me sentando à sua frente.

── Comida japonesa, é a única coisa que consigo comer no momento ── Sorri sem graça.

── Está com dificuldade pra comer? ── Perguntou preocupado enquanto mexia em seu celular.

── Um pouco, nada demais. 

── Precisamos marcar uma consulta o mais rápido possível pra você. Quero saber se está tudo bem com o meu filho.

"Meu filho" o quão estranho isso ainda vai parecer? Até ontem eu era uma mulher sem muitas preocupações, e como se eu acordasse de um sonho, apareço repentinamente grávida.

── Mas o que exatamente você quer conversar comigo? ── Digo direta.

── Quero que venha morar comigo.


ANDREW Where stories live. Discover now