CAPÍTULO 29

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Estava desacordada, não me lembrava em que momento, mas os homens que me sequestraram me doparam

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Estava desacordada, não me lembrava em que momento, mas os homens que me sequestraram me doparam. Meu corpo reclamava de tanta dor, e nem vou falar da minha barriga.

── Finalmente você acordou meu amor ── Dedos alisam meus cabelos e rosto me assustando.

Meu corpo todo estremeceu ao escutar aquela voz. Não podia ser.

Ao abrir meus olhos e encontrar Vinícius, automaticamente me sento num pulo e me afasto de seu toque.

Não, não pode ser.

Olho a redor e percebo estar em um quarto, um quarto que eu jamais vi na minha vida. Estava bastante escuro, apenas o que iluminava o local era o pequeno abajur em uma mesinha ao lado da cama.

Meu coração se acelera, e acho que posso morrer neste momento. Meus olhos lacrimejam e começo a chorar silenciosamente.

── Está tão emocionada assim em me ver?

── Vi-Vinicius ── Os soluços me impedia de proferir uma frase clara.

── É tão bom saber que não esqueceu do seu marido.

Vinicius novamente se aproximou e voltou a acariciar meu rosto. Seu toque me trazia repulsa, e mesmo querendo sair correndo não fiz, não podia, não tinha forças nas pernas, não teria pra onde ir.

── Estive tanto tempo procurando por você meu amor ── Cheirou meu pescoço ── Estava com tanta saudade de você. Agora seremos uma família, como antes.

Tal possibilidade me fez chorar descontroladamente. Eu não podia voltar para aquele inferno.

── Não chore querida, agora você está em casa, você está comigo ── Beijou meus lábios e senti um enjôo de imediato. A vontade de vomitar era enorme.

A escuridão do cômodo denunciava que já era noite. Não pudia ver muito, mas sabia que aquela não era a casa em que morava com Vinícius a tempos atrás, era um novo local.

── Onde eu tô? ── Consegui perguntar depois de um tempo.

── Em casa meu amor.

Vinícius não parava de acariciar minha pele, me trazendo então um arrepio ruim pelo corpo inteiro.

── O que você fez com o Lorenzo?

── Aquela bicha?! ── Disse descontente ── Ele tá bem, infelizmente mas está. Ele merecia a morte, uma morte pelas minhas mãos por ter te ajudado a fugir de mim ── Repentinamente seu semblante se tornou sombrio.

── Deixa o Lorenzo em paz ── Peço sentindo as lágrimas rolarem sem parar.

── Por que você tá preocupada com ele? ── Agarrou meu queixo me encarando com raiva ── Você também deu pra ele? E essa criança e de qual dos dois? ── Cutucou minha barriga com força e chorei mais ainda.

Eu não sabia o que fazer naquele momento, mas chorar parecia a minha única opção. Tinha medo pelo bebê.

── Estou tão decepcionado com você Irina ── Empurrou minha cabeça me fazendo tombar para trás ── Você merece um castigo.

── Não... ── Sussurrei.

── Sim, mas antes vou dar um jeito de tirar essa criança de você ── No mesmo momento meus olhos se arregalaram em espanto ── Você não terá um filho de outro homem ── Me deu as costas indo até a porta.

Corri até ele e me ajoelhei em sua frente.

── Vinícius por favor não ── Supliquei.

── Me solta Irina ── Sacudiu sua perna tentando me desgrudar dele, mas não deu certo ── ME SOLTA PORRA!

Vinícius se sacudiu com um pouco mais de força, o que me fez cair para trás e em cima da minha barriga. Gemi de dor.

── Escute o que vou dizer ── Se agachou em minha frente e segurou meu queixo me obrigando a encara-lo ── Eu vou tirar essa criança de você e não há nada que você possa fazer, e depois que essa aberração estiver morta e fora do seu corpo, eu vou te fuder até você tiver um filho meu, e eu te prometo Irina, toda a raiva que venho sentindo de você durante esse tempo, eu vou descontar em dobro.

Vinícius saiu pela porta a fechando com um baque. Ainda sentindo uma dor agonizante na barriga, me deito lentamente no chão chorando.

Eu estou sonhando, eu estou sonhando... Repetia lentamente em pensamentos.

Eu não posso deixar Vinícius ferir a esse bebê, não posso.



ANDREW Where stories live. Discover now