CAPÍTULO 21

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IRINA

Faltavam só alguns minutos para o tal jantar que Andrew tinha marcado, e como eu estava? Deitada comendo um grande pacote de salgadinhos.

── Levanta essa bunda daí Irina! ── Reclamou Lorenzo me cutucando com a vassoura e atrapalhando minha visão da televisão.

── Aah Lore, saí da frente ── Tentei chutá-lo mas ele se esquivou.

── Olha como a bixa tá audaciosa ── Debochou. Acabei rindo da sua cara.

Hoje eu estava com uma preguiça descomunal. Acho que sofro de preguicite aguda.

Estava tão inerte no programa de TV, que ao menos escutei a campainha tocar, e muito menos Lorenzo atender e Andrew entrar.

── Você ainda não está pronta?

Acabo tomando um susto com a voz grossa de Andrew. Olho em sua direção e vejo sua cara de indignado.

── Eu tô cansada, da um descanso ── Faço manha.

── Nem adianta, precisamos resolver assuntos entre nós

── Podemos resolver aqui mesmo. Que tal irmos pro meu quarto e conversamos ── Sugeri como uma segunda opção

── Quando eu entrar no seu quarto jamais será pra conversar Irina ── Vi desejo passar por seus olhos e resolvi redimir meu pequeno equívoco.

Ficar com Andrew trancado em um quarto não é uma boa ideia, não depois que eu comprovei que com apenas um toque eu cederia a não só seus desejos como aos meus também.

── Mas se você quiser isso...

── Não, não, tá tudo bem. Em vinte minutos estou pronta ── Me levantei e corri para o banheiro.

Agora estou sendo ameaçada até pra ir jantar, onde paramos em.

Me arrumei feito um flash. Não coloquei muito maquiagem, e muito menos fiz O penteado. Coloquei um vestidinho preto pra esconder o volume na barriga, e mesmo grávida não consegui trocar o salto. Quando cheguei na sala Lorenzo e Andrew estavam se olhando igual dois leões prestes a se devorarem.

── Vamos? ── Perguntei os tirando do transe ── Lore, não vou demorar prometo ── Fui até Lorenzo e deixei um em sua bochecha ── Até.

── Toma cuidado gatinha ── Tomei um susto quando Lorenzo me puxou pela cintura e me abraçou escondendo o rosto em meu pescoço.

── Vamos Irina? ── Escutei a voz um pouco irritadiça de Andrew e me desgrudei de Lorenzo.

Fomos em total silêncio até chegar no carro.

── E então, aonde vamos mesmo?

── A um restaurante da minha mãe.

Não tinha reparado, mas Andrew estava completamente elegante. Era perceptível que sei terno era feito sob medida, ele estava alinhado em seu corpo destacando seus músculos, coxa e... e... e bunda. É, eu olhei pra bunda dele enquanto ele andava na minha frente. Poxa vida, aquela bunda parecia maior que a minha.

Chegando no restaurante, os funcionários esbanjaram sorrisos a Andrew, bem, não só os funcionários, mas prefiro ignorar.

Seguimos para uma mesa ao lado do grande vídro, e só quando me sentei desfrutei da linda paisagem. No restaurante havia um jardim repleto de luzes pequenas que ao longe se assemelhavam a vagalumes.

── Lindo não? ── Saio de meus pensamentos com a voz de Andrew ── O jardim meio que foi ideia da Anne.

── Como assim?

── Quando pequena Anne veio com mamãe visitar o local onde seria o presente de papai, um restaurante. Anne olhou para o jardim e pediu minha mãe pra comprar alguns vagalumes e colocar no jardim ── Rimos ── Anne era pequena e ingênua não sabia ao certo como funcionava as coisas, sendo assim mamãe colocou essas pequenas luzes, o mais perto que ela achou ser semelhante a vagalumes.

── Então graças a Anne o jardim ficou belíssimo e encantador ── Sorri.

── Boa noite senhor Bennett ── Uma funcionária interrompe nossa fala entregando os cardápios.

Andrew não disse nada, apenas pegou os dois cardápios e entregou um para mim. A mulher logo se retirou parecendo um pouco envergonhada.

Abri o cardápio e não me assustei só com o preço alto, mas também com os nomes irreconhecíveis por mim. Jamais tinha visto uma comida chamada Zillion Dollar Lobster Frittata.

Que caralho era isso?

── Será que aqui tem alguma comida japonesa? ── Nem percebi que tinha pensado alto.

── Por que quer comida japonesa?

── Ahhh ── Ri sem graça ── É uma das coisas que eu não coloco pra fora.

── Nosso bebê tá dando muito trabalho, né?

Por um momento meu coração se acelerou.

Eu tinha um homem verdadeiramente preocupado com seu filho que eu carrego, e não só com a criança, comigo também. Ainda é um pouco estranho pra mim receber carinho masculino que não seja só do Lorenzo.

── Um pouco 

── Olha Irina, eu vou ser totalmente sincero com você. Estou realmente preocupado com você e com nosso filho. Quero somente o seu bem estar, e não me sinto bem com você morando longe de mim ── Disse seriamente. Estava me sentindo numa entrevista de emprego ── Como já disse, quero participar ativamente da sua gestação, sou um homem ocupado, e você mora muito longe de mim, por isso não quero abrir mão da proposta de você vir morar comigo.

Eu já sabia que ele viria com esse assunto novamente. Eu não me sinto nada preparada para morar com outro homem, ainda tenho minhas inseguranças.

Eu precisava ser sincera com Andrew, assim como ele estava sendo comigo.

── Eu preciso te contar uma coisa do meu passado.

BÔNUS.

── E então, o que você encontrou? ── Perguntei ansioso para o detetive que contratei.

── Demorou mas a encontrei ── Vi um sorriso contido brotar em seus lábios ── Saiu uma nota em um site de fofoca, e advinha quem está em destaque?

── Irina? ── Questionei confuso.

O que aquela vagabunda andou aprontando agora?

── Exatamente! Saiu fotos dela com um outro homem. Primeiro ela nos braços dele desacordada, e outra em um jantar.

Homem? Será que é aquele bichinha do Lorenzo?

── E quem é o homem?

── Andrew Bennett, um empresário, dono de múltiplos negócios... Bem, um grande ricaço, melhor, bilionário.

A vagabunda além de ter fugido, arrumou um homem rico para bancar suas mordomias. Essa puta ainda me paga. Não duvido nada que ela não tenha colocado um belo par de chifres assim como colocou em mim.

── Acho que tá na hora de fazer uma visitinha a minha querida esposa.

ANDREW Where stories live. Discover now