～Harry Potter e o Culto da Serpente～

...⁠ᘛ Capítulo 7 ...⁠ᘛ

... Capítulo 7: Uma família?...

"Minha família?"

A voz do adolescente mal passava de um sussurro e seus olhos lacrimejavam. Tom pensou ter detectado um tom de súplica naquelas palavras simples. Ele se aproximou lentamente de seu priminho e o abraçou com ternura. Harry ficou tenso a princípio no abraço. Além de Hermione e Sirius, ninguém jamais o abraçou assim. Não que ele fosse uma pessoa rude que afastava quem tentasse, mas ele não estava confortável porque nunca estava confiante.

Então, sentindo a força desse homem contra o qual ele estava enfrentando, sentindo seu abraço, ele sentiu uma sensação de proteção e segurança como não sentia desde... Ele nem conseguia se lembrar... Ele relaxou e deslizou para o abraço e o primeiro abraço familiar que ele já teve. Era diferente de com seu padrinho. Com Sirius, era mais amigável, ou fraterno, porque o animago constantemente via James Potter em Harry. Lá, foi paternal ou algo assim. E foi bom. Uma lágrima escorregou silenciosamente por sua bochecha e ele fungou.

"Se você precisa chorar ou falar qualquer coisa, Harry," Tom sussurrou em seu ouvido. " Sempre estarei lá por você e para você, sempre."

"Eu também, Jovem Duas-Pernas."

"E Nagini pode ter um ouvido atento também, embora eu não tenha certeza de como você pode ..."

"Entendi," murmurou Harry, que se afastou para ficar de olho na cobra.

Ele se lembrava muito bem da visão do Sr. Weasley sendo atacado por uma grande cobra. Era, no entanto, um pouco diferente daquele.

"Eu imploro seu perdão ? disse Tom; surpreso e não tenho certeza se entendi corretamente.

"Eu entendi Nagini," Harry repetiu, abaixando a cabeça. "Eu... eu consigo entender e falar língua de cobra."

"Por que eu sinto que você tem vergonha deste presente?" perguntou o septuagenário, carrancudo, embora interiormente feliz por saber que já não era o último parseltongue na terra, além de Edmund.

E talvez isso também signifique outra coisa... Ele deveria investigar isso.

"Porque é desaprovado.

Tom riu baixinho.

"Não, Harry. Na verdade, não. Agora sim, mas a razão remonta ao tempo de Salazar. Ofidioglotas são raros e por um bom motivo." Ele mergulhou seus dois orbes escuros nos atentos olhos esmeralda. "Bruxos de língua de cobra geralmente são muito poderosos e são os únicos que podem se comunicar com a Deusa Mãe. Vários magos tentaram ao longo dos séculos se tornar aprendizes dos Sumos Sacerdotes da Deusa Serpente, mas quem não tem o dom nunca pode se tornar um Sacerdote. E esta tem sido a fonte de muitos conflitos. Se acreditarmos no diário de Lucynda, a filha mais velha de Salazar, seu pai teria começado a praticar magia negra após um severo ataque no rosto de um mago negro do qual escapou por pouco. Só que Salazar se perdeu no caminho e enlouqueceu."

Tom suspirou enquanto olhava para a tapeçaria.

"Vamos, já conversamos sobre coisas deprimentes o suficiente por hoje," ele continuou com um sorriso. " Está com fome ?"

"Um pouco."

"Um pouco...", disse o septuagenário, encarando o adolescente com certa graça e ironia. "Harry, você está inconsciente há três dias e só está com um pouco de fome?!"

Harry deu de ombros, desviando o olhar. O homem mais velho passou a mão pelo rosto.

"Eu não vou mentir para você, Harry," ele começou suavemente. "Percebi que você deixou de fora algumas coisas sobre seu passado, especialmente sua vida com os Dursleys.Eu suspeito que não foi muito engraçado e você realmente não quer falar sobre isso. Respeitarei sua escolha e aguardarei. Apenas saiba disso. No meu tempo, quando eu estava em um orfanato trouxa, fui chamado de filho do demônio, monstro e outros insultos, todos tão floreados quanto os outros. O que quer que tenha acontecido com você na casa dos Dursley, e dado o seu diagnóstico médico, acho que sei exatamente o que acontece em Privet Drive em geral." O adolescente deu dois passos para trás, uma expressão de preocupação em seus olhos. "Calma, Harry. Não vou julgá-lo pelo tratamento que os outros lhe dão. E você não será obrigado a dizê-los a mim. Se você quiser falar sobre isso e esvaziar o que está em sua mente, estarei aqui para ouvir. E eu ainda entenderia melhor do que ninguém porque, olhando para suas cicatrizes, posso facilmente adivinhar que sua infância é mais do que comparável à minha. E Harry, eu prometo que você nunca mais vai voltar para aqueles trouxas. O que quer que Dumbledore diga. Já ouvi falar das famosas barreiras de sangue. É absurdo e desnecessário. Esses tipos de barreiras só são eficazes se a pessoa que as lançou estiver viva. Exceto que este não é o caso.Olhando para suas cicatrizes, posso adivinhar facilmente que sua infância é mais do que comparável à minha. E Harry, eu prometo que você nunca mais vai voltar para aqueles trouxas. O que quer que Dumbledore diga. Já ouvi falar das famosas barreiras de sangue. É absurdo e desnecessário. Esses tipos de barreiras só são eficazes se a pessoa que as lançou estiver viva. Exceto que este não é o caso."

"Como você sabe?"

"Porque toda magia que requer sangue é uma espécie de ritual de magia negra." Ele colocou a mão no ombro do adolescente. "E mesmo que fossem eficazes, essas barreiras, você nunca estará mais seguro do que comigo, dentro do castelo da Sonserina."

"Este é o castelo da Sonserina?"

"Sim Harry. É mais exatamente a mansão ancestral. Ele está encarnado, sob fidelitas e extremamente protegido pela magia branca e negra. Ninguém será capaz de alcançá-lo aqui nem mesmo se quisessem."

Tom, enquanto falava, empurrou Harry para a sala de jantar onde o almoço havia acabado de ser servido. Eles comeram em silêncio, o mais velho certificando-se de que o mais novo comia o suficiente.