～Harry Potter e o Culto da Serpente～

...⁠ᘛ Capítulo 33 ...⁠ᘛ

... Capítulo 33: De volta a Rua dos Alfeneiros...

Lily desceu para o café da manhã. Seu filho já estava comendo e Tom estava lendo o Profeta Diário e mantinha uma cópia do Pasquim perto de seu corpo. Este mantinha-se informado agora que tinha o primo em casa, caso algo importante acontecesse... A bruxa sentou-se em frente ao filho e serviu-se de uma torrada.

"Olá," ela disse alegremente.

"Olá Lílian."

" Olá mãe. Dormiu bem ?"

" Mais ou menos."

" Pesadelos novamente ? " perguntou baixinho o septuagenário, olhando-a por cima do jornal.

"Eu faço menos, mas sim, ainda é um pesadelo."

"Tem certeza que não quer uma poção para dormir sem sonhos?"

"Certo. Isso apenas afastaria meus problemas. Eu tenho que enfrentar meus medos e meus pesadelos."

"Sim, mas você pode ter uma noite tranquila de vez em quando, certo?"

"Eu disse a você que estava fazendo menos, Tom", a bruxa suspirou.

O sonserino deixou pra lá e voltou a ler o Profeta. Eles comeram com calma.

"Harry, você vem comigo para Privet Drive?"

" O que ?" O menino olhou para ela com os olhos arregalados, desconfortável com a ideia. " Quando ?"

" Hoje."

" Mas... "

"Você não tem aula. Você tecnicamente não precisa fazer nada. E é fim de semana então eles estarão em casa!"

" Sim mas por quê ?"

"Quero entender por que minha irmã deixou o marido tratar meu filho como um elfo doméstico!" Lily exclamou com raiva reprimida em sua voz. "Ela era certamente um pouco desagradável em suas palavras quando éramos crianças, para Sev e eu, mas ir tão longe, deve haver uma razão!"

Harry suspirou e, com o apetite suprimido, começou a mordiscar o conteúdo de seu prato. Ele estava emburrado e, no fundo, tinha medo, mas tomava cuidado para não demonstrar. Sua mãe, porém, não se deixou enganar. E Tom também não. Os dois adultos trocaram um olhar compreensivo. Os três iam ter o fim da história. E se necessário, eles protegeriam Harry apagando completamente sua existência de suas memórias.

Após a refeição, eles se vestiram como trouxas - Lily também aplicou um pouco de glamour em seu rosto - e aparataram para Londres. Nenhum dos dois sabia onde os Dursleys moravam e Harry não sabia como aparatar. O jovem então os guiou em um transporte trouxa. O grifinório ficou em silêncio o caminho todo.

Seu estômago estava em nós. Ele estava voltando para Privet Drive por conta própria. Ele havia sido o mais discreto possível durante suas curtas férias antes de partir para Godric's Hollow. Mas o fato de ele ter saído sem dizer nada e estar voltando agora, ele tinha medo do que tio Válter poderia fazer. Especialmente porque sua mãe estaria presente desta vez. Ele estava prestes a roer as unhas quando chegaram ao subúrbio de Little Whining.

Eles desceram do ônibus.

Os lugares não mudaram uma polegada. As casas eram todas idênticas, apenas os carros da frente eram diferentes. Harry lentamente levou sua família para Privet Drive. Eles passaram por um parque.

"Ei! Potter! O que você está fazendo aqui ? Você não está na sua escola esquisita?"

Meia dúzia de adolescentes riram. Harry congelou quando ouviu aquela voz. Tom esbarrou nele.

"Harry?" Lily disse enquanto observava o menino obeso que havia falado.

"É Duda."

" Seu primo ? Aquele ? Parece uma baleia!" ela sussurrou. " Não é possivel. Petunia é tão fina e muito orientada para a dieta!"

" Sim. Mas tio Válter é tão obeso quanto Dudley. Corre na família, eu acho."

"E você, você é muito magro!"

"Já te disse porque..."

Eles continuaram seu caminho, Harry ainda os liderando. Eles ouviram passos pesados ​​e respiração irregular. Os magos se viraram para ver Duda Dursley correndo até eles.

" Então ? Você foi expulso, certo?" ele zombou. "Papai vai ficar furioso ao ver você! Você vai provar!"

"Cala a boca, Grande D!" cuspiu Harry, que sabia que a única maneira de ter um pouco de paz com seu primo era mostrar suas presas. "Não pretendo ficar! Vá e intimide uma criança com sua gangue de amigos!"

"Nah, eu prefiro ver o papai se divertindo com você!"

"Não gosto da insinuação em suas palavras, jovem," interrompeu Lily, usando o tom ameaçador de seu melhor amigo.

"Quando você faz isso, parece Severus na sala de aula," Harry murmurou, calafrios percorrendo sua espinha. " É assustador !"

"Quando estamos com esse charmoso sonserino por tanto tempo quanto eu, sinto muito, mas isso me incomoda um pouco..."

Harry e Duda lideraram os dois adultos, o trouxa continuando a provocar seu primo que estava com os punhos cerrados. Eles logo chegaram na frente do número quatro. O menino obeso sorriu para o primo, não tendo absolutamente nada a ver com os dois adultos. Ele mal os havia notado... Então ele abriu a porta, batendo-a.

" MÃE ! PAPAI ! ESTOU DE VOLTA!"

Harry passou a mão no rosto pela falta de consideração do primo em relação à pobre porta que não pedira nada.

"VOCÊ NUNCA VAI ADIVINHAR QUEM VEIO NOS VER!" Dudley continuou enquanto Harry entrava com os dois bruxos. "POTTER!"

" O QUE ?!" gritaram os dois adultos.

" NÃO HÁ DÚVIDA !" continuou tio Válter.

"Não pode...Lily?!" Petúnia disse.

E com essas palavras, ela desmaia.