--- Como funciona essa coisa de internato de médicos?--- Pergunta assim que Natasha se afasta, a voz da médica aparentemente a fazia esquecer oque estava acontecendo com seu corpo.
--- Bom... Temos os seis anos de medicina.--- Volta a se sentar pensativa.--- Aí dois anos de internato, no qual estou quase terminando, amém. E a residência, que é bastante tempo, e aumenta bastante dependendo a especialidade que eu escolher.
--- Hum...--- Fecha os olhos tentando esquecer a dor de seu corpo.--- Quando eu era criança eu achava que era só colocar um jaleco e dizer as pessoas que remédio tomar.
--- Eu também achava isso até entrar na faculdade com dezessete.
--- Entrou na faculdade com dezessete? Que inteligente.--- Resmunga ao se virar na cama.
--- É, todo mundo na minha família é médico, é uma tradição.--- Suspira apoiando a cabeça na poltrona.
--- Uh, eu não tenho tradições de família.--- Olha para sua barriga pensativa.--- Acho que vou querer ter tradições com o bebê.
--- Deve ser legal.--- Pega seu celular vendo as mensagens no mesmo.--- Posso dar uma dica?
--- De mãe?--- Franze a testa confusa.
--- Não, de filha.--- Coloca o celular em seu bolso voltando a se levantar.--- Filhos odeiam as mães que tentam controlar suas vidas, então recomendo que não faça isso.
--- Vou anotar isso no meu bloquinho, obrigada.--- Volta a encostar as costas no travesseiro.--- Você não tem que fazer aquela coisa com a mão que a outra médica fez?
--- Não, não tenho permissão para checar sua dilatação sem a permissão da obstetra responsável pelo seu caso.--- Responde voltando a pegar seu celular.--- Vou mandar uma mensagem pra ela.
--- Já que você me deu uma dica de filha.--- Passa a mão por seus cabelos cansada.--- Vou te dar um conselho de mãe, não tenha filhos.
--- Anotado.--- Deixa o celular de lado se levantando.--- Outra contração?
--- Uhum.--- Assente fechando os olhos.--- Isso é cansativo.
--- Imagino.--- Acaricia as costas de Wanda olhando para a porta.--- Eu não gosto de ver partos, é bem doloroso, na cirurgia pelo menos as pessoas estão dormindo.
--- Eu queria estar dormindo agora.
--- Pode ser que cesária ainda seja uma opção.--- Sussurra olhando para a mulher a sua frente.--- É seu primeiro filho, não é? Pode ser doloroso.
--- Ele entrou, vai ter que sair.--- Apoia a cabeça no ombro de Natasha suspirando.--- Isso dói pra caramba.
--- Imagino.--- Desvia o olhar para a porta vendo a mesma sendo aberta.--- O intervalo entre as contratações estão diminuindo.
--- Seu turno acabou a dez minutos Romanoff.--- A mulher resmunga se aproximando.--- Pode ir.
--- Eu...--- Morde o lábio sentindo a mão de Wanda agarrar seu braço.--- Vou ficar doutora.
--- Você quem sabe.--- Se vira para Wanda enquanto calça suas luvas.--- Vou verificar sua dilatação.
--- Tá bom.--- Foca o olhar em Natasha enquanto se arruma na cama.--- Obrigada.
--- Disponha.
--- Você não está dilatando.--- A médica murmura após alguns instantes.--- Chame o anestesista Romanoff, vamos fazer uma cesariana.
--- Tá.--- Pega seu celular com a mão livre entrando no aplicativo de mensagens.
--- Eu não quero uma cesariana.--- Wanda murmura vendo a médica se afastar tirando as luvas.
--- É o melhor pro seu bebê.--- Responde se afastando.--- Me chama quando resolver tudo.
--- Tá doutora Potts.--- Resmunga sem tirar os olhos de seu celular.
--- Ela é bem chata mesmo.--- Comenta com Natasha após a médica sair do quarto.--- Não precisa ficar se não quiser.
--- Eu quero.--- Se aproxima tirando alguns fios de cabelo de seu rosto.--- Vai dar tudo certo.
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