--- Pronto...--- Sussurra arrumando Nathan no bebê conforto.--- Tá feliz e com a barriguinha cheia senhor fofinho, agora é só dormir um pouquinho.
--- Antes dele dormir eu quero pegar ele um pouquinho.
--- Você pega ele até quando está dormindo.--- Sorri vendo Natasha se aproximar pegando o bebê em seus braços.--- Tá com os cabelos molhados, vai acabar se resfriando.
--- Não tenho tempo pra ficar doente, né benzinho?--- Aperta o bebê em seus braços sorrindo.--- Tava com saudades de você, muita mesmo.
--- Vai esmagar ele.--- Levanta do sofá pegando a sacola que Natasha havia trago.--- Tá com fome?
--- Não muito.--- Faz beicinho olhando para o bebê.--- Tomei café antes de vir.
--- Hum...--- Suspira olhando para a ruiva antes de seguir para a cozinha.--- E como foi o trabalho?
--- Chato, só papelada e mais papelada pra preencher, tava me sentindo uma secretária.--- Desvia o olhar do bebê assim que Wanda volta para a sala com seu almoço.--- E o que você fez?
--- Troquei fraldas, fiz mamadeiras, isso em um loop infinito.--- Responde se sentando no sofá a uma distância segura de Natasha.--- Eu não achei que fosse tão cansativo ficar sozinha com o bebê.
--- É...
--- Acho que se você não estivesse aqui nos primeiros dias ri teria surtado.--- Murmura tomando um pouco de suco e a ruiva assente.--- Eu já te disse obrigada?
--- De nada...--- Assente pensativa olhando para o bebê em seus braços.
--- Se você pudesse ir para qualquer lugar do mundo agora, para onde você iria?--- Pergunta após alguns minutos em silêncio querendo ouvir a voz de Natasha.
--- Hum.--- Vira o rosto para Wanda sorrindo.--- Capadócia.
--- Que diferente.--- Murmura olhando o rosto perfeitamente desenhado de Natasha.--- Achei que você fosse dizer... Sei lá, Maldivas.
--- Não... Não. Tem lugares bem melhores que lá.--- Apoia a cabeça no sofá fechando os olhos.--- Eu vi em um site de viagens que todo mundo antes de morrer deveria ver o nascer do sol de um balão no Sunset Point. Deve ser incrível.
--- É, deve ser.--- Se levanta para deixar o prato na cozinha.--- Pena que eu nunca vou saber.
--- Eu te levo.
--- Sei...--- Ri voltando para a cozinha e franze a testa vendo o rosto sério de Natasha.--- Você tá brincando, né?
--- Não...--- Balança a cabeça negativamente enquanto Wanda se senta no sofá calada.--- Em algum momento desse ano eu vou entrar em recesso, aí nos vamos.
--- Você fala cada coisa.--- Cruza os braços apoiando as costas no sofá.
--- Espero que você tenha passaporte.--- Brinca cheirando o cabelo do bebê em seu colo.--- Imagina o Nanam todo agasalhado em um passei de balão, vai render fotos super fofas.
--- Eu vou repetir, você fala cada coisa.--- Se arruma no sofá para observar a mulher olhando para Nathan como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.--- Acha que ainda vamos ter contato no seu recesso?
--- Você acha que não?--- Vira-se para Wanda preocupada.--- Somos amigas, eu não quero perder contato com vocês.
--- Ah, eu achei que você quisesse voltar pra sua vida de antes.
--- Eu nem lembro como era a minha vida antes de vocês dois.
(...)
--- Foi meu amor que me disse assim que a flor do campo é o alecrim. Foi meu amor que me disse assim que a flor do campo é o alecrim. Alecrim, alecrim dourado. Que nasceu no campo sem ser semeado. Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado. Foi meu amor que me disse assim que a flor do campo é o alecrim. Foi meu amor que me disse assim que a flor do campo é o alecrim.
--- Não quer colocar ele no berço?--- Wanda pergunta apoiada na parede da sala.--- Ele tá ocupando seu colchão e você deveria dormir, trabalhou vinte e quatro horas seguidas.--- Tô sem sono, mas vou levar ele pro quarto para você dormir em paz.--- Levanta do colchão pegando o bebê que já dormia pesado.--- Ele gosta que cante para ele dormir.
--- Ele goste que você mime ele.--- Responde seguindo Natasha para o quarto observando-a colocar o bebê no berço sorrindo.
--- Olha só como você é fofinho.
--- Eu também tô sem sono.--- Pega a mão de Natasha a puxando para fora do quarto.--- Quer jogar um jogo?
--- Que jogo?--- Pergunta a ajudando a se sentar no colchão e se coloca aí seu lado.
--- É tipo assim, eu te faço uma pergunta e depois você me faz outra.--- Murmura movendo suas mãos nervosa.--- E assim sucessivamente.
--- Wanda...--- Ri balançando a cabeça.--- O nome disso é conversa.
--- Não zomba de mim...--- Cruza os braços fazendo beicinho.
--- Tá bom, você começa...
--- Hum...--- Olha para cima pensativa.--- Qual seu livro preferido?
--- O morro dos ventos uivantes.--- Levanta do colchão pegando sua mochila.--- Fala muito sobre sobre as diferenças de classes sociais aborda questões raciais.
--- E você anda com ele na sua mochila?--- Pega o livro que Natasha lhe estende com curiosidade.--- A capa tá velha.
--- Era da minha avó.--- Volta a se sentar ao lado de Wanda observando-a folhear o livro.--- Ela me deu ele, vou guardar para sempre.
--- Ah, entendi.--- Olha para o livro sorrindo.--- Sua avó era importante para você?
--- Ela é importante para mim.--- Suspira pegando seu livro de volta.--- Mas é a minha vez de perguntar.
--- Tá, vai nessa.
--- Se você soubesse que vai morrer amanhã... O que você faria agora?
--- Eu...--- Se vira no sofá cruzando as pernas.--- Eu beijaria você.
--- Você... O que...--- Balbucia confusa enquanto morde o lábio inferior.
--- Eu beijaria você...--- Se inclina tirando uma mecha dos cabelos de Natasha de seu rosto.--- Eu posso?
--- Pode...--- Assente olhando para os lábios de Wanda que sorri antes de lhe dar um selinho. Os lábios de Natasha eram macios e suaves. Tinham sabor de morango que provavelmente a viciaria. Natasha se sentia paralisada, sem entender como exatamente essa situação aconteceu tão rápido, caindo na real ao sentir a língua de Wanda invadir e explorar sua boca fazendo-a fechar os olhos correspondendo ao beijo, segurando o rosto de Wanda com ambas as mãos enquanto acaricia suas bochechas com os polegares, sentindo-a afundar as mãos em seus cabelos e deslizá-las até seu pescoço.
--- Ah não...--- Se afasta da ruiva ouvindo o choro do bebê.
--- Dizem que quando a mãe está se divertindo os bebês acordam.--- Sussurra sem fôlego enquanto se afasta de Wanda a contragosto.--- Eu pego ele.
--- Tá bom...--- Sorri passando os dedos em seus lábios.