ACCEPTANCE

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Chuuya vai para o quarto e destampa o buraco. Assim vendo que seu bilhete ainda estava lá. Ele começa a perder a esperança lentamente. Mas agora, ele só quer sair daquele sofrimento constante. Não importa a forma. Então ele ativa a corrupção e destrói a parede. Osamu escuta o barulho e vai correndo para o sótão. Chuuya já não estava mais lá. Ele desesperadamente pula pelo buraco feito, correndo atrás dos rastros deixados pelo menor ele percebe que ele foi para o centro de Yokohama. Ele pega seu carro e vai na maior velocidade possível. Andando pelas ruas de Yokohama, ele buzina para todos que estão devagar. Perdendo a paciência, ele estaciona o carro em qualquer canto e vai correndo procurando Chuuya. Ele já sabia que Nakahara havia usado a corrupção. Isso era suicídio, ele sabia disso, mas sabia também que se ficasse lá também iria morrer. Então preferiu morrer longe de Osamu. Dazai se depara no meio de um multidão. Como se fosse uma platéia, todos estavam assustados e gravando. Ele tem um toque de esperança de ser Chuuya, mas ao se aproximar vê que é apenas um show. Ele se irrita e volta a procurar. Começa a chover, todos correndo da chuva e Dazai andava cansado. Sua cabeça estava lotada de pensamentos negativos. Ele não sabia a situação de Chuuya. Poderia já estar em seu limite?

"Cadê você, Chuuya? Onde você se meteu? Você não pode morrer, você é tudo o que eu tenho. Seu idiota, por que saiu assim? Eu não te dei amor? O que você quer, Chuuya?" - Chuuya quer ser livre novamente. Mas Osamu nem percebe o que faz. Um tempo depois ele escuta barulho altos perto de onde ele está, correndo até o local onde possivelmente Nakahara está, ele se depara com um local totalmente devastado, pessoas sendo esmagadas por blocos de prédios que caíram, pessoas correndo chorando e gritando desesperadas. Claramente Chuuya havia passado por ali, Dazai entra em mais desespero, já havia passado muito tempo. Ele com certeza já estava em seu limite. Osamu vai olhando em canto a procura dele. Até que ele avista à alguns quilômetros Chuuya atacando algumas pessoas da ada. Ele corre em direção do ruivo com os olhos lacrimejando, sua visão embaçada ele chega em Chuuya e o abraça desativando sua corrupção. Fazia um certo tempo que ele não sentia esse desespero. Assim que Chuuya volta ao normal, seus olhos encontram com os castanhos escuros do maior. Antes de falar qualquer coisa, desmaia nos braços do moreno. Dazai olha para Kenji e pega o menor no colo.

"Dazai-san... O que você está fazendo? O que você já fez? Por que Nakahara está com você? Você o sequestrou?... Ah... Entendi... Foi você que matou os outros. Não me diga que também foi você que..." - Antes do loiro terminar de falar Dazai o interrompe.

"Foi sim." - Se vira e sai andando com Nakahara no colo.

"Dazai-san, irei te encontrar... Não importa onde esteja! Sabia que agressão domiciliar é crime né?" - Ao ouvir essas palavras, Dazai continua andando com mais raiva. Que seria mais tarde descontada em si mesmo. Agora sua casa não era um lugar seguro. Então ao chegar, ele coloca Chuuya na cama e vai fazer as malas. Terminando as malas o ruivo ainda não tinha despertado. Osamu pega as malas e Chuuya no colo, e os leva para um outro lugar. Um certo tempo, Chuuya acorda já na cama do outro local. Era um hotel. Ele se lembra do ocorrido e fica cabisbaixo. Seus olhos enchem de lágrimas. O moreno apenas o encara surpreso por já ter acordado, então rapidamente esconde o estilete e o braço. Não adiantou, os olhos azuis já haviam visto a cena. Então se levanta da cama e vai até o maior.

"Não faça mais isso." - Diz o encarando.

"Você fala como se tivesse algum tipo de poder sobre mim." - Revira os olhos.

"... Você só precisa calar a boca!" - Se irrita.

"Calar a boca?"

"Sim!"

"Calar a boca?!"

"Sim!"

"Eu sempre calei a porra da boca para você. Eu calei a boca e esperei por você aqui."

"E agora isto é minha culpa?!"

"Eu me calei por você!"

"Não me assuste, Dazai"

"Eu não consigo! Eu não consigo! Eu não consigo proteger você... Por que você ainda me queria? Por que?! Eu sou um filho da puta! " - Sua voz fica trêmula e lágrimas escorrem pelo rosto do moreno.

"Osamu..." - Essa foi a primeira vez que Chuuya o viu chorar. Mas ele não vai se esquecer de tudo o que ocorreu. - "Se você me quer de volta? Então diga isso."

"Eu te quero de volta. Por favor." - Diz limpando as lágrimas.

"Fale de novo." - Sorri. Osamu fica com uma expressão de desagradável e olha para o outro lado.

"Por favor, Chuuya, eu te quero de volta."

"Deus, Você é tão sexy quando implora." - Se aproxima e pela primeira vez o beija. Chuuya sabia que não havia escapatória. Então ele iria aceitar a sua nova vida. Eles brigavam de vez enquanto mas nada muito sério. Até que em outro dia qualquer, em um até suas brigas, Osamu desconta toda sua frustração em Chuuya.

"Talvez eu seja muito emotivo. Mas sua apatia é como sal na ferida. Talvez eu seja muito emotivo ou talvez você nunca tenha se importado!" - O ruivo fala e sai da sala indo para o quarto, se trancando lá. Vendo um estilete em sua frente, sem pensar duas vezes, pega-o e começa a se cortar. Sentimentos de culpa vêem em sua cabeça. Por que descontar sua frustração nele? O que ele fez de errado? Ele está vivendo errado. Após um tempo chorando no canto ele decide arrumar o quarto que está uma bagunça. Nakahara encontra um livro que Dazai escrevia sua rotina quando tinha 15 anos. Então começa a lê-lo. Osamu falava tão bem de Chuuya que não parecia ser o mesmo Dazai que ele conhecia. Até que chega na parte de Odasaku. Agora Chuuya entendia o porquê dele ter o abandonado. Isso o frustou mais ainda.

"Me largasse por ele?! Uma amizade de 4 anos... Eu te odeio ainda mais." - Pensa. Se passa umas horas e ele continua lendo... Até que chega na parte do tal acidente...

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