kisses-kisses. Eu quero kisses.

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Pov. Severus.

Acordo com beijos no rosto.

Involuntariamente, sorrio.

Abro os olhos vendo que, na verdade, não eram beijos, e sim lambidas daquele pulguento do Sirius Black.

— Arghh. Que nojo, Black.

Tento o tirar de cima de mim, mas não consigo. Até em forma de cachorro ele é mais forte do que eu.

— Sai de cima de mim, seu vira-lata!

Rosnei, ainda tentando tirá-lo de cima de mim.

Ele faz um som, choramingando enquanto se afastava lentamente de mim, indo para o canto da sala ainda fazendo aquele barulho irritante. Talvez eu o tenha magoado.

— Tsc, Black! Pare de drama, vai.

Isso não faz ele parar de choramingar. Na verdade, faz o contrário. O que eu havia feito de errado?

— Sirius, você estava me lambendo todo! Como queria que eu reagisse?

Eu já estava ficando incomodado com a atitude dele de ficar chorando no cantinho da parede.

Suspiro e engulo todo o nojo que vou sentir.

— Vem cá, vem, seu idiota.

Não demora dois segundos para ele me derrubar no sofá e começar a lamber meu rosto.

Olhando mais de perto, aquele cachorro até que era fofo.

Mas então, ele lambe bem a minha boca.

Aquele cachorro idiota não era fofo. Era nojento, isso sim.

— Que nojo, que nojo, que nojo!

Fico resmungando enquanto tentava limpar a baba dele da minha boca.

Sirius volta a forma humana rindo.

Não tinha nada de engraçado em ficar com baba de cachorro na língua.

— Algumas horas atrás, você não parecia estar com nojo. — Diz ele, com aquela cara de cínico.

— Bom, talvez porque algumas horas atrás você não era um cachorro!

— Touché. Se bem que você adora me chamar de cachorro. Até mesmo quando estou em forma humana.

— Porque você é um cachorro a todo momento!

— Agora você está se contradizendo, meu amor.

— Ah, cale a boca!

— Não quero. Por que você não cala ela para mim? — O sorriso safado que ele dá em seguida me desarma todo.

Me sinto ficar vermelho quando ele começa a aproximar o rosto cada vez mais do meu. 

Para a centímetros de distância e aposto que está só esperando eu iniciar o ósculo. 
Como eu poderia recusar algo tão maravilhoso e sendo dado de tão boa vontade?

●●●●●●●●

Ficamos apenas três dias na casa dos Potter.

Eu e Sirius estávamos tendo tantos sonhos eróticos que resolvemos voltar logo para casa.

Logo se tornaria constrangedor.

De início, achei que esses dias me mostraria o James Potter que Sirius vê. Mas ele ao menos se esforçou para ser bom comigo. Nem ruim.

Ele havia simplesmente me ignorado todos os dias que fiquei lá.

Eu não me importava nem um pouco.

Depois que Lupin se quebrou na lua cheia, Sirius dava muita atenção a ele. Mesmo depois do medimago tê-lo consertado.

Eu odiava.

O resto do tempo em que fiquei lá se resumia a altas sessões de pegação com Sirius e ótimas conversas com os senhores Potter.

A primeira coisa que Sirius fez quando chegamos em casa foi me empurrar na porta e me beijar ferozmente, como se não tivéssemos feito isso várias vezes ainda hoje.

Tinha tanto tesão acumulado entre nós dois, devido a esses beijos e os sonhos eróticos, que eu não sabia como ainda não havia simplesmente explodido.

Porém parecia que Sirius estava perto, pelo jeito que ele me prensava na porta.

— Ahh, Sirius. Calma. — Peço. Mas apenas por pedir. Se ele continuasse o que estava fazendo eu não ia me importar nadinha.

— Ah, Severus. Eu não aguento mais. Preciso de você, meu amor. — Os olhos dele estavam nublados de tanta excitação que estava sentindo. Conseguia senti-la muito bem na minha coxa.

— Eu não vou transar com você, Sirius.

— Mas-

— Sem mas. Não importa se o feitiço nos mandar fazer isso. Eu não quero. — Qualquer um idiota podia ver a mentira estampada na minha cara.

Eu era virgem. Eu apenas queria me entregar para alguém que eu amasse e me amasse também.

E como Lilian não correspondia meus sentimentos, não duvido que seria virgem pelo resto da vida.

— Você não pode estar falando sério. Vai dizer que também não está excitado? Fala sério, Severus. Você quer isso tanto quanto eu. Sua ereção prova isso.

Sinto meu rosto esquentar. Claro que ele havia percebido o quanto eu estava duro, mas mesmo assim eu não conseguia não sentir vergonha.

—  Não, eu não quero. Já deu disso, Black.

Ele suspira e se afasta de mim.

Automaticamente sinto falta do calor dele junto ao meu.

— Bom, se é assim que você quer, que seja.

Ele se vira, indo em direção às escadas.

—...A-a gente não precisa parar de se beijar por isso, Sirius.

Fico confuso. Só porque eu não ia dar o meu rabo pra ele, não significava que precisávamos parar de nos beijar.

Eu gostava de beijá-lo.

— Bom, eu acho que sim. Isso só faz com que meu desejo por você cresça. Então, é melhor pararmos.

Ele até estava certo, mas ainda assim...

— Mas, Sirius-

— Não, Severus. Como você disse: 'Já deu'.

Depois, ele começa a subir a escada, e tudo que vejo é um contorno de suas costas. E então, ele some.

O que havia acontecido?

Eu não queria ficar sem os beijos de Sirius depois de ver o quanto eram bons.

◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇

Elo inquebrável // SNACKTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang