esperanças

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Pov. Severus.

Tentamos ficar longe um do outro.

Mas nem três horas depois, isso se mostrou uma tarefa difícil.

Agora que o elo estava acostumado com a nossa aproximação, tanto tempo longe um do outro se tornou um tanto doloroso.

Tivemos que ficar perto um do outro, mas nem por isso nos falamos.

Estava lendo minhas anotações sobre a poção dos lobisomens enquanto Sirius brincava com um pomo de ouro ao meu lado.

— Uhuhm. — Limpo a garganta, tentando chamar a atenção dele. — Eu preciso ir para o porão.

— Vá, então. Ninguém está te impedindo.

Incrível como o Sirius bonzinho sumia quando ele estava irritado.

— Caso você tenha esquecido, não podemos nos afastar por tanto tempo. E eu vou demorar.

Ele suspira e me olha.

— Tanto faz. — Diz se levantando. Pronto para me seguir.

Descemos para o porão, onde fiz um laboratório de poções improvisado.

Quando estava pronto para começar a preparar a poção, escutamos batidas na porta.

Fico irritado, havíamos acabado de descer e já tínhamos que subir novamente. Não tinha a mínima paciência para isso.

Quando Sirius abre a porta, vemos Dumbledore.

Estava demorando.

— Boa tarde, meus jovens. Peço desculpas por aparecer nesse horário. Mas pude vir apenas agora.

— Sem problemas, diretor. — Digo, o cumprimentando.

— Bom, eu não vou me demorar. Apenas gostaria de informar que ainda não encontramos nenhuma pista de como desfazer o feitiço. Nem de quem o jogou.

Escuto Sirius suspirar, parecia talvez aliviado. Deve ter gostado da informação.

Eu não. 

— O senhor disse que em dois meses acharia uma solução! — Eu estava indignado.

— Eu sei, querido. Eu sei. Mas infelizmente, não há nada na biblioteca de Hogwarts em relação a esse feitiço. Nada que nos ajude.

— Mas o senhor disse! Eu não quero ficar casado com o Black!

— A gente já percebeu isso, Severus. Você deixou bem claro. — Resmungou Sirius, revirando os olhos e cruzando os braços.

— Porém, eu e Minerva acreditamos que há um lugar que tenha algo que nos ajude. Por isso estou aqui. — Dumbledore tinha um brilho misterioso no olhar enquanto dizia isso.

— Que lugar? — Agora Sirius parecia interessado. Acho que a verdade sobre gostar de estar casado comigo estava finalmente vindo a tona.

— A mansão dos Malfoy.— Agora eu estava animado. Se tinha algo que me ajudaria a sair disso na mansão Malfoy, seria fácil conseguir. Tinha certeza que Lucius não se importaria. — Como sabem, os Malfoy são uma das famílias mais antigas do mundo bruxo. Só perde para os Black. Não duvido que eles tenham algum registro desse feitiço. No entanto, já tentamos falar com Abraxas Malfoy, mas ele não parecia estar muito disposto a nos ajudar.

— Não tem problema. Eu falo com Lucius. Tenho certeza que ele vai me ajudar. — Digo, realmente feliz por ter chances de encontrar algo que me ajudasse a sair disso.

— É exatamente isso que eu vim fazer aqui. Gostaria que você, meu jovem Severus, enviasse uma carta ao Malfoy mais jovem, pedindo permissão para irmos até lá.

— Claro. Farei isso agora mesmo!

— Que bom, que bom. Era só isso que eu vim fazer.

— Claro, diretor. Te acompanho até a porta.

— Obrigado, meu menino. Assim que tiver uma resposta, me envie uma carta.

— Pode deixar.

No instante seguinte ele aparata e eu volto para dentro.

Noto Sirius com uma expressão pensativa.

— Tudo certo?

— Ah, sim, sim. Tudo certo. É claro. — Ele responde, ainda no mundo da Lua.

— Ótimo. Vou lá em cima escrever uma carta para Lucius.

— Ok...— É só oque ele murmura.

Subo e logo começo a escrever a carta. Não digo muito, apenas faço o pedido.

É um acordo mudo entre mim e meus amigos não falar muito por cartas. Preferimos falar pessoalmente.

Desço novamente, mas paro quando lembro que não tenho uma coruja.

— Sirius? Posso usar sua coruja? Eu não tenho uma.

— Hã...pode, pode...— Ele parece hesitar.

— O que há com você? Tá todo estranho.

— Ah, nada. Nada, não. Estou bem.

Suspiro e sigo para fora atrás da coruja de Black.

Depois de mandar a carta para Lucius, volto para dentro e sigo de volta ao porão para fazer o mesmo que já ia, antes de Dumbledore aparecer.

Sirius me segue, ainda pensativo.

Mais tarde, quando deixo a poção em descanso, eu e Black subimos para o primeiro andar novamente, nos preparando para jantar.

Tudo estava dando certo. Eu tinha esperança que iríamos achar algo na mansão Malfoy.

Tínhamos que achar.

◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇

Elo inquebrável // SNACKWhere stories live. Discover now