até quando?

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Pov. Severus.

Se no início de tudo isso, eu odiava a pessoa que jogou esse feitiço em mim e em Sirius, agora eu não sabia explicar o que estava sentindo.

Na manhã seguinte, o que eu queria mais do que tudo era evitar Sirius.

Mas como eu não podia, apenas coloquei uma máscara de indiferença no rosto, fingindo que a noite de ontem nunca existiu.

Infelizmente Sirius resolveu fazer o contrário, se aquele sorriso malicioso que ele tinha sempre que trocávamos um olhar fosse alguma indicação.

Eu sempre fingia que nada estava acontecendo, nem que estava ficando muito parecido a um tomate.

Lupin não havia demorado para responder. A carta dele apenas dizia que ele aceitava tomar a poção desde que soubesse exatamente o que ela faria consigo.

Depois de enviar algumas informações para ele, tudo que pude fazer foi permanecer esperando uma resposta do mesmo enquanto tentava a todo custo fugir do olhar de Sirius.

Ele não tinha o que fazer além de encarar os outros como se fosse um maluco não?

Suspiro, virando mais uma página do meu livro.

— Sabia que você fica um gostoso todo concentrado assim? — Ele disse de repente.

Nem me dou o trabalho de olhar para ele. Não conseguia sem lembrar de ontem.

— Ok. Eu vou pegar sorvete. Você quer?

Novamente, nem respondo. Quem sabe uma hora ele desistia.

Depois de um bom tempo, ele volta com duas tigelas.

— Toma.

Ele me oferece. Eu estava pronto para negar ou simplesmente o ignorar, quando vejo que é sorvete de baunilha.

Meu favorito. Não conseguia resistir.

Aceito, mas ainda assim não o encaro.

Quando me bate uma dúvida que necessitava de resposta, pergunto:

— Como sabia que baunilha é o meu sabor preferido de sorvete?

— Ah, isso daí não é baunilha.

O encaro, sem entender.

Depois olho para o sorvete. Como não era baunilha?

Parecia de baunilha, tinha gosto de baunilha...

Só podia ser de baunilha, ora.

— Se não é baunilha...é sabor de que então?

— É o sabor até quando você vai fingir que nada aconteceu ontem a noite.

Me sinto ficar constrangido. Por que ele tinha que ser tão direto?

— Hã...não sei do que você está falando.

— Ah, Severus...— Ele sussurra. Deixa o sorvete na mesinha de centro e começa a se aproximar de mim.

Quando está perto o suficiente, coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Sinto minha respiração já começar a ficar descompassada.

— Sirius. — Digo tentando afastar sua mão. A sala já estava começando a ficar quente demais e ele mal havia feito algo.

Ele segura a tigela que estava em minhas mãos e põe ao lado da sua.

Logo depois ergue meu queixo com sua mão até a altura dos seus olhos.

— Severus... Diga se não quiser, meu amor. É só dizer. — Ele se aproximava cada vez mais.

Eu já ia dizer que não queria.

Mas eu realmente não queria?

Depois de alguns segundos de silêncio, que Sirius vê como um sim, ele junta os nossos lábios em um beijo feroz.

Porra. Como eu estava com saudades desses lábios macios junto aos meus.

O de olhos azuis parecia estar com tanta saudade quanto eu, pois sentia sua língua explorarando cada centímetro da minha boca.

Coloco os braços em volta de seu pescoço, trazendo-o para mais perto. Eu estava totalmente rendido.

Sinto suas mãos vagarem para a minha cintura, a apertando de um jeito que provavelmente ficariam marcas.

Quando a falta de ar começa, Sirius não perde tempo e logo desce os lábios para o meu pescoço.

Me fazendo delirar apenas com os chupões que deixava ali.

Minhas roupas já estavam se tornando incômodas.

Voltamos a nos beijar, ainda mais forte e rápido do que antes.

Quando sinto uma rigidez abaixo de mim, percebo que estava no colo de Sirius.

Como havia ido parar lá era um mistério.

Merda, ele estava tão duro.

— Ah, Severus. Eu amo tanto você. — Disse ele, enquanto deslizava suas mãos por minhas coxas e voltava a maltratar meu pescoço.

Amanhã eu estaria todo roxo.

Solto um gemido quando ele se move, tentando achar uma posição mais confortável, causando um atrito entre nossos membros.

De repente, ele para tudo. Quando abro os olhos, que nem percebi ter fechado, o vejo me olhando com suas mãos no cós da minha calça. 

Ele me olhava como se estivesse pedindo permissão. E mesmo que uma parte de mim gritasse para dizer não, a parte que gritava para dizer sim ganhou.

Não demora para a mão dele estar dentro da minha cueca, me fazendo gemer alto o seu nome.

Ele aumentava a velocidade, me vendo aumentar o volume dos meus gemidos.

Ele parecia adorar aquilo.

Mas então, ele para. Fico sem entender, vendo ele me colocar no sofá e se ajoelhar a minha frente.

Só entendo o que ele ia fazer quando ele já estava com meu pau em sua boca.

Sirius me chupava com tanta volúpia que fazia um som ecoar pela sala.

Som esse, que era nada comparado aos sons que saiam da minha boca.

Eu tinha a cabeça jogada para trás, com os olhos revirados enquanto sentia a boca dele subir e descer em minha volta.

Eu venho sem avisar, enchendo a boca de Sirius com a minha porra.

Eu sentia como se ondas elétricas passassem pelo meu corpo.

Quando consigo abrir os olhos, vejo Sirius limpando com a mão o que tinha escapado de sua boca, logo em seguida chupando os dedos. Não querendo perder nenhuma gota.

Isso me fez suspirar.

Por que ele tinha que ser tão depravado?

Eu já conseguia me sentir endurecer novamente só com essa cena.

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Elo inquebrável // SNACKWhere stories live. Discover now