Algo grande?

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Epílogo.

Pov. Sirius.

30 de maio de 1977.

Peço para James e Remus, sob a capa de invisibilidade, se prepararem.

— Eu já estou pronto, Sirius. Vamos logo com isso, tenho coisas a fazer.

Prongs diz, ultimamente ele tem tido muitas coisas para fazer.

— Tá, tá. Ele sempre passa por aqui durante esse horário, pois este corredor é um dos que sempre estão mais vazios.

— Você tem certeza que quer fazer isso, Sirius? Não acho que Snape vá querer ficar ligado a você pelo resto da vida. — Diz Remus, e eu sabia que ele estava certo.

Mas se a minha magia e nem a de Snape aceitasse o elo quando fizéssemos sexo futuramente, sempre poderíamos desfazer o feitiço.

Eu só queria ter a oportunidade de ter Severus um pouquinho, nem que tivesse que ter um feitiço o obrigando a isso.

Durante o tempo que eu o tivesse para mim, eu o faria me amar também.

E então, os nossos núcleos mágicos aceitariam a nossa união e viveríamos felizes para sempre.

— Tenho, Remus. — Digo, com convicção. — Ele está vindo. Fiquem atentos, isso não pode dar errado!

Ele me obedecem e ficam atrás de uma pilastra.

Vou andando até Severus, e mesmo à distância, consigo ver a cara de irritação que faz ao me ver.

Ele é tão fofo.

— Oi, Snape. — Digo, quando estamos perto um do outro.

Minha vontade mesmo era de dizer: Oi, amor da minha vida, que tal a gente se casar? Você gosta de cachorros? Se gosta, vai me amar ainda mais. E gatos? Se sim, não problema. Eu não vou te julgar por esse gosto péssimo. Muito menos repensar a minha ideia de estar contigo.

Eu realmente devia perguntar se ele gosta de gatos.

— O que você quer?

Ele realmente estava irritado.

Minha vontade era de o jogar naquela parede e o beijar loucamente enquanto o fodia.

Por que ele tinha que ser tão gostoso?

— Eu queria saber se você aceita sair comigo...

Eu digo sorrindo.

Não esperava uma resposta, o combinado era que assim que já estivéssemos perto um do outro, Remus lançasse o feitiço.

Uma alegria me toma quando sinto algo me atingir.

Porém, também vem o medo de que dê errado.

Coloco toda a minha esperança nisso. Torço para que dê certo.

E se desse, Severus Snape seria meu.

●●●●●●●●

Doze anos depois.

Quando armei toda essa situação, não esperei que fosse dar tão certo.

Severus lia um livro ao meu lado, estudando para aperfeiçoar cada vez mais o seu trabalho.

Meu marido havia se tornado um pocionista de muito sucesso.

Primeiro foi a poção Wolfsbane, que o fez ganhar até um prêmio, que eu não entendia muito bem, de 'talento revolucionário'.

Depois, e a que mais gerou publicidade a ele, foi uma poção que fazia com que homens ou mulheres inférteis conseguissem engravidar.

O mundo bruxo inteiro triplicou em população depois disso, e o nome do meu marido era conhecido nos quatro cantos da Terra.

Meu marido.

Eu adorava o som dessas palavras.

Eu o admirava no momento, mesmo tendo uma pilha de casos na mesinha de cabeceira para resolver.

Escutamos pequenas batidas na porta, e logo um serzinho de três anos de idade entra.

Quando Severus resolveu tomar a poção, foi felicidade pura. Eu amava crianças, mas Severus odiava.

— Oi, meu amor. O que foi? Não consegue dormir, querido? — Porém, essa história de odiar crianças se tornou bastante contraditória depois que Cepheus nasceu.

— Tem mostlos  de baixo da cama, papai. — Cepheus disse ao Sev. Era muito parecido com ele, menos pelos olhos, que eram totalmente iguais aos meus. — 'tão vou ficar 'qui.

— Okay, meu amor. Mas você tem que começar a dormir em seu próprio quarto. — Severus dizia isso, mas na verdade odiava dormir sem o pequenino em meio à nós dois.

— Tá bom, papai Sev. 

Severus deixa sua leitura de lado, e percebo que já está na hora de dormir.

Embrulho a mim e Cepheus com o edredom, aproveitando para deixar um beijo na testa do mesmo.

— Você não pode ter medo de monstros, meu filho. Você é um Black!

— Falou o que tem medo de baratas. — Resmunga Severus. Acho que ele nunca ia esquecer essa história.

— Eu já disse que era uma voadora!

Cepheus ri da nossa pequena discussão.

— Tá bom, papai pad. Sem medo de mostlos.

— Isso aí, meu pequeno.

Deixo mais um beijo em sua testa e apago o abajur ao meu lado. Severus faz o mesmo do lado dele.

Deixo um beijo na bochecha de meu marido quando ele diz boa noite, retribuindo as falas silenciosamente.

Éramos felizes.

O feitiço havia dado mais do que certo!

Meu marido não precisava saber que eu tinha armado tudo.

Ele me amava. Era meu.

E continuaria sendo para sempre, mesmo que eu tivesse que armar mais um plano mirabolante para isso.

◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇

* E aqui se encerra nossa história. Espero que tenham gostado, de verdade. Votem, comentem e indiquem bastante! Novamente, estarei postando mais uma fanfic, dessa vez snames, no meu perfil. Quem quiser ler, estará lá.

Elo inquebrável // SNACKWhere stories live. Discover now