31. Euforia

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a autora não morreuKKKKK, precisei de um tempinho para organizar o enredo e fazer nosso casal ter cenas extraordinárias.

agora vou voltar a postar com frequência:)
boa leitura! comentem, vote e obrigado pela paciência.

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A noite chegou, meus músculos estavam exaustos, a cada passo, parece que meu corpo implora para um descanso. Depois do dia anterior, da visita com Alex, das conversas, tanta coisa começou a passar pela minha mente. Alex Sinclair é um pai incrível, todas as histórias me fizeram ter um reflexo de Gomez. Quem eu quero enganar? Talvez tudo isso tenha me deixado triste.


Liguei para Enid há algumas horas mas nenhum sinal, ela atendeu e depois desligou, sem justificativa.

Talvez esteja ocupada.

Deixo minhas compras no chão do corredor e jogo as chaves da BMW na mesinha ao lado do sofá, começando a retirar meu tênis com rapidez. A casa está vazia, nenhuma novidade, Morticia ficou no hospital cuidando dos pacientes necessitados e Gomez saiu para um jantar de negócios com Isaac, aproveitando o feriado, claro.

Negócios...

Antes que eu podesse me jogar no sofá, a campainha tocou, ecoando pela sala, talvez eu tenha comemorado cedo demais.

Me direciono até a porta em passos curtos e abro a porta, soltando um suspiro antes de ter uma visão que fez minhas sombrancelhas se levantarem com rapidez.

Enid Sinclair está aqui, não sei como, mas está. Seu corpo está encharcado, coberto por roupas claras com algumas goticulas de sangue manchando o tecido, além do nariz, que também está com sangue seco, próximo ao seu lábio superior. Sua boca está trêmula, iguais suas mãos, é perceptível o roxo dominando os ossos delas, estavam machucadas. O cheiro de álcool parece ter se tornado parte do seu corpo, e isso me quebrou, de todas as formas possíveis.

O que aconteceu?

— Oh, Enid. Deus, o que aconteceu com você? — puxo a garota pelo quadril em um abraço, recebendo como resposta soluços desesperados e choro. — Enid, amor, fala comigo, por favor.

— W-wed, eu sou o pior ser humano da terra. — agarrou meus quadris com força, como se estivesse com medo de que a qualquer momento eu fosse fugir. — Eu... Não quero mais beber, nunca mais, eu não quero. Por favor, me ajude a parar.

Horas antes...
ENID SINCLAIR

O Uber passava pelas ruas calmamente, os prédios, comércios, casas, passavam como em um filme, tudo caprichado e bonito. Talvez isso me deixe minimamente triste, perceber em como a desigualdade social é chocante e realmente existe, não é como se fosse um conto presente em um livro qualquer.

Aqui você não leva enquadro por simplesmente ser você ou ao menos tem medo de levar um tiro, aqui as coisas funcionam diferente, aqui te respeitam.

Desço o olhar para a caixinha aveludada na minha mão, onde está presente duas alianças douradas, ganhando uma iluminação fraca da lua que invade o vidro do veículo. Passei meses e meses juntando uma quantia boa de dinheiro para conseguir compra-las, para conseguir planejar tudo e sair perfeito. De qualquer forma, ainda estou nervosa.

Preciso de algo para me ajudar a ficar calma, não é o fim do mundo.

— Chegou ao seu destino. — o motorista estacionou em frente a mansão, rapidamente enfio a caixa aveludada dentro do bolso.

desejo proibido. | wenclairOnde as histórias ganham vida. Descobre agora