Nunca achei que fosse capaz de sentir algo tão arrebatador. Algo que tira seus pés do chão,que te faz questionar se está realmente vivendo ou apenas sonhando.
Nunca me imaginei encontrando amor, cumplicidade, companheirismo e amizade na mesma pessoa...
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Logo após me despedir de Julie, entrei no elevador e segui até o estacionamento do prédio que pra minha total sorte, estava vazio.
Entrei no carro, e de última hora, decidi ir visitar o Bobby.O trânsito estava relativamente tranquilo, então cerca de 30 minutos depois, estava estacionando em frente a loja. Com medo de encontrar algum paparazzi, coloquei os óculos escuros e o boné; e antes de sair do carro, mandei uma rápida mensagem para o Alex, dizendo que ia me atrasar um pouco para voltar para casa.
Atravessei a rua em passos largos, e ao passar pela porta, o habitual sininho tocou, sinalizando que alguém havia entrado. Ao ouvir o barulho, o meu velho amigo veio ao meu encontro:
- Luke! Que saudades de você, meu garoto! Como você está? - falou enquanto me abraçava.
- Estou bem e você? - questionei enquanto retribuía o gesto, passando meus braços ao seu redor, dando leves tapinhas em suas costas.
Nos separamos e ele prosseguiu:
- Estou bem, só ando um pouco cansado. Esses dias estive ocupado reorganizando a loja e limpando o estoque.
- Por que não me chamou? Não gosto que você fique fazendo essas coisas sozinho. - apertei seu ombro e ele bufou; adquirindo uma expressão carrancuda.
- Estou velho, e não morto. Não preciso que você venha aqui para bancar minha babá. - resmungou, começando a caminhar pela loja.- Ainda me lembro da última vez que fiz a burrice de deixar você me ajudar aqui. Nunca me senti não imprestável.
- Ok, ok não está mais aqui quem falou. - me rendi, disposto a não arranjar briga com meu velhote favorito. O que Bobby tem de legal ele tem de cabeça dura, e uma coisa que aprendi durante o tempo em que o conheço, é que não vale a pena discutir com ele. Não importa o assunto, eu sempre vou estar errado.
Seguimos até o fim da loja, e durante o pequeno percurso, Bobby me mostrou algumas das alterações que havia feito. E para ser sincero, ele até que mandou bem.
Fomos até o fim da loja onde fica o seu escritório, muito aconchegante por sinal. Me acomodei no sofá ao lado da janela, e após me servir uma xícara de café, Bobby se sentou ao meu lado.
- Então, vai me contar o que te traz aqui? Não me diga que veio comprar mais presentes para aquelas crianças? Você os mima tanto que as vezes até eu queria morar naquele orfanato. - brincou; enquanto eu tomava um gole de café.
- Na verdade, não tem nada a ver com as crianças e sim comigo.
- O que está acontecendo, Luke? - me encarou confuso enquanto procurava uma posição confortável para se sentar.
- Vou te contar a versão resumida. - Achando que o café milagrosamente me daria uma superdose de coragem, tomei todo o restante de uma só vez e após deixar a xícara em cima da pequena mesinha de centro, continuei a falar:
