Emily Brontë

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Boa noite! <3

Aqui estamos com mais um capítulo de VMEV! Eu revisei agorinha mesmo, tô até meio zonza, as letrinhas já estavam se confundindo. Por favor, deixem muitos comentários. Eu amo saber o que vocês estão achando dessa história, me motiva demais a escrever :)

Obrigada por acompanhar Vinte minutos e V, significa muito para mim!

Desejo uma ótima leitura!


O alívio que me toma é tão avassalador que sinto perder toda a materialidade

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O alívio que me toma é tão avassalador que sinto perder toda a materialidade. Minha mente evoca uma cena da infância. Foi no parque. A gente nunca ia ao parque, meus pais não tinham tempo pra levar. Mas num dia quente a babá me leva. E aos meus olhos enormes que só viam o mundo há seis anos, o parque é infinito, é uma selva que me assusta, me atrai. Sou convocado a explorar. Vejo tudo com encanto, as pedrinhas no chão, flores coloridas, cachorros de roupinha, essas coisas. E continuo me afastando, busco o novo, a beleza dessa recém conquistada liberdade. Sou um menino descobrindo o mundo.

Então, de súbito, tomo consciência de que estou só.

Abro a boca, começo a chorar. Pessoas se aproximam, munidas de perguntas em timbres suaves, querem saber onde estão os meus pais, mas tenho medo, sinto tanto medo dos estranhos que não respondo nada, só choro mais, grito bem alto. O meu isolamento era seguro, a liberdade é perigosa, não quero mais estar perdido. Culpo tudo o que é belo, as pedras flores cachorros de roupa, e os odeio. Pouco depois chega a babá, correndo ofegante, acho que esteve paquerando e se distraiu, e aí ela me pega no colo e me abraça e eu não digo nada, só choro, choro, choro.

Eu encontrei ele perdido, até que enfim. Aperto seu corpo contra o meu. Ele chora também e não é pouco, não. Está com o rosto escondido no meu pescoço, peito no meu peito, e eu sinto o seu soluçar involuntário. A saudade me deixa grogue, eu inspiro seu cabelo castanho. Eu beijo sua têmpora. Quero soprar em seu ouvido: não chora, meu bem, estou aqui, mas soa sentimental, brega até em pensamento, então eu aperto ele mais, rezo pra que compreenda.

(A pior coisa do mundo é estar perdido.)

— Vocês precisam ir. As pessoas estão filmando.

É a voz da boina amarela, mas já não soa serena como antes. Há urgência em seu tom.

Ele reage de súbito, se afasta, me encara com olhos ainda espantados e cintilantes, inchados e cor de rosa, e aí se vira pra garota, pra mim outra vez. Segura a minha mão, a palma suada na minha, dedos que já desenhei milhares de vezes embolados nos meus dedos. Ele me guia pra porta dos funcionários atrás do balcão. Nós sumimos.

Atravessamos a cozinha, velozes, não vejo nada além de luzes fluorescentes, a mão dele na minha me distrai. Me sinto bobo e cheio de adrenalina, como um adolescente fugitivo. Ele empurra o ombro contra uma pesada porta de saída e o ar frio da noite nos recebe. Estamos em um beco escuro e vazio. Fede a lixo.

Vinte Minutos e V Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ