Do amor ao ódio

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— Quando você for universitário, Nini. Não seja assim. — Namjoon falou baixo, mas Seokjin escutou observando Jungkook com os novos amigos. Até mesmo Taehyung estava de canto, apenas segurando um cigarro e olhando ao redor.

— Eu acho o Jungkook fraco pra bebida. — Jimin comentou. — Eu bebo mais.

Seokjin não gostava dos pensamentos intrusivos que rodeavam sua mente naquele momento. Principalmente que após ser apresentado aos amigos de Jungkook, houve uma certa comoção como se ele fosse uma peça rara, mas quando Jihoon chegou, as pessoas simplesmente o ignoraram sempre levando Jungkook a aquele cara.

— Eu não deveria te contar isso. — Taehyung sentou ao lado de Seokjin e ergueu o cigarro para ele. — Quer?

— Não fumo. Não deveria contar o quê?

— Jihoon tá empenhado em conquistar Jungkook. Até veio me perguntar quais são os gostos de meu amigo. — Taehyung assoprou a fumaça. — Jungkook na escola era alguém que sofria bullying e na faculdade as pessoas acham ele incrível. Rico, bonito, faz medicina, inteligente e ainda usa roupas diferentes, mesmo sendo um homem. Sabe quando você se torna popular e todo mundo quer te seguir?

— Sim. Ele agora é amado por todos.

— De certa forma sim. Ele não percebe a forma que os veteranos usam ele, já alertei, mas você o conhece.

— Usam ele como?

— Acha mesmo que Jungkook daria uma festa dessa? Sem os pais dele saber ainda? Tia Jeon odeia festa na casa dela, Jin. A mulher é um nojo em forma de pessoa. Imagine quando souber que deve ter gente transando na banheira dela?

— Ele está se divertindo, não acho que...— Seokjin se calou ao ver Jihoon avançar em Jungkook numa brincadeira de verdade ou consequência e o beijar, segurando o rosto dele.

Jungkook estava já bêbado de certa forma, não teve uma reação tão plausível além de ficar com os olhos abertos e assustado, ele até tentou afastar Jihoon, mas foi em vão. As pessoas riam e batiam palma, contando os segundos do beijo. Teria que durar dez segundos, mas não durou nem três. Naquele momento, Seokjin viu tudo nublado.

Puxou Jihoon pelo cabelo com tamanha força que por pouco não saiu um tufo em sua mão. Ele começou a bater sem parar. Foram cerca de seis a dez socos deflagrados em Jihoon enquanto uma galera gritava para parar. Namjoon puxou Seokjin com força, o imobilizando.

— Se acalma, porra. Tá maluco? — Namjoon deu um tapa no rosto de Seokjin que fechou os olhos. — O que mãe já falou sobre esse seu temperamento? Precisa ficar calmo. Não pode sair batendo nas pessoas assim. Entendeu?

— Esse cara é maluco, porra. Ele quase me matou. — Jihoon gritava.

— Deveria bater mais, você beijou o namorado dele à força! — Jimin falou alto e um dos amigos de Jihoon não gostou. — É o que? Vai me bater? Vai mesmo? Um bando de macho sem noção. Tá achando o que? Ele beija o namorado dos outros, deveria receber mais do que esses poucos murros.

— Vai embora daqui Jihoon. — Taehyung falou alto. — Acabou a porra dessa festa! Jungkook, levanta. Reage.

Namjoon estava de alerta, pois Jimin estava brigando com as pessoas e Seokjin ainda estava debaixo de si respirando fundo várias vezes.

— Eu... Eu... — Jungkook parecia desnorteado, havia muito álcool em seu corpo.

— Vem. — Taehyung segurou no braço de Jungkook. — Tomar um banho e dormir.

— O Jin, ele...

— Estou com ele. Vai ficar bem. Ele só tá tendo um ataque de pânico. Vai passar já. — Namjoon falou ainda contendo Seokjin. — Jin, respira comigo. Solta a respiração.

First Love | JinkookOnde histórias criam vida. Descubra agora