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416 rosnou para Jimin, revelando seus dentes caninos afiados, e percebeu que seus braços
doíam onde ele os agarrou acima dos cotovelos. Ele bateu suas costas em cima de uma das mesas de conferência. Curvou-se sobre si, seu rosto enfurecido centímetros acima do dele, e ira derramava de seu olhar escuro. Puro terror inundava seu peito. Sua boca se abriu, mas nada saiu. Sugou ar. Ele rosnou mais alto, o apertou ainda mais.

—Que diabos? Deixe-o ir!— Diretor Boris engasgou.

Park viu movimento ao seu redor com sua visão lateral, mas não se atreveu a virar seu foco para longe do olhar escuro, furioso de 416. Ele parecia que estava pronto para rasgar sua garganta com seus dentes afiados, que pairavam centímetros dele.

Seu coração batia tão forte que se perguntou se ele iria explodir. Ele sobreviveu e iria matá-lo do jeito que prometeu, se alguma vez tivesse a oportunidade.

—Deixe-o ir— uma voz masculina pediu firmemente em um tom de aço.

—Que diabos está acontecendo?— Isso veio de um outro homem que parecia chocado e choroso.

— Jungkook, deixe-o ir — outro homem ordenou em uma voz extraordinariamente profunda.

Seu olhar domado pela raiva deslocou-se do olhar aterrorizado de Jimin quando virou cabeça para o lado. Rosnou para alguém atrás dele.

—Não. Isto é entre ele e eu. Recue.

Jimin passou a língua nos seus lábios secos, aliviada com o fato de poder respirar novamente. As mãos em seus braços faziam contusões e machucavam o suficiente para que lágrimas inundassem seus olhos.

Jungkook olhava ameaçadoramente para alguém atrás dele que manteve seu foco em Park. Apesar de estar numa sala cheia de homens, ele sabia que iria morrer na frente deles, quando sua atenção voltasse para si.

—Deixe-o ir Jungkook!— A voz masculina ficou mais profunda, para se destacar do rosnado ameaçador. —Por favor.

—Ele é um deles— 416 rosnou. —Ele trabalhou como técnico nas instalações de testes. Recue agora. Tenho o direito de me vingar.

Um ruído conhecido cortou a sala e os olhos de Jimin se arregalaram. Ele reconheceu o som de uma espingarda sendo carregada. Engoliu o caroço que se formou em sua garganta, estava com medo deles o matarem para salvá-lo. Droga. Não permitiria que isso acontecesse. Todo o terror se dissipou em sua preocupação com a vida dele. Ele o salvou uma vez e o salvaria de novo.

—Está tudo bem— o menor falou tão alto quanto podia. Sua voz falhou, mas conseguiu pronunciar as palavras. —Não o machuquem. Ninguém atire. Por favor.

— Park? — Diretor Boris se aproximou. — O que ele está falando?

Jimin suspirou quando seu tormento virou-se a cabeça para olhar para si novamente. Um
arrepio percorreu sua espinha com o olhar, frio, intenso e o conhecimento de que ele iria cumprir sua promessa. Ele não tinha dúvidas de que iria matá-lo em cima da mesa na frente de todos os presentes.

—Jungkook— uma outra voz masculina falou. —Solte o homem. Vamos resolver isso
razoavelmente.

—Meu— rosnou, obviamente com tanta raiva que não podia falar em um tom normal. Seus dedos apertaram ainda mais. Lágrimas caíram de seus olhos e rolaram para o lado do seu rosto, mas não fazia nenhum som. Temia que iria aborrecer todos ao seu redor, especialmente quem tinha carregado a espingarda que ouvira.

—Jimin?— Dominic Zort falou perto. —Você era um informante, não era?

Ele engoliu um gemido de dor. Jungkook rosnou suavemente e suas mãos apertavam brutalmente seus braços.

Fury - JikookWhere stories live. Discover now