CAPÍTULO 7

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MAEGOR

Desde pequeno eu aprendi que não havia uma maneira melhor de se defender a não ser que você mesmo desse um fim em seus inimigos, minha mãe me ensinou tudo o que eu precisava e não seria agora que as coisas iriam mudar. Eu estava em Dragonstone, mas não sozinho, minha mãe estava com seu meio-irmão bastardo Orys Baratheon em Ponta Tempestade eu não deveria ter voltado para casa ainda mas eu não suportava Porto Real ou melhor, eu não suportava Aegon, seus soldados, servos e claro...Filhos e principalmente a que eu estava encarando dormir neste exato momento em minha cama.

— Meu senhor, o quarto de hóspedes está pronto. — Assenti para que a serva nos deixasse, quando viajamos eu não fazia ideia de que Visenya teria a brilhante, para não dizer o oposto, ideia de redecorar todo o castelo durante a nossa saída.

Visella dormiu assim que chegamos, as alças do seu vestido estavam caindo cada vez que ela se mexia eu cheguei a me perguntar se deveria acordá-la até porque já faziam horas que ela dormia e honestamente eu não fazia ideia se dormir tanto era normal. Quando seu corpo se inclinou eu pude ver parte dos seus seios, sua pele era clara mas estava bronzeada recentemente, provavelmente ela havia pegado algum sol então estava brilhante e não tão pálida, eu a escutei gemer algo inaudível foi então que a minha paciência foi ao chão e as minhas calças pareciam mais apertadas do que de costume.

— Acorde! — Lhe dei um tapa na testa. — Venha comer e arrume um lugar para ir, aqui não é uma pensão. — Lhe dei as costas indo em direção a porta.

— Céus! — Eu a ouvi se levantar. — Precisava disso?

— Venha logo! — Eu abri a porta e continuei a encarar o chão, demonstrando minna seriedade em meu tom de voz.

— Qual o seu problema? Esse lugar é tão meu quanto seu. — Visella parecia que iria se deitar novamente foi quando eu a peguei pelo pulso e a encarei.

— Não! Essa é a minha casa, pare de agir como uma garota mimada e vá para o seu maldito castelo, case com seu prometido e fique com a sua maldita família feliz! — Os olhos violetas de Visella já não eram mais os mesmo, aqueles que eram carregados do ódio por mim pareciam estar cobertos de desgosto.

— Família feliz? — Seus lábios que tremiam agora pareciam que iriam se abrir em um sorriso. — Eu abdiquei da minha vida desde os meus cinco anos para cuidar do meu irmão porque o meu pai estava ocupado demais, eu não tive uma infância, uma adolescência. — Visella encarou o teto. — Mas que merda! Eu nem dei o meu primeiro beijo ainda, porque estava trocando as fraldas do Aenys quando ele ainda tinha dez anos! — Sua mão enxugou as lágrimas que escorriam do seu rosto. — Então sim, eu cresci em um castelo, assim como você! Eu cresci com um rei, um bom rei e um bom homem mas Aegon não me foi um bom pai. — Visella foi até a porta quando soltei seu pulso. — Você teve sorte de ter Visenya, ele parece ter sido uma boa mãe...Apesar de você ser um sociopata.

Suspirei ao ouvir suas últimas palavras. — Onde acha que vai?

— Embora!

Visella estava no corredor quando a chamei. — Eu pedi que preparassem um jantar para dois. — Seus passos ficaram mais lentos. — É cordeiro.

Visella se virou lentamente até mim. — Foi você quem matou?

— Isso faz diferença?

Fomos em direção ao salão de jantar ambos sentamos cada um em uma ponta da mesa e fomos servidos, por quase todo o jantar não falamos até que lembrei-me do que havíamos conversado e pela primeira vez na minha vida acreditei que agi como um tolo.

— Sua mãe, o que aconteceu. — Não a encarei, apenas continuei comendo.

— Guerra.

— Foi no ano em que eu nasci, não foi? Minha mãe não fala muito disso... — Dei de ombros.

— Sim. — Visella encarou o teto como se estivesse pensando. — Tentaram conquistar Dorne mas quando chegaram lá só haviam uma senhora, todos fugiram então quando voltaram alguns anos depois para tentar conquistar o lugar...Ela não voltou para casa.

— Disse que trocou as fraldas de Aenys. — Sorri.

— Ele não deixava as servas fazerem isso, era um chato! — Visella fechou seus olhos como se estivesse vendo a cena mais uma vez.

— Não pensou nele quando fugiu?

— O quê? — Acho que isso foi um não. — Bem eu...Eu deveria?

— Não. — Nosso olhos se encararam, por segundos que pareceram minutos.

Em seguida um dos servos entrou pela porta. — Meu senhor, deseja beber algo?

— Traga o de sempre! — Ordenei o fazendo sair em seguida.

— O que é o de sempre? — Visella me qustionou enquanto ele trazia uma garrafa com uísque. — Obrigada. — Ela o agradeceu e em seguida subimos até os quartos. — Eu poderei dormir no quarto de hóspedes essa noite?

— Não está pronto. — Abri a porta do meu quarto. — Não gostou da minha cama? — Assenti para que ela se sentasse.

— Achei que não fosse gostar da minha conpanhia. — Visella bebeu um gole que estava em seu copo arregalando seus olhos logo mais. — Deuses! Isso é forte.

Nós bebemos...Muito...Mais do que o esperado, quando vimos estávamos chegando ao fundo da garrafa. Eu era um homem grande e Visella apesar de alta já estava com suas bochechas rosadas e muito simpática, coisa que ela não era.

— O que acha que eu deveria fazer? — Estávamos deitados os dois encarando o teto.

— Não há muitas opções a não ser se casar com o Stark. — No lugar dela não tinha muito o que fazer, ela era fraca.

— Eu não estava falando isso. — Visella me encarou e eu não a encarei de volta porquê sabe se lá seus motivos para fazer tal coisa.

— Não? — Engoli em seco.

— Sobre meu primeiro beijo. — Ela sussurrou em meu ouvido.

— Porque está sussurrando? — A questionei.

— Não mude de assunto. — A mão de Visella encostou na minha o que foi o suficiente para me fazer querer enforcar a maldita.

— Vá dormir! — Tentei me virar mas então ela agarrou meu queixo.

— Vamos...Algo me diz...— Os olhos de minha irmã desceram até as minhas calças voltando em seguida para os meus olhos. — Que você gostaria disso tanto quanto eu.

Me coloquei em cima de Visella, ela poderia sentir meu desejo por ela na posição em que estávamos e considerando que nenhum homem havia a tocado eu poderia prever que ela estaria tão ansiosa quanto eu para ser tocada. — Fala disso? — Meus lábios roçaram os seus. — Se eu a quero beijar? — Sorri. — Sim... — Mas quando eu fizer isso, quero que esteja sóbria para se lembrar e não ter desculpas de que fui um erro... — Encarei os seus olhos. — Agora durma, irmã.


THE FALL OF A KING - MAEGOR TARGARYENOnde histórias criam vida. Descubra agora