CAPÍTULO 13

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COMENTEM E VOTEM.

VISELLA

— Você queria conversar? — Visenya estava ao meu lado, nós duas estávamos caminhando uma ao lado da outra a algum tempo, contudo não tínhamos falado mais do que o necessário durante esse meio percurso.

— Sim, eu ficarei fora durante um certo período. — Lhe dei uma cotovelada lhe mostrando o cervo que vinha até nós.

— É seu. — Ela sussurrou.

Disparei a besta em minhas mãos acertando o animal e em seguida os homens atrás de nós foram até ele para resgatá-lo. Meu pai estava fazendo uma época de caça com alguns dos lordes que ficaram no palácio após o casamento, comemorando que a esposa de Aenys estava grávida pela...Terceira? Ou segunda vez...Eu já havia me perdido para ser sincera, a coitada sempre estava buchuda.

— Então... — Ela parecia impaciente, eu poderia dizer isso pelo seus lábios ela fazia o mesmo bico que Maegor demonstrando sua fúria.

— Meu pai, gostaria que ficasse mais tenpo com ele. — Eu coloquei meu braço por cima do seu ombro e continuei a caminhar ao seu lado, por incrível que pareça o contato não a assunto, pelo contrário, Visenya segurou minha mão e sorriu com meu pedido.

— Você demonstra ser como eu por boa parte do tempo, apesar de Rhaenys ter lhe dado a luz...Mas agora... — Ela me encarou. — Você falou como ela, eu...Eu gostei disso. — Os olhos de Visenya pareciam marejados, eu me aproximei lhe dando um abraço e por cima do seu ombro vi que meu pai se aproximava.

— O que minhas garotas preferidas estão fazendo? — Aegon estava com sua espada em seu ombro, ela tinha sangue muito provavelmente de algum animal, pelo menos era o que eu gostaria de acreditar quando eu e Visenya nos afastamos eu podia ver em seus olhos que ela faria o que eu pedi, não era necessário palavras, juramentos ou qualquer coisa, seus olhos não mentiam.

— Coisas de garotas. — Quando ela ia se afastar ele a agarrou pela a cintura lhe dando um beijo e em seguida piscou para mim. — Não vá sem se despedir de mim! — Ela gritou enquanto se afatava.

— E perder minha vida? — Dei uma risada. — Eu não ousaria.

Aegon e eu continuamos nossa caça, haviam boatos que teriam onças escondidas por perto do riacho e é claro que ele não iria perder a oportunidade de capturar uma essa temporada.

— Vem nos visitar?

— Vermount faz só algumas horas do Norte para cá, posso fazer isso se escrever para mim. — O provoquei.

— Não sou homem de cartas, nunca fui muito romântico. — Ele suspirou.

— Bem...Agora que sua esposa ficará mais tempo com você... — O encarei e então paramos nossa caminhada.

— Visella! — Ele encarou o chão, sabendo o que eu havia feito.

Eu podia ver que não estava irritado, mas que não queria que fosse um peso para mim, Aenys, Visenya ou até mesmo para Maegor. — Ela sente sua falta, depois que a mamãe se foi vocês se afastaram. — Acariciei seu ombro. — O rei o está bem, Aenys está bem e eu...Eu vou ficar bem. — Sorri para ele.

— Acha que ele a fará feliz?

— Só eu posso me fazer feliz. — Meus olhos encararam o céu. — Mas...Aemon é um bom homem e um bom parceiro.

— Pode me trazer um neto? Os filhos de Aenys são muito parecidos com ele. — Aegon riu.

— Vá a merda meu rei. — Revirei os meus olhos.

Segundos depois ouvimos algo vindo dos arbustos, eu estava pronta para pegar uma flecha mas não havia mais nenhuma. — Espere, vou fazer uma pra você. — Quando olhei para o lado meu pai já não estava mais alí, contudo, o animal no meio dos arbusto ainda não havia saído e como se chamasse por mim fui até ele.

Por toda a minha vida eu ouvi que os cervos brancos significavam poder, graça e realeza mas nada se igualava a majestade de ser encarada por um. — Filha eu... — Aegon me encarava acariciar o animal e eu me perguntei o que se passava pela sua mente, quais seriam seus questionamentos e dúvidas.

— Ele veio até mim. — Encarei o meu pai, que continuava a me encarar de onde estava. Aegon não disse nada e quando enfiei minha faca no pescoço do cervo, ele nem mesmo sofreu ou sentiu grunhiu. Lancel me encontrou no caminho e me deu suas cordas, sua única pergunta foi se dervai levar o animal mas eu insisti que eu o levaria e assim eu o fiz, Aegon foi na frente e logo atrás.

Quando cheguei no acampamento partes das minhas vestes estavam cobertas de sangue, assim como minhas mãos e ombros por conta das cordas, os lordes, cavaleiros, damas e crianças se levantavam para me ver passar com a graciosamente do animal e o que ele significava.

Eu podia não ter os homens ao meu lado, mas os deuses estavam comigo.

ALGUNS DIAS DEPOIS.

Eu já estava me preparando para a minha viajem, Lancel foi com o restante das minhas malas e eu acreditava que ele já havia chegada pois eu ainda não havia recebido nenhuma carta sua ou de Aemon me avisando. Eu encarava meu reflexo, e via o pelo do cervo por cima do meu vestido, Aegon me presenteou com um lindo casaco para me aquecer em Winterfell, provavelmente para abaixar o clima dos últimos dias. Eu ouvi batidas na minha porta e segundos antes de abri me questionei quem poderia ser, pois até onde sabia não estava esperando ninguém.

— Não! — Tentei fechar a porta mas o maldito tinha a força de um leão.

— Deixe-me entrar. — Maegor me empurrou e em seguida entrou em meu quarto indo até uma garrafa de vinho ao lado da cama.

— Estou de saída. — Arrumei minhas luvas e me certifiquei de deixar a porta aberta.

— Soube que vou me casar? — Pelo seu tom de voz ele já estava bêbado e não estava contente. — Você vai vir? — Um sorriso apareceu um seus lábios enquanto ele encarava a bebida.

— É um convite? — Me aproximei dele, ainda deixando a porta aberta.

— Ceryse Hightower... — Ele bebeu todo o líquido. — Espero que tenha um bom útero. — Maegor ia em direção a porta. — Você está bonita... — Ele apontou para o meu casaco de pelo. — Mas prefiro quando está coberta de sangue.

NOTA

Que ódio gente, esse Maegor é uma
desgraçada!!! Me encontro em Luto.

E sobre o casaco de pelo e a morte dos animais, isso é na era medieval gente!!!

THE FALL OF A KING - MAEGOR TARGARYENOnde histórias criam vida. Descubra agora