CAPÍTULO 15

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MAEGOR

Uma parte de mim estava ciente que parte desse casamento era político, e a outra parte estava ainda mais ciente que era um aviso dos senhores dos de que eu deveria formar uma família na intenção de me fazer parar de festejar e ir a bordéis ou logo bastardos poderiam aparecer na porta do castelo em meu nome e certamente isso não ficaria bem visto para o rei.

— Maegor. — A voz de Aegon chegou até mim, eu já estava vestido então bebia um vinho em minha cama enquanto esperava pacientemente por este momento trágico em minha vida, a única coisa na qual eu torcia era para que a tal mulher ficasse grávida de uma vez para que assim eu me tornasse livre de sua companhia insignificante. — Vejo que está pronto. — Ele me encarou de cima para baixo.

— Não por vontade própria. — Coloquei minha taça na cômoda ao lado e o vi me encarar com desprezo. — Não foi uma reclamação.

— Ela não é uma mulher feia. — O vi suspirar enquanto encarava a janela.

Isso deveria me deixar feliz? — Então deveria se casar com ela. — Me levantei arrumando minhas roupas, que agora parte delas se encontravam amassadas.

— Em uma hora. — Eu o vi sorrir, eu nunca havia visto sorrir e foi por algo que eu falei. Quando Aegon fechou a porta instantes depois minha mãe entrou, ela estava bonita como de costume, seu vestido era vermelho e parte dos seus cabelos estavam presos em tranças.

— Uau! Veja só... — Ela me deu um beijo em minha bochecha. — Está lindo.

— Achei que nos veríamos só na cerimônia. — Me sentei na cama e me servir mais uma taça de vinho.

— Vim ver como estava. — Visenya começou a fechar todas as cortinas e então notei estranheza em seu rosto.

— O que há de errado? — Bebi o líquido de uma vez e em seguida me servir novamente.

— Nada... — Minha mãe não era uma mulher de emoções, eu a conhecia e agora...Eu podia ver que ela estava demonstrando mais do que o necessário para uma ocasião fútil como essa. — Eu soube que vão servir caranguejo essa noite, são ótimos aperitivos.

— Eu odeio caranguejo. — A encarei pelo canto do olho.

— Eu sei. — Visenya parecia que iria sair de meu quarto quando chamei sua atenção.

— Ela não vêm não é? — Meus olhos se encontraram com os de minha mãe. — Eu mandei o convite tarde achando que aquele Stark maldito não viria, mas ela sim. — Sorri. — Acho que foi uma ideia idiota. — Meus olhos por fim se encontraram com o chão, foi então que ouvi a voz de Aenys no corredor.

— Céus! Minha irmã! — Lentamente encarei minha mãe levantado-me. — Saiam do meio. — A voz do meu irmão se afastava a cada instante.

— Ele está com ela. — Visenya suspirou. — Os dois vinheram em uma carruagem juntos.

Visenya abriu a porta para que eu passasse e pelo corredor vi a Hightower, ao me ver a mulher parecia já arrumada e paralisada com minha presença, contudo, não me dei ao trabalho de encará-la, pelo contrário, fui em direção aos gritos de Aenys onde acreditava que eu veria Visella.

Eu a vi, ela acabará de entrar pelas portas do palácio, Aegon e Aenys estavam abraçando-a e conversando com Aemon, ela estava pálida mas estava mais linda que o normal, seu corset estava para fora do vestido e deixava seus seios parecerem ainda mais fartos, seu vestido não era tão volumoso então ressaltava suas curvas, era impossível não apreciá-la. Eu acreditei que ela não me veria de onde eu estava, mas me enganei, assim como tudo sobre o que eu acreditava sobre ela, quando nossos olhos se encontraram pela primeira vez eu conversei com os deuses implorando a eles para ela não me odiasse.

Aegon estava certo, Ceryse não era uma mulher feia eu a vi durante a cerimônia de casamento mesmo quando minha mente estava pertubada, ela parecia uma mulher simpática a maior parte do tempo mas ainda sim atrevida, digo isso pela forma como ela me beijou essa noite, o álcool não pareceu ser um problema para ela. O Hightower pareciam todos contentes em nossa mesa ao lado do rei, é claro...Eu ainda não havia visto Visella então fui na pessoa menos capaz de achar algo suspeito.

— Irmão. — Sorri para Aenys colocando meu braço em seu ombro, o gesto lhe deixou feliz aparentemente. — Onde está nossa querida irmã?

— Oh sim! Com Baella. — Aenys apontou para ela e uma moça que estavam conversando.

Mas quem é Baella porra? Ao analisar a mulher que sussurrava e ria ao seu lado enquanto apontava para os homens presentes, pude ter certeza que se tratava de Velaryon. — Ela é irmã de Alyssa? — O questionei.

— Sim, mas nunca se casou. — Aenys deu de ombros. — Olha...Eu não sou um homem de fofocas...— Ele riu. — Você sabe disso meu irmão, mas...Alguns dizem que ela visita bordéis e bem eu nunca fui em um mas nós sabemos o que há por lá. — Aenys sussurrava e não media suas palavras.

— O que está insinuando irmão. — Eu precisava saber o que ele queria dizer.

— Visella é inteligente mas as vezes falha nas amizades. — A encarei. — Alyssa mesmo não gosta muito da irmã, entende? — Ele me deu uma cotovelada e eu o encarei.

— Não faça isso de novo.

— Oh certo...Continuando. — Haviam boados de que as duas saíram para uma dessas casas e bem...Baella estava com mulheres e homens mas ela é uma Velaryon não deu em nada. — Ele suspirou.

— E quanto a Visella? — O encarei.

— Minha irmã sempre foi pura, não estou dizendo o contrário. — Ele se mantia fime em suas palavras. — Os caveleiros encontraram Visella em um desses quartos ela estava conversando com um homem e jogando cartas.

— Cartas? — Franzi o cenho. Quem iria a um bordel jogar cartas?

— A pior parte é agora... — Aenys se certificou que ninguém nos ouviria. — Aegon os matou. Todos do bordel, ele não queria que houvessem boatos de que sua filha estivesse em um lugar como aqueles.

— Faz sentido. — Voltei meus olhos para as duas. — Acha que a culpa foi de Baella?

— Você não? — Aenys me questionou.

NOTA

Os fofoqueiros de Westeros. O que acharam dessa história do Aenys? kkkkkkkkkkkk

THE FALL OF A KING - MAEGOR TARGARYENOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz