Duskwood - Não é o fim

Capítulo 13

Eu só preciso de um tempo, Estalando 1, 2 onde você está? Ainda no meu coração (Rosa Linn - Snap)

Dan dirigia, concentrado na estrada, enquanto minha mente vagava por pensamentos tumultuados.

"Presa por furto."

As palavras ecoavam em minha mente como um lembrete constante de um erro do passado. Era difícil ignorar, mesmo que eu tentasse me concentrar no presente. Adolescentes cometem tolices, e eu não era exceção. No entanto, revirar o passado não fazia mais sentido; não havia mais importância nisso.

"Afinal, se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, meu amor."

As palavras reconfortantes de minha mãe ressoavam em minha mente, como um mantra que eu tentava repetir para mim mesma. Lidar com a perda dela ainda doía, e a maneira como Kim Will mencionou...

O carro seguia adiante, e eu me perguntava se o destino seria gentil o suficiente para trazer algo melhor, como minha mãe costumava acreditar.

— Jade?

Percebi que Dan me chamava a algum tempo e virei o rosto.

— Onde você estava?

— Numa realidade onde eu podia torcer o pescoço de um policial e não seria julgada. — Falei me referindo a Kim.

Dan suspirou sorrindo.

— O que aquele aspirante a policial queria? – Vi ele virar em uma esquina ganhando velocidade. – Diga para que eu possa esgana-lo sem piedade.

Sorri.

— Por mais que queira ver isso, não quero mais ninguém na cadeia. — Falei ainda sorrindo. — Como foi com o Alan? — Perguntei erguendo o rosto.

— Incrivelmente chato — Ele parou na faixa de pedestre. — Mas Phil vai ser solto ainda hoje, Alan garantiu.

— E você vai dizer a Jessy? — Perguntei.

Dan ficou em silêncio por um tempo.

Jessy tinha ficado imensamente magoada pelo o que tinha acontecido, contar sobre isso a deixaria ainda pior e eu tinha quase certeza que Dan compartilhava do mesmo pensamento.

— Não sei. — Respondeu.

Ele não falou mais nada até estacionar em frente a sua casa, porém eu tinha outro destino.

— Você não se importaria se eu fosse dar um passeio, não é? — Pergunto.

Ele arqueia uma sobrancelha.

— Sua moto está inteira. — Digo cruzando os braços.

Antes de sair para a delegacia eu vi a moto na garagem exatamente do jeito que estava antes de eu ir me arriscar naquela floresta.

Com certeza um dos policiais de Alan trouxe ela de volta.

— Tudo bem. — Ele me entregou a chave. — Onde você vai?

— Em uma missão secreta. — Falei pegando a chave.

Eu tinha certeza que Dan me encarava da mesma forma que um irmão quando via que o caçula ia aprontar.

Talvez um dia eu pudesse considerar o Dan como meu irmão.

Ele ainda me encarava esperando uma resposta.

Tá, tudo bem.

Eu ia mesmo precisar da ajuda dele.