Capítulo 18

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Chame meu nome e me salve da escuridão, faça meu sangue ferver. Me salve desse nada que me tornei (Evanescence - Bring to my life)

Jake

Alguns anos atrás


Eu os observava, meu peito apertado de preocupação e desespero quando corri até ela, frágil e gravemente ferida, tentava lutar para manter os olhos abertos.

vendo o outro lado da sala coberto de sangue.

Segurei sua mão implorando para que ela não me deixasse.

- Por favor, eu não posso te perder - Minha voz falhava nas palavras - Por favor, por favor, eu não quero te perder, Mãe... por favor. Continuei a implorar, continuei a pedir.

Se existia algum Deus, eu implorei para que ele me ajudasse, implorei e não me importei quando meu rosto se encheu de lágrimas.

Apertei ainda mais sua mão, buscando algum tipo de conforto.

Com um suspiro fraco, ela me olhou, seus olhos cheios de tristeza. Eu tinha certeza e ela também sabia que o tempo estava esgotando.

Isso é tudo culpa minha.

Ela abriu a boca com um suspiro fraco.

- Jake, meu querido. - Sussurrou, lutando para falar. - Eu preciso te contar algo... Algo que você precisa saber. Sua voz era fraca, mas cheia de urgência.

Me aproximo, indo para mais perto.

- A senhora não pode se esforçar. - Pedi - Por favor.

Ela tossiu levemente.

- Jake, ouça... Você tem duas irmãs. Ela disse em voz baixa, mas firme.

Fiquei atordoado com isso. Duas irmãs? Nunca cheguei a imaginar, sempre achei que éramos apenas eu e ela. A surpresa se misturou com a angústia em meus olhos.

Ela me puxou fracamente para perto, sussurrando mais algumas palavras e depois pediu:

- Quero que me prometa, Jake.

- O quê? Murmurei.

- Prometa-me que vai mantê-las seguras, custe o que custar.

Eu estava tremendo, as lágrimas deixando tudo ao meu redor embaçado.

- Eu prometo. - Disse sussurrando, com sinceridade, minha voz embargada.

Um sorriso suave iluminou seu rosto, irradiando amor - Mesmo que eu soubesse a dor que ela estava passando - Ela apertou minha mão.

- Confio que não vai perder de vista o seu caminho. - A pequena lágrima desceu pelo o seu rosto.

- Mesmo que ele pareça infinito e insuperável. Completei, soluçando.

Avaliei o rosto da minha mãe, sabendo que aquela era a última vez que faria isso.

Seu rosto já pálido, suas íris marrons, que eu tanto amava e incontáveis vezes eu as comparei com as barrinhas de chocolates caseiras que ela sempre fazia quando eu chorava por alguma besteira ou briga com Ethan.

- Eu te amo, mãe.

Jade

Atualmente

Jake não chorou, mas seus olhos estavam tão vermelhos, como se tivessem passado muito tempo abertos embaixo da água.

Senti meu peito doendo. Eu tinha certa noção de como foi para ele ver sua mãe morrer diante de seus olhos.

Duskwood - Não é o fimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora