vendida

capítulo vinte e três

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Não quis sair dela até ver a última chama apagar naquele mar de cinzas .

— Pronta ?

Sasuke perguntou e me virei para vê-lo . Seu rosto levemente iluminado pelos raios de sol que nascia ao leste e seus olhos me olharam encantados .

— O que ?

Perguntei e ele sorriu olhando o espaço onde estava a casa .

—  Vamos pra casa . Prometi que estaríamos no almoço pra minha mãe .

— Você não prometeu.

Me neguei

—  Prometi sim.

Falou me erguendo do chão .

— Não posso ir assim .

— Assim como ?- perguntou segurando meu rosto me olhando como se eu fosse a criatura mais linda do mundo .

— Não me olhe como se eu fosse a pintura mais linda do monte louvre.

Ele riu e me beijou . Nossa como senti falta desse beijo.

Me entreguei aquele beijo e um choro começou a derramar ao qual eu não tinha controle .

— Não deixe isso parar você, sim ?

Pediu secando minhas lágrimas.

— É fácil falar .

— Eu vou estar do seu lado , se sentir medo segura minha mão . Não te protegi desta vez, mas não haverá uma próxima.

— Não diga como se isso fosse culpa sua . Eu não devia ter ficado até tarde na biblioteca.

Abaixei o olhar e ele ergueu meu rosto o beijando todo.

— Se não quer que  me culpe então também não se culpe .ok?

Perguntou me puxando pro seu carro .

Éramos os únicos ali . Os demais já tinham ido a horas atrás mas eu quis ficar até a última chama apagar.

Precisava daquilo

—  Vamos tomar um banho e ir pra fazenda e só voltamos na segunda à tarde .

Falou e entrei no carro .

Sasuke pegou o caminho de casa e fiquei observando o local que não passava de um borrão cinza .

Chegando em casa Sasuke tirou minhas roupas e me deu um banho cheio de delicadeza e beijou cada umas das marcas .

— Não te incomoda ? - Ele me olhou confuso  de certa forma  e encarei meu reflexo turvo no vidro do box . — Eu já não sou só sua , outros tiveram e …- Um no insuportável se instaurou na minha garganta e ele me abraçou.

— E você? Você se sente que é só minha ?

Perguntou e me virei de frente pra ele e concordei .

— Eu nunca parei de pensar em você e uma das coisas que mais irritava Sasori e o fazia bater em mim era  por que  ele não conseguia me excitar. - toquei seu peito e desci os dedos por sua espinha sentido uma de suas cicatrizes. —  Agora nós dois temos cicatrizes.

Sorri e ele enxaguou meu cabelo, concordando .

—  Eu te amo - Falou no meu ouvido e seu rosto se escondeu no meu pescoço .

A água parou de cair sobre nós  e meu corpo foi erguido e abracei seu peito beijando seu pescoço abaixo da orelha . Ele rosnou e seu rosto se ergueu  e sorri encarando seus olhos negros e o beijei.