CAPÍTULO XVIII

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Freydix nunca foi preterida, não da forma que ela mesma imagina que sempre foi

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Freydix nunca foi preterida, não da forma que ela mesma imagina que sempre foi. Passada para trás pela família, não houve um dia na terra em que sua mãe e pai não a tivessem tratado com a mesma importância que davam a Visenya. Com garotos de fato podem apontar erros graves cometidos pelos pais, por Maroon mesmo que não falasse, menosprezava a existência dos garotos apenas por eles não conseguirem se equipar a grandeza de uma irmã, uma mulher. A outra garota Belaerys odiava as injustiças cometidas contra seus irmãos, com exceção de Balerion, Frey nunca viu o garoto como parte de sua família, da mesma forma que suponho nunca ter visto Visenya.

 A outra garota Belaerys odiava as injustiças cometidas contra seus irmãos, com exceção de Balerion, Frey nunca viu o garoto como parte de sua família, da mesma forma que suponho nunca ter visto Visenya

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Para ela eram intrusos que roubavam a atenção de seus pais e tornavam seus irmãos menores. Nem sempre foi assim. Ela era um bebê fácil de entreter, digo isso porque Balerion gostava muito de levar Frey em seus braços para caminhadas, coisa que nunca pôde fazer com Visenya já que ele era mais jovem e mais imaturo. Nove anos era a diferença de idade da mais nova para ele, e aos dois anos ele já tinha onze. Ela corria cambaleando na grama atrás de seu irmão postiço quase como se entre eles existisse um laço fino e invisível de irmandade.

Visenya nessa época era a desconhecida, quando não estava descansando passava o tempo com o pai aprendendo tudo que podia reter para uma criança com muitas obrigações. Depois de voar a primeira vez a garota prateada percebeu que talvez sua vida fosse maior que as limitações que seu pai havia colocado. Banho em cachoeiras, passeios de barco pela costa da ilha, mergulho no oceano profundo depois das rochas, pescar, caçar, dormir somente com o céus sob sua cabeça, correr o campo de grama inteiro apenas para fazer o coração acelerar. Seu universo cinza ficou dourado quando ela se tornou montadora de dragão. E Balerion compartilhava com ela o fato de serem adotados, ambos conversavam sobre como deveriam ser seus pais, como seria suas vidas. Fizeram promessas de restaurar o que pudessem na vida um do outro.

Yrsax tentava administrar os caprichos de tantos irmãos. Dizem que quando seus pais não param de ter filhos em algum momento você se torna pai dos seus próprios irmãos. Seu pai gostava mais de montar seu dragão de madeira e sair por aí, alguns dizem que foi a rebeldia de Visenya que afastou o homem de casa, ele sentia que tinha o que precisava para mudar o jogo para sua família e não podia fazer nada, afinal, tudo dependia de uma criança querer contribuir. E ela não queria. Nunca quis vir para Pedra do Dragão restabelecer o que quer que fosse. Ela dizia para ele jamais voaria na direção de Westeros, que se quisesse, ele mesmo poderia montar seu dragão e cometer abominações por aqui. – Eu não sou daquele lugar. Não é o que eu quero pra mim. Na verdade tá bem longe. Eu quero ir para Essos, quero ver o mundo, e quero que meu dragão veja o mundo. E meu mundo não fica em Pedra do Dragão. – Diz Visenya gritando, ela abre a porta para sair da casa e chorar.

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