Reign [Paper Girls - Kajemac Fanfic]

48. The End

[Narrador]:

Karina Brandman tinha duas escolhas: 

A primeira consistia em fugir com a pessoa que amava e seus amigos para bem longe dali, mas nunca teriam paz. Seriam perseguidos pelo resto de suas vidas por sua causa até que todos fossem mortos. 

Um por um, até não sobrar nenhum deles.

OU

A segunda opção, em que ela se entregaria para salvá-los, pois sua morte significava o fim de toda aquela perseguição. 

Todos sairiam vivos, menos ela.

Karina queria ser egoísta pelo menos uma vez. 

Escolher fugir, seguir o plano que os demais fizeram na noite anterior e desfrutar do amor verdadeiro que acabara de descobrir. 

Porém se colocasse na balança, as consequências pareciam maiores, pois isso colocaria a vida de todos em risco. 

De Erin, de Tiffany, de Bella, de Levi...

E ela. 

Karina jamais suportaria a dor de perdê-la. Nem a dor de perder mais ninguém.

Por sua causa, eles já tinham perdido muitas pessoas, entre elas, Max e Henry. Algo que ela nunca se perdoaria. 

Karina não queria ser o motivo deles verem mais um de seus entes queridos serem mortos diante de seus olhos. De fato, ela não seria egoísta nem se quisesse.

Durante a noite, ela choramingou baixinho para que ninguém a ouvisse, pois em seu coração, Karina já sabia a resposta. Na verdade, ela já havia escolhido.

[...]

Na manhã seguinte, antes de todos acordarem, KJ olhou uma última vez para os rostos tão familiares e queridos por ela, ainda dormindo. A garota depositou um beijo na bochecha de Mackenzie, vendo seu nariz enrugar. O que ela achou adorável.

Limpando a lágrima solitária que escorria em sua bochecha, ela sorriu tristemente uma última vez, deixando a caverna.

Karina Brandman sempre teve um coração gigante, talvez fosse a sua maior qualidade.

Mackenzie uma vez disse que esse seria o motivo da sua morte. 

Bem, quanta ironia...

[...]

[Karina Brandman's Point of View]:

Não foi necessário caminhar muito para encontrar com alguns dos homens da noite anterior. Eles estavam entre as árvores, conversando entre si. Ou melhor, discutindo.

Dei passos lentos em direção a eles, que sequer pareciam notar minha presença. Pisar em um galho seco no percurso, os fizeram parar o que discutiam. No segundo seguinte, toda a atenção deles estava voltada para mim. 

Ao se darem conta de quem era, flechas eram apontadas para mim.

- Onde estão os outros? - Um deles perguntou.

- Eu estou aqui para me entregar - Falei simples. Sem demonstrar nenhum sinal de relutância, ergui as mãos para o alto em rendição.

Dois dos homens prontamente se aproximaram, amarrando minhas mãos com uma certa violência desnecessária.

- Vejam se encontram alguém por perto - Outro instruiu - Isso pode ser uma armadilha.

Porém, não era. 

E ele sabia disso.

- Pelo visto andou pensando no que te falei... - O rosto daquele homem em especifico agora era inconfundível para mim. Já que ontem à noite, ele me segurava com um objeto cortante em meu pescoço.