Capitulo 8

69 6 0
                                    

Deitou ao lado dela, ofegando. Arizona debruçou-se para ela, beijando-a na boca, com um resto de desejo. Afastou-se e a fitou apaixonadamente.

-- Nunca  me deixe, amor. Eu a amo! Pela primeira vez, amo alguém. É uma sensação maravilhosa ter você para amar, Calliope - Disse ela, com voz cheia de emoção.

Callie sorriu para ela, fitando-a ternamente.

-- Nunca a deixarei, meu amor. Também a amo. Foi amor à primeira vista. Você fascinou-me. Adoro tudo em você... Seu olhar, seu sorriso, sua voz, seu corpo, seu riso... E como faz amor. Você conquistou-me completamente, só em vê-la.

-- E você conquistou-me com seu olhar, esses olhos magnéticos, o seu sorriso, a sua atenção... Você é muito atraente, Calliope. Eu a olhava querendo descobrir o que mais me atraía tanto. E cada vez, descobria mais coisas. E ficava confusa pelo que sentia. Quando vi aquele quadro, tudo se esclareceu em minha mente. Eu queria você daquela forma como as mulheres estavam. E fiquei louca para ter você. Mas como demorou para revelar-se!

Callie riu, fitando-a surpresa.

-- Demorei?! Mas, nos conhecemos ontem! Acho que as coisas estão acontecendo depressa demais!

Ela a fitou nos olhos, na boca.

-- Não. Perdemos a noite de ontem. Mas confesso que gostei de ver você conter-se. Foi tão sexy sentir você tão próxima... eu a provoquei, não? Quando me viu trocar a roupa na sua frente, notei como ficou... E depois, juntas na cama. Você estava morrendo de vontade de ter-me, não?

Callie a fitou surpresa, rindo.

-- Oh, sua safada! Então, fez tudo aquilo de propósito! Se eu soubesse que estava provocando-me deliberadamente, você ia ver!

Ela sorriu, a boca perto da sua.

-- Ver o quê? Mostre-me...

Callie, em um movimento rápido, deitou sobre ela, beijando-a sofregamente. Ela a abraçou, correspondendo com paixão. E recomeçaram. Arizona foi possuída agora com mais ímpeto, Callie a colocando em várias posições excitantes, fazendo-a gritar de prazer. E revelou-se uma mulher fogosa, disposta a tudo para satisfazer-se. Aquele corpo belíssimo se mexendo, aquele rosto lindo com a expressão do prazer, era algo que levava Callie ao auge da luxúria.

Depois foram para o quarto e prosseguiram, insaciáveis. Estavam completamente apaixonadas uma pela outra e não se cansavam de amar. Arizona a fitava com aqueles olhos azul-mediterrâneo e Callie não resistia, beijava-a apaixonadamente. Somente de madrugada caíram em um sono profundo. A manhã já estava avançada quando Callie acordou e olhou para Arizona dormindo ao seu lado. Ela dormia com uma expressão de contentamento, os cabelos refulgentes formando um halo em sua cabeça, os seios aparecendo, com a coberta descida até a cintura.

Callie sentou-se na cama e a fitou, sentindo uma onda de emoção e felicidade. Arizona a amava! Havia sido sua! E ela a amava também, estava perdida de amor por aquela mulher maravilhosa. Deus, poderia ter acontecido algo melhor em sua vida? Ela era o tipo da mulher que sempre desejara ter. Não pela fortuna dela, amava-a sem interesse, se descobrira apaixonada sem saber quem ela era na realidade. Amava-a pelo que ela era como pessoa: linda, inteligente, culta, fina, deliciosa, meiga, sensualíssima, uma mulher especial. Estava nas nuvens, mal acreditando que a tinha para si.

Callie estendeu a mão para onde estivera. Não a encontrou e abriu os olhos e  vendo-a sentada contemplando-a,   sorriu.

-- Já vai levantar, amor?

Callie acariciou o rosto dela com as pontas dos dedos.

-- Sim. Estou precisando de um banho.

-- Posso tomá-lo com você?

Callie sorriu, pegando-a pela mão.

-- Claro, meu anjo. Venha...

Callie ergueu-se e a acompanhou. Tomaram um banho entre beijos e abraços. Callie sentiu a excitação dela e a possuiu na banheira, sentindo que Arizona a prendia mais ainda com a sua sensualidade. Ela excitava-se com um simples beijo e demonstrava isso sem pudor. Seu olhar e seus gestos diziam tudo. O grito de prazer de Arizona ecoou pelo banheiro, sendo penetrada pelos dedos práticos de Callie, enquanto se movia freneticamente sobre as coxas dela, montada. Debruçou-se para a frente, apoiando-se no ombro de Callie, ofegando.

-- Calliope... - Disse, com voz suave - Você é tão gostosa... adoro seu corpo forte, faz-me sentir tão pequena...

Callie beijou os cabelos dela, abraçando-a. As pernas de Arizona agora envolviam sua cintura. Ela ergueu a cabeça e a fitou nos olhos.

-- Sabe que não me canso de fazer amor com você?

Callie sorriu, beijando-a na ponta do nariz.

-- Eu também não, querida... mas agora precisamos nos alimentar para ter mais energia...

Arizona riu e afastou-se, saindo de cima dela.

-- Tem razão. Vamos acabar nosso banho e ir comer.

Depois do café da manhã, conversaram sobre o que deveriam fazer. Callie convenceu Arizona a se apresentar à polícia o quanto antes. Depois de muita hesitação, ela concordou, com a condição de que Callie não a deixasse um momento si quer. Iriam à polícia e depois seguiriam para Nova Iorque e não se separariam mais, nem por um dia.

-- Tenho um apartamento na Quinta Avenida - Disse Arizona - Você poderá ficar lá comigo. Não quero voltar para casa.

-- Por que, Ari?

Ela desviou o olhar, parecendo tensa.

-- Tenho uma suspeita sobre quem ordenou meu sequestro. E não vou para a boca do lobo.

Callie a fitou surpresa.

-- Você suspeita de alguém? E essa pessoa vive em sua casa?

Ela a fitou com ar preocupado.

-- Acho que sim, Calliope. Suspeito do meu padastro. Ele gasta muito dinheiro. A parte da herança que coube à minha mãe está se esgotando.

-- E o seu irmão?

-- Meu irmão? Não sei... bem, ele também gasta muito. Mas ele é meu irmão, meu sangue. Meu padastro, não.

-- E sua mãe? Está fora de suspeita?

Arizona a fitou escandalizada.

-- Calliope! É minha mãe! Pode ter inúmeros defeitos, mas é minha mãe! Não posso conceber isso!

-- Tudo bem, Arizona, desculpe-me. Vai externar sua suspeita para a polícia?

-- Não. Seria uma acusação grave, sem provas. Mas vou contratar um detetive particular para investigar tudo.

-- Ari, por favor, tenha cuidado - Disse Callie, abraçando-a - Temo por você. Não sabemos quem a raptou, mas sabemos que alguém quer prejudicá-la, de olho em seu dinheiro. E essa pessoa não mede consequências para isso.

Ela a fitou amorosamente.

-- Terei cuidado, amor. E você quer correr esse risco comigo? Porque estando comigo, também correrá perigo.

Callie a fitou com amor nos olhos.

-- Valerá à pena, porque eu a amo.

Arizona sorriu docemente.

-- É tão bom ouvir isso, querida... Porque preciso de você. Só você conseguirá dar-me forças para enfrentar tudo. E será a única pessoa em quem confiarei.

-- Estarei sempre ao seu lado, querida. Agora, vou arrumar minha mala. Iremos para a polícia e depois seguiremos direto para New York. Porque se a imprensa descobrir que está nessa cidade, aqui logo se transformará em um circo, com você como atração principal.

Herança Fatal  (CALZONA)Onde histórias criam vida. Descubra agora