Susan sorriu maliciosamente para Helen, que mordia os lábios, contrariada.
-- Puxa, Helen! Você aqui com uma celebridade, e não diz nada! Se eu não tivesse boa memória, nem ia saber quem é Callie Torres!
-- Susan, não toque nesse assunto, Callie está cheia dos disparates que os jornais ficam noticiando!
Susan a fitou, sorrindo maliciosamente.
-- Tudo bem, querida. . . sei como são essas coisas. . .
-- Sente-se. Vamos acabar de guardar as compras e depois conversaremos.
Susan puxou uma cadeira e sentou com afetação, cruzando as pernas. Helen recomeçou a tarefa, ajudada por Callie. Olhou-a de soslaio. Callie estava séria, sem prestar a mínima atenção à Susan. Mas Susan a olhava, fixamente curiosa.
-- Helen, como está de amor? – Perguntou Susan – Ainda está namorando o David?
Helen respondeu sem olhá-la:
-- Não.
-- Acabaram?! Oh, não acredito! Ele era louco por você! Dizia que ia conseguir vencer a sua aversão ao casamento e fazer você aceitá-lo como marido.
-- Eu não o amava. E ele sabia disso.
-- Oh, que coração frio! Um homem lindo como o David, e você o mandou passear! Que desperdício!
-- E você, Susan? – Perguntou Helen, com uma ponta de irritação na voz – Com quem está agora, entre tantos que teve?
Susan riu, olhando para Callie.
-- Estou só, mas não por muito tempo. Esses homens são todos safados! Lembra do Ralf? Tão lindo, tão charmoso, mas quando teve que escolher entre mim e a mulher, ficou com ela, dizendo que fazia isso pelos filhos! Mas tirei de letra, já conheço bem os homens !
Acabaram de guardar as compras. Helen sugeriu que fossem para a sala e Susan adiantou-se, rebolando os quadris. Helen a seguiu furiosa. Viu a intenção dela em provocar Callie.
Callie sentou no sofá e Susan sentou ao lado dela, olhando-a com um olhar insinuante. Helen tremia de raiva. Susan era uma piranha!
Procurou controlar-se e ofereceu uma bebida. Callie recusou, mas Susan a pegou pelo braço, cheia de intimidade.
-- Não seja desmancha-prazeres! Acompanhe-nos em um drink, Callie!
Callie olhou para Helen, que as olhava de pé no meio da sala.
-- Está bem, um uísque com gelo, Helen. – Concordou.
-- O mesmo para mim, querida! – Disse Susan.
Helen foi para a cozinha preparar as bebidas e ouviu Susan dizer para Callie:
-- Sabe? Acho que vou partir para as mulheres. Estou tão decepcionada com os homens!
Esforçou-se para ouvir a resposta de Callie, mas não conseguiu.
Susan deu uma risada. Isso incomodou Helen, que preparou as bebidas com rapidez e voltou à sala.
Susan contava uma piada à Callie, que ouvia com um leve sorriso, procurando ser educada.
-- Susan, Callie não gosta de piadas – Disse, estendendo os copos para elas.
Susan olhou para Callie.
-- É mesmo? Puxa Callie, apenas quis vê-la sorrir! É tão séria!
Ergueu o copo, em um brinde:
-- Ao amor! Estamos precisando disso!
Callie bebeu sem brindar. Olhou para Helen. Seu olhar estava com uma expressão fria.
Susan tomou um longo gole e olhou para Callie, sorrindo.
-- Puxa, como você é alta! Tem um aspecto tão dominador!
Callie a fitou séria.
-- Acha? É, já me disseram isso.
Susan olhou para Helen, que continuava de pé olhando-as, bebendo seu uísque.
-- Helen, vamos animar o ambiente! Coloque uma música!
Helen olhou para Callie.
-- Quer ouvir música, Callie?
Callie sorriu para ela.
-- Esqueça o que falei sobre música, Helen. Pode colocar.
Helen escolheu um disco. Colocou a música, Don’t, com Shania Twain, de uma coletânea de sucessos.
Callie a fitou nos olhos.
-- Bem escolhida. Gosto muito de Shania Twain.
Susan ergueu-se e puxou Callie pela mão.
-- Vamos dançar, Callie. Você pode muito bem substituir um cavalheiro, é tão forte e grande!
Callie franziu o cenho, soltando-se da mão dela.
-- Não sei se vai gostar de dançar comigo. Danço mal. E não estou com espírito para dançar.
Ela rodeou o pescoço de Callie com os braços, sorrindo.
-- Já estou gostando e você vai se animar, garanto.
Callie não quis ser grosseira e deu os primeiros passos com ela. Susan colou-se em Callie, que colocou a mão na cintura dela.
-- Oh, como você sabe levar bem! – Disse Susan, entusiasmada.
Helen ficou olhando, cheia de ciúmes. Susan colocava-se em Callie descaradamente, movendo-se sensualmente e passando as unhas longas na nuca da morena, que parecia constrangida. Susan tentava olhar em seus olhos, mas Callie era bem mais alta e mantinha a cabeça ereta.
Finalmente a música acabou. Susan afastou-se, olhando para Helen, sorridente.
-- Sua amiga é o máximo! Como dança bem! Vamos dançar outra, Callie!
-- Não, agora vou dançar com Helen – Declarou Callie, ansiosa para livrar-se de Susan. A mulher parecia uma cadela no cio e sentiu repulsa por ela.
Callie tomou um longo gole de uísque e se aproximou de Helen puxando-a pela mão e a fitando com ar dominador.
-- Venha dançar também.
YOU ARE READING
Herança Fatal (CALZONA)
RomanceCallie socorre uma estranha na estrada e a abriga em sua casa. Ela aos poucos se apaixona pela misteriosa mulher, mas descobre coisas surpreendentes sobre ela. Fanfic original de @LETHCROSS