Capitulo 24

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Um mês se passou. Henry Parson desculpou-se com Arizona, explicando que colocara Mike na empresa para ver se ele largava as más companhias com que andava metido. Imaginava que com ele perto, conseguiria controlá-lo. Mas reconhecia que essa idéia fôra inútil. Ele estava pior, usando a empresa como escudo para suas loucuras. Se Arizona quisesse, ele a reembolsaria das despesas que o filho fizera com o dinheiro da firma, além de apresentar seu pedido de demissão.

A decisão de Arizona foi conciliadora e humana, fazendo Callie perceber como ela era admirável: não só perdoou os atos de Parson, como o manteve no cargo de diretor da subsidiária, comovida com o problema do pai desesperado. Mas também demonstrou firmeza, ao demitir um assessor que era improdutivo e displicente em seu trabalho, mesmo tendo sido indicado para o cargo pelo seu irmão.

Ela tomara essas decisões sem a interferência de Callie, que dissera não querer interferir em suas decisões. Estava ali para ajudá-la a verificar as falhas existentes na empresa, mas as decisões deveriam ser dela.

A auditoria havia começado e as reuniões para analisar a estrutura e funcionamento das diretorias, com suas falhas e acertos, sucediam-se quase todos os dias, cansativas. Arizona tinha de estar à par de cada mudança sugerida para dinamizar ainda mais a atuação da Robbins Corpotation no mercado.

O gabinete de Callie ficou pronto e ela instalou-se nele, com Helen na sala contígua. Mas pouco permanecia na sala, já que Arizona a solicitava nas reuniões que fazia, querendo que desse sua opinião sobre o que lhe apresentavam. Mal tinham tempo para almoçar, com tanto trabalho. Quando chegavam em casa, tomavam um banho, jantavam e se recolhiam.

Callie brincava,  dizendo  que  nunca  havia  trabalhado   tanto.  Mas  nunca deixavam de fazer amor, várias vezes por noite. A paixão aumentava, com o passar dos dias, em vez de diminuir. Callie sentia-se cada vez mais apaixonada. Arizona, então a deixava enlevada com o seu amor extremo, sua paixão sem limites. Na cama, a loira a esgotava com sua fome de sexo, ela queria cada vez mais, e suas noites eram agitadas, com Arizona dando-se com loucura. Não havia mais nada que duas mulheres apaixonadas pudessem fazer, que elas não tivessem feito.

Nos finais de semana, preferiam ficar em casa, sem nenhum compromisso, apenas uma com a outra. Ouviam música, dançavam, Arizona cozinhava altos pratos franceses, gracejavam uma com a outra, como duas crianças felizes. Arizona tinha um senso de humor acentuado e divertia Callie com suas brincadeiras, coisas que fazem duas pessoas apaixonadas rirem até sem motivo, porque são felizes.

Naquele sábado, acordaram tarde. Arizona acordou antes e olhou para Callie, deitada ao seu lado.

Completamente nua, dormia de bruços, o rosto virado para o lado. Contemplou as costas bem delineadas, os braços longos e bem torneados, os ombros largos se estreitando na cintura fina, os quadris arredondados, as coxas e pernas longas e fortes. Ela era uma mulher com um corpo sensacional, e era toda sua. Totalmente, tinha certeza. Não deixava sobrar nada para ninguém, esgotava nela todos os desejos. Amava-a, desejava-a tanto! Era tão forte o que sentia, que chegava a doer. Tinha medo de perdê-la. Ela era a coisa mais importante em sua vida.

Seu olhar se entristeceu, passando a mão pelos quadris macios. Callie mexeu-se, ainda dormindo. Debruçou-se e beijou-a na nuca cheia de penugens. Ela voltou-se, abrindo os olhos, com ar sonolento. Sorriu ao vê-la debruçada, fitando-a.

-- Meu Deus! – gemeu – já está acordada? Que horas são?

-- Quase nove, amor. Acorde. . . o sono afasta-me de você.

-- Ohhhh... mas que mulher elétrica! - Tornou a gemer – Não cansa nunca! Sabe que hora fomos dormir?

-- Não lembro. . .

Herança Fatal  (CALZONA)Onde histórias criam vida. Descubra agora