Capitulo 12

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Callie acabou de despir-se e entrou na banheira, sentindo a água tépida envolver seu corpo. Arizona a rodeou com os braços, buscando sua boca com ansiedade. Seus corpos molhados se juntaram.

Callie pegou-a pelos ombros e apertou-a contra seu corpo. Deslizou a mão pelo corpo dela, sugando aquela boca deliciosa. Arizona acariciou sua nuca com as pontas dos dedos, sugando também sua boca, mordiscando os lábios, gemendo baixinho.

Callie afastou a boca, para fitar Arizona, fascinada. A loira a fitou trêmula de excitação, o desejo impresso nos olhos, os lábios entreabertos, as mãos nos seios de Callie, apertando suavemente.

-- Ari... – Sussurrou Callie, com voz rouca de emoção – Amo-a tanto...

-- Não mais do que eu à você, meu amor... possua-me, Calliope... depressa...

Callie tornou a beijá-la, as mãos descendo pelo corpo dela, práticas em dar prazer. De frente uma para a outra, suas pernas se entrecruzavam. Arizona subiu para cima das coxas de Callie, sentando-se de pernas abertas, facilitando a carícia da mão dela. A água agitava-se ainda mais com seus movimentos loucos. Com a boca colada à de Callie, sugando-a com loucura, Arizona acelerou seus movimentos, então seu corpo se tornou rígido e ela lançou a cabeça para trás, gemendo alto no orgasmo final.

-- Calliope! Oh, amor! Calliope! Amo-a, amo-a! – Gritou, apertando-se contra a mão de Callie e depois caindo contra ela, com a respiração entrecortada.

Mas Callie queria muito mais. Afastou-a e ergueu-se, puxando Arizona pelas mãos, saindo da banheira. A loira entendeu sua intenção ao ver o desejo em seus olhos. Foram para o quarto de mãos dadas, que era anexo ao banheiro. Era um quarto enorme, decorado com requinte, mas Callie apenas notou a cama grande, forrada com cetim negro e com almofadas na cor lilás.

Arizona deitou-se na cama, mesmo estando molhada, puxando Callie sobre seu corpo. A morena apertou-se contra ela, esmagando seus lábios nos outros que esperavam, as mãos cobrindo-a de carícias arrebatadas, despertando novamente o desejo naquele corpo belo.

Arizona gemia de olhos fechados, as mãos apertando as dobras da colcha, dizendo frases ardentes, mexendo o corpo abrasado de desejo, pedindo coisas que Callie atendia com extremo prazer. A morena agora sugava os seios firmes e belos, com Arizona apertando sua cabeça contra o peito, com suas mãos trêmulas.

-- Sugue mais, amor... com mais força... assim... oh, sim! – Gemia Arizona, as pernas agora rodeando a cintura de Callie.

Callie momentos depois ergueu a cabeça, fitando Arizona nos olhos. Sentia que estava próxima do êxtase e apressou os movimentos dos quadris, sendo imitada por Arizona. Se fitavam com o prazer estampado nas faces, os corpos unidos em movimentos frenéticos. E quando Callie penetrou Arizona com os dedos, o orgasmo as dominou  como uma onda, lançando-as em um mundo que era somente delas. Nele não havia preconceitos, proibições ou pecado, ditados por uma sociedade hipócrita. Só havia elas e o amor que as unia. Um amor proibido, mas forte para desafiar a todos.

Com o desejo  ora aplacado, elas ficaram abraçadas trocando ternos carinhos, olhando-se com enlevo, até finalmente caírem em um sono profundo.

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O ruído do telefone acordou Arizona, tocando ao seu lado, sobre a mesinha de cabeceira. Ainda meio adormecida, ela estendeu a mão automaticamente, pegando-o e levando ao ouvido. A voz do outro lado acabou de despertá-la, ferindo seu ouvido com seu tom alto e irritado:

-- Arizona! Por que não veio para casa?

Arizona franziu o cenho, aborrecida.

-- Mamãe...eu estava dormindo! Passei dias muito  difíceis, como sabe! Preciso descansar! E aí eu não conseguiria!

-- Estou muito decepcionada com você! – Continuou a mulher, irritada – Não veio para casa e está aí com uma estranha, uma pessoa que nem conhece direito! O que está havendo com você?

Arizona olhou para Callie. Ela havia despertado e a olhava expectante.

-- Essa pessoa a quem você chama de estranha, ajudou-me em uma hora crítica e deu-me a maior atenção, sem saber quem eu era!

-- Eu sei disso, Donald contou-me. Acho muito justo você estar agradecida e dar à essa mulher uma boa quantia de gratificação. Mas, trazê-la com você e levá-la para seu apartamento! Isso é demais!

Arizona perdeu a paciência e disse com voz dura:

-- Você pensa que tudo se resolve com dinheiro, não é? Gratidão, amizade, amor! Por isso comprou o seu marido! Mas não sou como você! Tenho sentimentos, sabe o que é isso?

-- Ari! Venha para casa imediatamente, estamos à sua espera! Chega de agir com insensatez!

-- Não irei, vou continuar aqui! Não sou mais aquela garotinha idiota que era totalmente dominada por você! Sou uma adulta, posso fazer de minha vida o que quiser! E pretendo ficar aqui definitivamente! Amanhã irei aí, sim! Mas apenas para apanhar minhas coisas! Tchau,  mãe! – Disse, batendo o telefone com raiva no gancho. Sentou na cama, apoiando o queixo nos joelhos unidos, respirando fundo.

Callie sentou-se também, pousando a mão suavemente no seu ombro, fitando-a com um sorriso.

-- Minha gata brava, olhe para mim.

Arizona voltou o rosto para Callie, os olhos faiscantes, o rosto vermelho.

-- Não vou admitir que alguém tente nos separar! – Disse, com voz trêmula – Nem mesmo minha mãe!

-- A guerra já começou, não? – Disse Callie, deixando de sorrir – E por minha causa.

Arizona caiu em seus braços, apertando-a contra o corpo que tremia. Callie a abraçou, fazendo-a pousar a cabeça em seu ombro, alisando os cabelos macios e perfumados.

-- Estarei sempre ao seu lado, Ari. Vou ajudá-la a libertar-se dessa dependência que querem que você viva.

Arizona afastou a cabeça, para fitá-la com amor nos belos olhos.

-- Você é minha força, Callz. Por favor, nunca, nunca me deixe!

-- Eu nunca a deixarei, querida... eu a amo muito!

-- Oh, Calliope...meu amor...

Seus lábios se juntaram em um beijo ardente. Arizona empurrou-a para trás, deitando sobre ela, apertando-se arrebatada. Rolaram pela cama entre beijos e carinhos. E Callie foi possuída por uma mulher que agora já conhecia os segredos daquele modo de amar e ansiava para tê-la também de todos modos possíveis.

Arizona a viu atingir o orgasmo em seus braços e gemer seu nome, enlouquecida. E louca de desejo, Arizona pediu para ser possuída também, implorando com aqueles fascinantes olhos azul-mediterrâneo que encantavam Callie, estimulando-a a fazer loucuras naquele corpo maravilhoso. E Arizona teve seu prazer, gritando em delírio:

-- Calliope! Querida! Amor!

-- Ari! Oh, minha Ari! – Respondeu Callie, sentindo uma intensa emoção vendo a mulher amada no auge do prazer.

Ficaram abraçadas, trocando ternos carinhos e beijos. Olhavam-se e não resistiam, seus lábios se procuravam incansáveis.

Herança Fatal  (CALZONA)Onde histórias criam vida. Descubra agora