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A casa estava lotada de gente que metade eu não conhecia, assim que cheguei na cozinha avistei Steven rodando uma garrafa de vodka evidentemente alterado, pra variar, Slash estava de um lado já prevendo que algum acidente iria acontecer e Duff do outro provavelmente mais preocupado com a garrafa de vodka. Em questão de segundos o momento que todos imaginavam aconteceu, Steven deixou a garrafa escorregar de sua mão batendo na bancada da cozinha cortando a parte inferior de seu braço, o sangue se espalhou por todo o chão sujando metade do lugar e respingando por toda sua roupa preta.
— Merda! Acho que temos um problema aqui, alguém viu a S/N? — perguntou Steven tentando conter o sangue.
— Que merda você fez? — perguntei de volta ainda em pânico pelo que tinha presenciado.
— Eu estava apenas brincando — ele disse com uma voz tranquila e baixa, ele estava calmo o que acabou me acalmando também mas não completamente.
— Que porra de brincadeira é essa?
— A garrafa escorregou da mão dele, acha que consegue fazer alguma coisa? — perguntou Slash.
Eu logo assenti e o puxei sutilmente para o banheiro, eu era amiga de longa data do Guns N Roses, conheci eles em um show pequeno antes de gravarem o Appetite for Destruction e se tornarem a maior banda do mundo, não vivia intensamente dessa vida de sexo, drogas e rock n roll então acho que eles me viam como uma pessoa sólida e que podiam contar em todos os momentos.
Steven era a pessoa mais legal que eu já conheci e quem eu mais me preocupava, não que eu não me preocupasse com os outros, mas os outros na medida do possível poderiam se virar ao contrário dele e também porque tínhamos uma amizade colorida, nenhum tipo de relacionamento exclusivo claro, eu não era nenhuma idiota, sabia o que acontecia nas festas e turnês mas a gente gostava da companhia um do outro, era uma relação muito tranquila nada tóxica, apenas amigos com privilégios.
— Por que você faz isso com você? Eu juro que não consigo entender — perguntei enquanto tentava conter o sangue com algumas toalhas.
— Foi um acidente, me desculpa — ele respondeu.
— Não estou falando disso. Steven você está tão chapado que não consegue ficar de pé, na verdade eu não lembro da última vez que conversei com você sóbrio, deve ser porque você nunca está — eu disse com o pânico ainda presente em minha voz.
— Eu não sei, gosto porque me faz esquecer dos meus problemas, faz eu me sentir bem, eu não consigo te explicar você não entenderia.
— Todos os seus problemas começaram a aparecer depois que você começou a usar, eu te conheço, vejo como está deprimido e como anda se auto destruindo. Estou falando isso porque me preocupo com você.
— Obrigado por ser a única que se importa comigo S/N, e obrigado pelas outras coisas também — ele disse com um sorriso malicioso me fazendo sorrir também — Eu vou me cuidar, eu te prometo.
— Faz assim com a mão — disse a ele, fazendo o gesto de abrir e fechar os dedos e ele repetiu logo em seguida.
— Graças a Deus não é nada grave mas precisamos ir para um hospital, você vai precisar de alguns pontos.
— Ou podemos ir para o meu apartamento só nós dois, oque acha? — ele disse me dando um beijo.
— É hospital ou sangrar até morrer, qual você prefere? — eu respondi, meus lábios ainda pairando sobre os dele.
— Você vai ir comigo?
— Bem parece que seus amigos de carreiras e agulhas não estão aqui agora, então eu vou com você — disse revirando os olhos oque acabou o fazendo rir.
— Eu amo você baby — ele murmurou.
— Eu também te amo Steve — murmurei de volta, antes de colocar outro beijo em seus lábios.
