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Um mês depois...

Falta uma semana para o natal. 
É um feriado muito triste para mim. 

Não tenho mais família para comemorar. 
Não tenho ninguém. 

Na verdade, no momento eu tenho a Bruna, ela está me enchendo o saco pra ir viajar com a família dela. 

Disse que vai ser um negócio mais tranquilo em angra. 
Estou pensando seriamente em ir. 

Tudo bem que ainda vou acabar ajudando com as crianças e tecnicamente não estarei de férias. 
Mas pelo menos estarei em angra. 

Vi a notificação da Bruna e revirei os olhos. 
"To chegando já." 

Bruna inventou de ir no pagode, não é novidade pra ninguém. 
Todo domingo é uma perturbação diferente.

Posicionei meu celular e tirei uma foto. 
Olhei, amei e postei. 
Ultimamente estou atualizando meu feed com frequência, isso é raro. 

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Estou amando o meu cabelo com chapinha, só não posso me viciar e querer alisar. 

Ouvi uma buzina, peguei meu celular e meu cartão, coloquei o mesmo no peito. 
Fui para a sala, peguei a chave de casa, sai e tranquei a porta. 

Bruna estava dirigindo uma Mercedes prata. 
Caminhei até o carro e entrei no mesmo. 

Íris: Eae gostosa. - dei dois beijinho no rosto dela 

Bruna: Oi, amor. - sorriu e deu partida no carro - Já estava surtando com as crianças em casa. - ri - Papo reto, nem sei como tu aguenta. 

Íris: Eles são uns amores comigo. - juntei a mão e ela riu - É sério, me respeitam muito. 

Bruna: Aí, Liz e Miguel vivem se atacando, não sei nem mais o que eu faço. - bufou 

Íris: Eles tem que entender que tu que manda, amiga. - ela assentiu prestando atenção no caminho - Criança é foda, coloca de castigo. 

Bruna: Não adianta nada, eu colo e o RK vai lá e tira. - estacionou o carro - Quase enforquei ele hoje. - ri alto - É sério...casa não mulher, é só tormento. 

Íris: Oh mulher.- ri - Tenho nem ficante...na verdade nem conversante. - ri - Situação feia. 

Bruna: Tá muito parada, bobinha. - saiu do carro e eu sai em seguida 

Íris: Melhor assim. - fechei a porta 

Bruna: Vai virar virgem de novo. - deu a volta no carro 

Íris: Tenho meu consolo pra não acontecer isso. - ela gargalhou e cruzou nossos braços - Pior que é sério. 

Bruna: Mulher, te preserve! - fomos caminhando até o bar 

Já estava cheio, mas a nossa mesa estava reservada. 
NJ estava com uma loira na mesa e mais duas meninas. 

Caminhamos até eles. 

Bruna: Boa tarde, gente! - disse e se sentou 

Íris: Oi. - sorri e me sentei ao lado da Bruna 

Bruna: Odeio essa loira. - sussurrou no meu ouvindo e eu neguei - Era pra tu ter ficado com ele. - revirei os olhos 

Íris: Para de ideia torta, porra! - empurrei ela 

Bruna: Nhe nhe nhe. - me imitou e eu ri - Teu ex macho daqui a pouco aparece 

Íris: Para de papo torto, Bruna. - fechei a cara - Tá de gastação né? - ela negou - Ah não, tu tá de brincadeira. - respirei fundo 

Bruna: Amiga, relaxa! - me empurrou de leve - Só tu não dar audiência. 

Íris: Minha filha, homem é ousado. - ela assentiu - Mas vou ficar quietinha aqui na minha. - me arrumei na cadeira 

...

Perigo chegou tem mais de uma hora. 
Ele fez questão de sentar ao lado de uma das meninas e de frente para mim. 

Está me furando desde a hora que chegou. 
Continuo plena, na pose e bebendo meu drink. 

Hoje estou bebendo pouco, porque se eu ficar bêbada é capaz de parar lá na casa dele. 
Só vexame e humilhação 

Bruna: Eu to quase trocando de lugar contigo. - disse no meu ouvido 

Íris: Não, manda o RK sentar aqui e eu vou pra lá. - falei baixinho e ela assentiu

Se virou e falou no ouvido do RK. 
Ele se levantou e eu me levantei também, trocamos de lugar. 

Ele virou o rosto e continuou me encarando. 
Tomando a sua cerveja. 

Íris: Amiga. - cutuquei a Bruna - Eu vou embora, não estou me sentindo bem aqui. - falei no ouvido dela 

Bruna: Amiga, deixa o NJ voltar com o carro e eu te levo. 

Íris: Não, amiga. - me levantei - Não estou confortável aqui, vou subir. - dei um beijo no rosto dela - Quando eu chegar em casa te aviso. - ela assentiu 

Dei tchau para o pessoal de longe e fui caminhando tranquilamente. 

Achei que vindo para cá teria paz e sossego, pelo jeito não vou ter nenhum. 
Se eu soubesse, teria ficado na CDD mesmo, ele já teria me matado e isso já tinha um fim. 

Senti alguém me puxar para trás e me levar para um beco. 
Olhei e era o Perigo. 

Íris: Tá maluco? - gritei - Me solta! - puxei meu braço 

Perigo: Pô, vim namoral conversar com tu. - me afastei dele - Vai falar comigo não? 

Íris: Não tenho nada pra falar com tu, Perigo. - ele cruzou os braços - Tu prometeu que ia me deixar em paz, cara. - bati o pé com a voz embargada 

Perigo: Mas é isso mesmo que tu quer? - se aproximou e eu fiquei em silencio - Responde, Íris. - chegou bem próximo do meu rosto - É isso mesmo que tu quer? 

Meu coração acelerou e comecei a soar frio. 

Íris: É perigo...me deixa em paz. - coloquei as duas mãos no peito dele e afastei o mesmo - Tu fez uma promessa 

Perigo: Mas eu fiquei sabendo que tu anda falando de mim. - se aproximou novamente - Acho que tu anda meio confusa, né? - riu e eu me afastei 

Íris: Eu estou muito certo do que eu quero e pode ter certeza que não é você.- ele assentiu ainda sorrindo 

Perigo: Tu nega, mas teu coração é meu, preta. - colocou a mão no meu rosto e eu tirei 

Sai do beco quase correndo e entrei em outro. 
Caminhei rápido até a minha casa. 

Esse cara vai ficar brincando comigo. 
Vai mexer com a minha cabeça e eu não sei se estou preparada pra lidar com isso. 

NJ é um boca de caçapa também, porque foi falar pra ele essa parada. 
Que ódio! 

Eu odeio homem! 

Visita íntimaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora