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Seis meses depois...

Íris

Coloquei o Raul sentado na cama e me sentei ao lado dele. 

Íris: O neném da mamãe está tão grande. - ele abriu um sorriso largo e balbuciou alguma coisa 

Passamos por muitas coisas nesses seis meses. 
Muitas invasões aconteceram. 

O Pierre quase foi preso, quem salvou ele foi o J2. 
Momentos de aflições. 

Tivemos que ficar dois meses longe daqui e voltamos a pouco tempo. 

Meu maior medo é o meu filho crescer sem pai. 
Vida do crime não é fácil, mas é mais difícil para quem é família. 

A preocupação é a todo tempo, não tem um dia que eu falo que tive paz. 
Minha mente me perturba e minha ansiedade ataca toda vez que o Pierre sai pela porta. 

Porque eu nunca sei se é um adeus. 

Vivo em uma eterna tortura, enquanto o Pierre vive tranquilamente. 

Raul puxou a minha regata e eu sorri. 
Já sabia que ele queria peito. 

Coloquei ele no meu colo e o peito para fora. 
Ele se ajeitou e começou a mamar. 

Tirando esse grande problema que eu vivo diariamente. 
Não tenho que reclamar de nada sobre o Pierre, me ajuda o tempo todo. 

Ele é presente em tudo do Raul. 
Cuida dele para que eu possa ter um momento de "paz", me faz ir no salão toda semana. 

Tirando a vida louca que vivemos, era isso que eu pedia para Deus. 
Um marido cuidadoso, romântico e um pai presente. 

Meu celular vibrou, peguei o mesmo e vi a mensagem do Pierre. 
"Já estou chegando em casa" 

Apenas curtir a mensagem e deixei meu celular de lado, fiquei admirando o Raul.

Essa semana ela está em uma loucura, por conta do baile e porque os carregamentos não chegaram ainda. 

 Eu não entendo nada e nem procuro entender. 
Já estou envolvida de mais. 

Me ajeitei na cama e continuei observando o Raul mamar, já estava quase dormindo. 

Ele é a criança mais linda que eu já vi na minha vida. 
E não é só porque é meu filho. 

Ele é pretinho igual ao pai, tem os cabelos cacheados e os olhos castanho claro. 
Única coisa que puxou de mim foi o cabelo e os olhos. 

O resto é o Pierre todinho. 

A porta do quarto abriu e ele entrou.
Todo sério, se aproximou da cama e me deu um selinho. 

Ainda sem dizer nada, tirou as correntes de ouro, o relógio, a camiseta, colocou tudo no pé da cama e foi para o banheiro.

Raul dormiu, tirei o peito da boca, me ajeitei e me levantei com ele no colo. 
Fui até o quarto dele e coloquei o mesmo no berço. 

Cobri ele e sai do quarto, deixando a porta entreaberta. 

Voltei para o meu quarto e me deitei na cama. 
Fiquei mexendo no celular até o Pierre sair do banheiro. 

Íris: O que tu tem? - coloquei o celular na cama e me sentei olhando para ele - Chegou todo estranho. 

Perigo: Umas paradas que estão acontecendo, bagulho louco. - bufou e caminhou até o guarda-roupa - To boladão. 

Íris: Boladão com o que, amor? 

Perigo: Nada contigo...parada de rua. - me olhou e colocou a camiseta - Consegui arrumar as paradas do carregamento, mas tem outros bagulho pra resolver. - passou a mão no cabelo molhado 

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