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Íris 

Hoje decidimos almoçar No big point. 
Estava cansada de comer frutos do mar. 

Voltar um pouquinho para a minha realidade. 

Perigo: Quer pedir sobremesa? - perguntou assim que eu terminei de comer 

Íris: Não, estou satisfeita já. - limpei a minha boca com o guardanapo - Vamos voltar para o hotel né? - ele negou - Vamos sim, lá a gente fica na piscina. 

Perigo: Hoje não. - sorriu - Tenho um lugar melhor para a gente ir. - suspirei - Não quero que tu fique pilhada o tempo todo com esse bagulho. - segurou na minha mão - A gente veio pra curtir e relaxar, lembra? 

Íris: É porque tu é muito desacreditado. - ele ficou quieto - Só estou preocupada. 

Perigo: Desde quando a gente chegou aqui tu tá pilhada nesse bagulho. - falou sério - Assim a gente não vai curtir nada, pô! 

Íris: Tá bom, Pierre. - respirei fundo - Pede a conta. 

Ele chamou o garçom, pediu a conta e pagou. 
Saímos do restaurante de mãos dadas. 

Caminhamos até o carro, entrei no mesmo e ele entrou em seguida. 

Perigo: Tu vai gostar, Preta. - passou a mão na minha coxa - É um bagulho mais reservado pra  nós dois. - sorri fraco - Eu sei que tu tá assim porque se preocupa comigo, mas eu já disse pra tu relaxar, já paguei. 

Íris: Tá bom, amor. - coloquei a mina mão em cima da dele e acariciei a mesma - Vamos logo, porque já estou curiosa. - ele sorriu animado 

Perigo: Uma hora de viagem, mas eu prometo que vai valer a pena. - assenti e ele voltou a atenção no percurso 

...

Chegamos na Baía de Guanabara, ele estacionou o carro e descemos. 
Ele pegou uma mochila no banco de trás e trancou o carro.

Colocou o braço em volta do meu pescoço e foi me guiando. 
Paramos na praia e tinha um barco. 

Perigo: Vamos ver o pôr do sol no mar. - falou ainda me guiando até o barco, sorri animada 

Ele foi falar com o cara e logo subimos. 
Me sentei no chão do barco, no começo e ele sentou atrás de mim. 

Perigo: Trouxe uns bagulho pra gente comer e beber. - tirou a mochila das costas e colocou na minha frente 

íris: Estou cheia já. - falei olhando pra ele 

O cara fez tudo o que tinha que fazer e ligou o motor do barco. 

Senti a brisa do mar e um frio na barriga. 
Que sensação maravilhosa! 

Nunca tinha andando de barco antes. 

Perigo: O que está achando? - perguntou baixinho 

Deitei a minha cabeça no peito dele. 

Íris: Uma sensação maravilhosa, nunca tinha andando de barco. - sorri observando o mar - Obrigada, eu amei! 

Ele passou o braço em volta do meu pescoço. 
Ficamos observando o mar. 

Uma calmaria, sensação de paz. 
Acho que era isso que eu estava precisando. 

Essa sensação. 
Agora eu sinto que a minha vida está da forma que eu gostaria. 

Em pensar que eu lutei tanto para chegar aqui.
Mas finalmente eu consigo sentir essa sensação de paz, sem penso na consciência de algo, porque tenho a plena consciência de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para ajudar todos ao meu redor. 

Infelizmente alguns eu não consegui. 

Ficamos abraçados vendo o pôr do sol. 
Passe pela Fortaleza de São José, Fortaleza Lage, Fortes Santa Cruz e em volta do Museu de Arte Contemporânea. 

Três horas de passeio. 
Descemos do barco e fomos andando pela praia. 

Perigo: Gostou do nosso passeio? - me abraçou por trás 

Me arrepiei toda. 

Íris: Amei. - sorri - Obrigada! 

Perigo: Quero te proporcionar muito mais. - me soltou e entrelaçou as nossas mãos - Eu sei que tu passou por muita coisa...quero te fazer feliz, te proporcionar tudo o que tu não pode ter a vida toda. 

Íris: Passei por muita coisa sim, mas graças a Deus hoje estou melhor. - ele assentiu - Eu não quero que tu fique se arriscando por mim. 

Perigo: Mas viver sem adrenalina não tem graça. - parei de andar e soltei a mão dele - Mas é verdade. - cruzei os braços 

Íris: Pierre, de verdade. - falei séria - Se tu pretende viver uma vida assim, já me avisa...porque eu gosto de paz, gosto de uma vida tranquila. 

Perigo: Tá bom, amor. - se aproximou e eu me afastei - Eu quero viver a vida contigo...se for preciso eu vivo pra sempre preso na CDD.

Íris: Eu estou falando sério, Pierre! - bati o pé e ele riu 

Perigo: Eu também, pô. - se aproximou e me abraçou - Eu quero viver a minha vida inteira ao seu lado, preta. - deu um beijo no topo da minha cabeça - Falta tu me dar uma chance de verdade. 

Íris: E desde quando isso é de mentira? - sai do abraço 

Perigo: Isso que a gente está vivendo é de verdade...tá gostoso. - sorriu - Mas eu quero mais! - entrelaçou as nossas mãos novamente - Quero que a gente dê um passo a diante. 

Íris: Eu também, por isso estou esperando o pedido. - falei sorrindo 

Perigo: Já pedi tu em casamento duas vezes e nenhuma delas você aceitou. - ri alto - As duas vezes foram de verdade. 

Íris: De verdade o que, Pierre? - perguntei rindo - Para de graça. - puxei o braço do mesmo e ele me agarrou - Tu não perde uma oportunidade né. - falei olhando nos olhos dele 

Perigo: Por isso que acho que a gente não pode morar longe um do outro. - deu um cheiro no meu pescoço - Eu vou ficar na maior saudade de tu. 

Íris: Oh bichinho. - dei um monte de beijinhos pelo rosto dele - A gente resolve isso quando voltar, pode ser? - ele assentiu 

Ao mesmo tempo que quero ficar vinte e quatro horas grudada com ele, apenas curtindo o nosso love, também quero ficar um pouco longe para não enjoar. 

Não é que eu enjoo das pessoas, mas quando fica muito tempo grudado, parece que começa as desavenças. 

Perigo: Tá pensando no que? - ele soltou a minha mão e deu um chute na areia

Pegou no meu cabelo e na minha roupa.

Íris: Pierre, eu vou te matar! - gritei e comecei a correr atrás dele - Filha da puta. - ele continuou correndo e rindo 

Ele parou de correr e caiu no chão gargalhando. 
Dei um chute na areia e pegou bem no rosto dele. 

Parou de rir na hora. 

Perigo: Aí tu foi maldosa. - falou e cuspiu areia - Tem areia até nos meus olhos. - coçou com a mão suja 

Íris: A que se faz, a que se paga. - falei rindo - Deixa eu ver. - tirei as mãos dele do rosto e assoprei os olhos dele - Melhorou? - ele assentiu 

Perigo abraçou as minhas pernas e me jogou na areia. 

Íris: Tu vai lavar o meu cabelo e o carro. - falei rindo - Idiota! - dei um tapa no braço dele - Aí que agonia. - me levantei - Como que eu vou ficar uma hora no carro? - bati na minha roupa - Perigo, minha vontade é de cometer um assassinato contigo!  

Perigo: Oh tadinha, tão boazinha. - falou na ironia e se levantou - Não seria capaz nem de puxar a faca. - olhei ele de cima a baixo e depois concordei 


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