coração.

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Eu sou marginal, ela é bem decente
E bem na moral, virou residente
Não sai da minha mente
Não sai da minha mente
E do coração

Lua 🌊

Acordei com uma musica baixinha, que se essa casa não vive de música, não vive de mais nada.

Me espreguicei, virando o corpo e vendo Gabriel só de cueca, se observando. Como tô longe de ser boba, fiquei quietinha o olhando,  logo ele percebeu e riu.

- Não vale nada.

- Tá aí com esse cuzão pra cima, seria maluca se não olhasse sem dar um piu. - Ele gargalhou.

- Bom dia, minha pretinha. - Se aproximou, me dando um selinho, mas voltando pro espelho.

- Bom dia. - Sentei na cama, me cobrindo. - Não cuidando da sua vida, longe de mim, mas... Ta fazendo o que?

- Tentando achar espaço pra fazer tatuagem.

- Puts nega. - Rimos. - Tatuagem do que, cara? Nem existe tudo isso de desenho no mundo, já tá tudo aí no seu corpo. Sua família, todos os Estados possíveis, todas as letras de música, a fauna, a flora. - Ele riu.

- Falta a mais importante pô, a da nossa cria. Até nisso os quatro anos de atraso me fuderam, na época tinha bem menos tatuagem.

- Tinha mesmo, eu lembro. - Levantei, indo até o banheiro do jeito que vim ao mundo e foi a vez dele de me observar.

- Depois eu que infernizo. - Ri, ligando o chuveiro, prendendo o cabelo e tomando banho. Meu vício pela manhã.

Tomei um banho rápido, escovei os dentes, sai e o bonito continuava lá.

- Faz na coxa pô, tem um espaço ainda.

- Queria? Num queria, mas acho que é o que tá tendo mesmo. Se soubesse, não tinha tatuado o Goku. - Gargalhei.

- Vai marcar pra quando?

- Hoje pô. - Arregalei os olhos.

- Que horas?

- Falei pra ele colar ali pelo meio dia, sei que tu gosta de treinar de manhã. Tá de boa? - Arregalei os olhos de novo.

- Ele que vem? Não é tu que vai? Que isso, vida de jogador é um morango mesmo.

- É mais pratico, pô. – Riu, me dando um beijo na testa. – Quer fazer alguma? Já aproveita.

- Acho que não, amor... As que tenho são o suficiente.

- Realmente, o dragão na lateral acaba comigo demais. – Me fez virar um pouco o corpo, observando. – Mas certeza que não quer fazer? Um G.B? Um “Sou gostosa mas sou casada” nas costas? – Gargalhei.

- Vou fazer um desse mas na testa de baixo. – Ele riu.

- Vou amar ver. – Gargalhei.

- Ta me cobrando, mas aí nos seus poucos espaços cabe bem um "Lua", tá? Se for só uma luazinha também já ta ótimo, discreto. – Ele riu.

- Se tu deixar eu fazer um coraçãozinho em você, eu faço.

- Porra, não pode ser o cara fazendo um coração?

- Não confia no dom do seu namorado?

- Óbvio que não. – Gargalhamos.

- Um coraçãozinho só pô, tem nem erro. Aqui vai ficar charmozão. – Passou a mão um pouco abaixo da minha clavícula.

Planos || Gabigol Where stories live. Discover now