Planos || Gabigol

meu sol.

Eu já me preparei demais e declaro
Agora é a hora, o amor profundo
O amor que salva
Vem depressa, não demora
Meu sol
Saiba você é, meu sol
Sempre você, meu sol

Gabriel

Saí do banheiro mexendo no celular, escolhendo qual foto ia postar. Sentei no vestiário, subi pros storys e comecei a digitar.

- Que seja... feita... a vontade de Deus. - Falei baixinho, escolhendo o emoji.

- Ein titio? - Ouvi a voz do Guto.

- Oi meu parceiro. - Apertei publicar e o olhei.

- O Davi não voltou do banheiro com você? - Olhei pra onde estavam as crianças e levantei rapidamente, voltando pro corredor e me deparando com o bonito na porta do banheiro conversando com o Cano. Cruzei os braços e só fiquei observando a cena.

- Aí depois o senhor tira uma foto comigo?

- Claro. Estas do lado errado, han? - Falou com o sotaque puxado.

- É pra mandar pro meu titio, ele é muito seu fã.

- Poxa, só ele? Estava achando que eramos amigos. - Ele riu.

- Só, sou mengo e fã do meu papai. Mas você é ótimo, tá? - Deu umas batidinhas no ombro dele e eu segurei o riso.

- Certo... Quer tirar a foto ahora?

- Quero, antes que meu papai volte. - Puxou o celular e os dois se abraçaram, tirando a primeira foto, que eu sai bem atrás. - Ficou otim... Ai!!. - Deu zoom em mim, virando de costas e me olhando, enquanto o German ria. - Oiiii. - Deu um sorrisinho.

- E eu achando que o bonito estava perdido.

- Eu não, sabia que ia voltar pra me buscar. Aí encontrei meu amigo aqui, pediu pra tirar foto comigo e eu tirei. - Gargalhei.

- Fue exactamente eso. - Cano falou, levantando e eu ri, balançando a cabeça negativamente.

- Valeu por cuidar dele. - Fizemos um toque.

- Para nada. Tu hijo es muy... educado. - Intercalava entre os dois idiomas. - Ni siquiera se parece a ti. - Gargalhei.

- Acabou o respeito.

- Nunca. Buen juego.

- Pra nós. - Fizemos um toque de novo e eu olhei pro Davi. - Vamos, prefeitinho?

- Vamos. Tchau amigo. - Saiu acenando  enquanto Cano ria de novo, acenando de volta.

- Vou te contar ein.

- Ué, você me abandonou.

- E foi atrás de outro pai? - Fiz drama.

- Depois você me ajuda a mandar pro titio? - O peguei no colo.

- Ajudo e desculpa, tá? - Beijei sua bochecha.

- Vou pensar. - Gargalhei, entrando no vestiário de novo e o colocando no chão, que foi correndo pro lado do Guto, enquanto Everton e Gerson me olhavam, segurando o riso.

Sentei ali do lado deles, observando ele e o Guto fazendo amizade com absolutamente todas as crianças.

Deu o horário da gente subir, demos as mãos e fomos pro corredor. O observei, vendo ele olhar pra todos os lados, me fazendo segurar o riso e o pegar no colo.

- Esse barulho todo é gente, papai?

- É, filhão. Mas não precisa ficar com medo, tá? To aqui. - Ele assentiu rapidamente. - Eu também tô nervoso, sabia?