Capítulo II

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 A boate já estava lotada

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A boate já estava lotada. Sabia disso porque a fila que eu e meus amigos estávamos a quase duas horas não se mexia a quase o mesmo tempo. Haviam cerca de 10 pessoas à nossa frente agora, mas era o suficiente para que a espera me fizesse reclamar mais do que o normal enquanto meus amigos pareciam se divertir, dançando ao som abafado da música alta que dava pra escutar do lado de fora da Infernum, onde estávamos.

Quando eu pensei em protestar mais uma vez - principalmente pelo fato das entradas VIPs que Isis tanto se gabou, não valerem de nada e tivemos que esperar para entrar como qualquer outra pessoa -, dizer que iria embora, a fila andou, as pessoas à nossa frente entraram na boate, e logo nós três também.

A Infernum realmente merecia a fama que tinha. O lugar estava repleto de pessoas, incluindo no mezanino, dançando como se suas vidas dependessem disso. O palco mais ao fundo do lugar já estava sendo preparado para a banda que tocaria dali a alguns minutos. Mas o que mais me chamou atenção foi o fato de ter algumas gaiolas espalhadas pelo salão, ao todo eram 5, e havia pessoas dentro delas, dançando ao som da música que o Dj tocava e ressoava no lugar.

Confesso que estava impressionada. A energia ali era diferente de tudo o que eu já tinha sentido na vida, era pesada, mas ao mesmo tempo convidativa. O estilo vitoriano, onde o vermelho carmesim e preto predominava na ornamentação, me chamou atenção, e meus olhos correram pela boate em curiosidade, não querendo perder nada. As pessoas com suas máscaras escondendo seus verdadeiros Eu, estava em cada canto daquele lugar. O ar estava mais tenso, e apesar do ar condicionado, estava quente ali dentro. Um verdadeiro inferno.

Senti Theo me puxar para o bar, seguindo Isis e logo eles pediram bebidas. Eu fiquei encarando aquele mar de gente por um tempo até minha amiga me chamar a atenção.

— Tome isso, é leve pra começar!! — Isis basicamente gritou em meu ouvido ao me entregar um copo de dose com um líquido transparente.

Apesar de não gostar da ideia de comemorar meu aniversário, eu já estava naquela boate, com meus amigos, comemorando de certa forma. Sem pensar, tomei aquele líquido que me foi entregue, e minha garganta ardeu com o gosto amargo e quente da bebida.

— Achei ter dito que era leve!! — Exclamei em direção a Isis, fazendo uma careta ao terminar de beber, e minha amiga apenas sorriu.

Tomamos mais algumas doses e ouvimos o som da banda se preparando para começar o show. Isis se animou mais do que eu e Theo, nos arrastando entre a multidão de corpos, nos levando para o mais próximo possível do palco.

A banda iniciou seu show, tocando suas músicas animando ainda mais a multidão. Eu, que já estava suficientemente bêbada, por fim me soltei um pouco mais com o grave do som batendo junto ao ritmo do meu coração, me arrepiando a pele. Eu dancei com meus amigos por um bom tempo, cantando e errando as letras das músicas entoadas, e rindo disso.

Em um momento, um garçom passou nos oferecendo uma bebida verde. Eu e meus amigos estávamos tão eufóricos pela música, e pelo álcool que já percorria em nossas veias, que não pensamos quando pegamos os copos de doses da bandeja do homem e tomamos de uma vez. O gosto era extremamente doce, quase me fez querer vomitar. Mas não me importei quando a banda começou a tocar uma de minhas músicas favoritas, fazendo um cover.

Obsession.Where stories live. Discover now