Capítulo XIII

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Eu não tinha ideia do que estava fazendo, mas uma coisa era certa, eu não poderia deixar Niko foder com a cabeça de Guto

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Eu não tinha ideia do que estava fazendo, mas uma coisa era certa, eu não poderia deixar Niko foder com a cabeça de Guto.

Pedi um uber com o destino a casa onde eu definitivamente não queria voltar, a dos Braddoc. Desde que saí da cafetaria, não sentia mais os olhos de Niko sobre mim, e lá era o único lugar onde eu sabia que poderia o encontrar para confrontá-lo. Como eu faria isso? Não fazia ideia, mas ver como Guto, que sempre foi basicamente um lorde comigo, me tratar daquela maneira tão... suja, encheu meu coração de raiva, e eu não poderia permitir isso.

Assim que o carro estacionou em frente ao grande portão de grade, minha pele se arrepiou, a energia daquele lugar era horrível, e as lembranças da minha fraqueza naquela adega não me facilitaram em nada. No entanto, deixei esse pensamento da minha vergonha de lado e foquei no problema maior.

Saltei do carro e entrei na propriedade. Minhas pernas tinham o dobro do peso agora, meu coração estava acelerado e as batidas contra sua jaula era como animal desesperado com medo de seu destino. Estar ali, com toda certeza, não era uma boa ideia, eu estava prestes a entrar no covil de vampiros, sendo a única humana, uma refeição completa, entregue de bandeja.

Assim que fiquei de frente a porta principal, eu nem ao menos toquei a campainha ou bati, ela simplesmente se abriu, revelando Anair, com um sorriso travesso, e olhos negros brilhando como se estivesse ganho o presente mais desejado.

— Você definitivamente não deve ter apreço a sua vida! — Uma verdade, eu realmente não deveria ter nenhum se estava ali, mas precisava ser direta.

— O Niko está? — Nenhuma formalidade foi necessária, e se fosse, eu não daria a mínima, só queria que Niko acabasse o que ele havia começado. Anair me olhou de cima a baixo, e sorriu ainda mais largo.

— Ele não está, mas entre, deixe eu te apresentar a casa!

Eu não tive tempo de retrucar, logo os braços de Anair já estavam envoltos em meus ombros me puxando para dentro daquela casa como se fôssemos íntimos. Torci para que ele não tentasse nada, e talvez, ele obedecesse o irmão.

— Me diga seu nome. — A autoridade em seu tom de voz era exatamente como a de Niko, exigente, mas mais suave. — Não tivemos a oportunidade de nos conhecer melhor ontem.

— Mavie. — Disse simples, sem vontade, sendo guiada pela casa.

— Minha vida... — ele proferiu baixo o significado de meu nome, como se estivesse confirmando para si mesmo o que dizia, e seu rosto se iluminou, parecendo ter descoberto algo genial. — Agora faz mais sentido.

— O que faz sentido? — Merda de curiosidade que não deixa minha boca fechada ou meu corpo seguro.

Anair não me respondeu com palavras, apenas riu anasalado como resposta. Ao entramos na sala de estar — a mesma que eu esperei por mais de uma hora Isis voltar na noite anterior — às mesmas pessoas que acompanhavam Anair e Niko na adega estavam sentados lado a lado em sofás diferentes, bebendo algo escuro em seus corpos, algo que eu não queria saber o que era, mas tinha uma vaga ideia.

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