Capítulo XI

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Os minutos iam se passando mais rápido e nada de Isis voltar de onde quer que ela tivesse ido com Arya

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Os minutos iam se passando mais rápido e nada de Isis voltar de onde quer que ela tivesse ido com Arya. Eu estava ficando preocupada, as pessoas estavam cada vez mais bêbadas, e alguém vestido de noiva cadáver havia caído por cima de mim no sofá sem notar minha presença, rindo de algo que com certeza não tinha nenhuma graça; e o som da música estridente já estava me incomodando. Me levantei impaciente e fui à procura de minha amiga, já havia uma hora que ela tinha ido para longe de mim.

Subi as escadas perto de onde eu estava, talvez levasse aos quartos da casa, provavelmente Isis estava em algum deles. Os degraus estavam cobertos por carpete vermelho, o corrimão era de um metal frio, dourado e bem polido. A escada era longa, mas ao chegar no fim, percebi que o corredor que ela me levou era ainda mais extenso. Havia incontáveis portas, parecia não ter fim, mas mesmo assim eu iniciei meus passos indo em direção a ele.

As paredes eram escuras, assim como no andar de baixo. As portas eram todas pretas, tão escuras que eu nunca vi nada igual. As pinturas penduradas como se estivessem em exposição, embelezavam o corredor, era uma mais sombria e interessante que a outra, assinadas por um nome que eu nunca tinha visto antes.

Elion.

Não sei dizer se era apenas um pseudônimo, e se eram obras de alguém da família Braddoc. Não fazia ideia. Mas elas me prenderam, especialmente uma em que havia um homem, parecia jovem, se contorcendo deitado no chão. Demostrava a agonia da dor, mas ele não parecia estar machucado fisicamente, a dor vinha de dentro pra fora, como se ele estivesse em combustão em seu próprio corpo. Seus olhos pareciam como se estivessem olhando diretamente nos meus, pedindo socorro, não aguentando mais aquilo que estava passando. A agonia sombria daquela pintura me incomodou, e por mais que eu quisesse ficar admirando a pintura, voltei a andar.

Bati de porta em porta chamando por Isis, mas em nenhuma delas ouvi a voz de minha amiga. Na última porta do corredor, chamei mais uma vez por Isis, mas dessa vez nem os gritos abafados mandando eu ir embora, eu ouvi. Era apenas silêncio. Tentei entrar, mas ao mexer na maçaneta vi que a porta estava trancada. Chamei mais algumas vezes, e nada. Percebendo que ela não estaria ali, soltei o ar frustrada e voltei a caminhar para o andar de baixo da casa, talvez ela tenha voltado para dançar um pouco. Isis ama dançar.

Assim que voltei para a sala principal, olhei para as pessoas, andei por elas à procura de Isis. Nada. Fui nos banheiros, havia gente transando em alguns deles, mas não era minha amiga. Na cozinha tinha mais gente se "pegando", mas não era ela. Isis não estava em lugar nenhum daquela casa e isso me preocupou mais ainda

Decidi ir para o lado de fora, talvez ela estivesse na área externa. Mandei mensagem enquanto andava por aquele jardim enorme, mas Isis não me respondia. Eu já estava preocupada demais até mesmo para raciocinar, e foi quando eu senti meu celular vibrar, brilhando o nome de Isis na tela. 

Is: Tô viva, relaxa Mav!!!! Volto assim que der, vai se divertir!!!!

Eu revirei os olhos porque sabia bem o que ela estava fazendo, preferindo transar do que estar comigo, mas eu ao menos poderia culpá-la, Arya realmente era muito bonita, e a fazia feliz. Se não fosse o fato de Arya ser uma vampira e colocar a vida da minha melhor amiga em risco constante, eu seria a primeira a não incomodar elas nesse momento, mas não era tão simples assim.

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