Na manhã seguinte foi o mesmo dilema. Já pela tarde, Jake rumou até a casa de Sunoo, onde o coreano e o japonês já deveriam estar lhe esperando, pois estava cinco minutos atrasado.
Apressando o passo, conseguiu chegar na residência dos Kim sem um atraso maior.
Bateu na porta e foi atendido minutos depois pelo amigo.– Demorou, hein. – deu espaço para que o outro entrasse.
– Desculpa, eu tive imprevistos.
– Estava dormindo, não estava? – fechou a porta.
– Sim. – riu.
– Olá, Jake. – a mãe de Sunoo cumprimentou o garoto.
– Oi, tia! – sorriu.
– Já comeu, querido?
– Já sim.
– Vamos subindo, o Niki já está lá em cima.
Subiram e entraram no quarto de Sunoo, onde Niki esperava sentado no chão com as pernas cruzadas e mexia no celular.
– Ah, você chegou. Vamos logo porque o trabalho não é pouco. – estralou os dedos.
Iniciaram a bendita maquete, já estavam naquilo há horas. Dobra isso, cola aquilo, monta outra coisa...
– Acho que minha mãe está fazendo lanche. – Sunoo sentiu o cheiro de comida. – Deveríamos descer para comer algo.
Os outros concordaram, se surpreendendo ao ver que já estavam ali há duas horas.
– Como vai o trabalho? – a senhora Kim perguntou.
– Digamos que temos metade pronta...
No início da noite, os garotos estavam arrumando os últimos detalhes.
– E... Pronto! – Niki disse tirando as mãos da última arvorezinha colada.
– Certo, isso deu muito trabalho. – secou as poucas gotículas de suor que se acumularam na sua testa por conta do cabelo.
– Você leva amanhã, Sun?
– Claro.
– Eu já estou indo, então. – Riki se levantou, batendo as mãos na calça.
– Eu também. – Shim fez o mesmo.
– Vocês querem comer ou beber algo antes de ir? – apanhou a maquete, ficando de pé e colocando o trabalho sobre a mesa.
– Não, eu realmente preciso voltar para casa rápido.
– Eu moro um pouco longe também.
Os garotos desceram e se despediram da mãe de Sunoo.
– Vocês a tratam melhor do que me tratam, devo me ofender?
– Nós preferimos sua mãe.
– Aham. – o japonês concordou.
– Soltem, ela é casada. Vão, vão. Tchau! – foi empurrando os amigos para fora, mas era mais uma brincadeira dos três.
No dia seguinte, iriam entregar a maquete para que a professora avaliasse e desse a nota.
– As três melhores maquetes serão expostas no estande de arquitetura na semana que vem.
– Estande? – a sala se questionava.
– Terá um pequeno momento onde cada curso mostra um pouquinho do que sabe. A sala de vocês se encarregará das maquetes, e eu já estou vendo que vai ser difícil decidir.
– Vale ponto? – alguém perguntou.
– É um momento para distrair vocês após a semana de provas, parem de pensar em pontos extras e estudem, pois amanhã começam os testes mensais. – advertiu, indo se sentar e chamando equipe por equipe.
Jake já estava ocupado mastigando uma de suas guloseimas, estava preocupado com a maquete, com as provas, e agora se sua maquete seria escolhida.
– Relaxa um pouco, Jake. Nossa maquete foi a melhor da sala. – Niki se gabou.
– Espero.
Já na saída, perto do fim do corredor, Jay chamou Niki do lado de fora do portão para discutir sobre algum jogo próximo, e o japonês arrastou os outros dois consigo, os proibido de ir embora. Os três caminhavam juntos até certo ponto, onde se dividiam, então o Nishimura não queria perder a companhia.
– Quando que é o próximo?
– Ainda não tem certeza da data.
Os dois perdidos naquele meio começaram a conversar, sem dar muita atenção ao assunto que não lhes dizia respeito.
– Olha ele aí.
– E aí. – o Lee os cumprimentou com um high-five. – Oi, meninos. – soou gentil com Sunoo e Jake.
Mirou seu olhar para os colegas de time, mas logo olhou para Jake com as sobrancelhas franzidas. O Shim ficou um pouco confuso, mas tentou ignorar e não olhar muito para o mais velho.
– Mas eu não acho que vá ser tão horrível. – comentou o platinado, focando no assunto.
– É, não tem tanta diferença de...
E foi aí onde Jake parou de ouvir novamente.
– Olha só a hora, eu preciso ir. – Jay viu que já faziam quase dez minutos desde o término da aula.
– Won já foi?
– Ele saiu mais cedo hoje.
– Por algum motivo eu me lembro de alguma situação envolvendo você, e não é daqui. – Heeseung se aproximou de Jake, que engoliu em seco e deu um passo pequeno para trás. – Ah, você é o cara da lojinha! – estalou os dedos. – Relaxa, eu não fiquei com raiva nem nada, mas sua colega de curso... Cuidado com ela. – riu tentando afirmar que estava tudo bem.
Jake apenas ouviu tudo, aliviado por Lee não querer arrancar sua cabeça. Sorriu nervoso e puxou o Kim pelo braço.
– Vamos, meninos. Já está ficando tarde. – foi acompanhado pelos dois até a rua, seguindo seu rumo.
– Eu vi, hein. – Niki começou.
– Viu o quê?
– Aquilo foi uma curta conversa com Lee Heeseung?
– Não, não foi. – empinou o nariz. – Ele veio tirar satisfação comigo por algo que aconteceu naquela lojinha.
– O quê? – Sunoo, curioso como era, perguntou, o olhando no fundo da alma.
– Ah, ele chegou lá com uma menina do nosso curso e eles começaram a se pegar na minha frente. – disse indignado. – Aí eu disse que ninguém respeitaria o lugar se vissem que nem os próprios estudantes estavam respeitando.
– E o que aconteceu?
– Não sei, eu fui pagar as coisas. Mas segundos depois ela apareceu no balcão me queimando com os olhos. – riu. – Mas ele não apareceu.
– E ele foi falar o quê com você? – pronto, dois curiosos juntos.
– Que não 'tava com raiva, mas que era pra eu tomar cuidado com ela.
– Só?
– Só.
– Jake, você não presta! – Sunoo acusou batendo no ombro do australiano.
– E eu sou obrigado a segurar vela agora?
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eu te odeio, Lee Heeseung
FanfictionVocê com certeza já amou e já foi amado. Mas já amou algo ou alguém que não pode ter? Onde Jake, para esconder sua paixonite por Lee Heeseung, diz o detestar. Mas as coisas acabam saindo um pouco do controle quando o mais velho resolve tirar satisf...