XIII

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Jake estava exausto após fugir do garoto por todos os cantos da faculdade. Niki vinha lhe ajudando também, mas ainda era difícil.

– Eu e o Niki vamos ali buscar o nosso boletim na secretaria, você vem?

– Não, eu peguei o meu antes de vocês chegarem. Eu vou ficar aqui esperando vocês. – sentou em um pequeno batente perto do bebedouro.

– Okay.

Assim que os amigos saíram, Jake colocou um dos seus fones de ouvido sem fio e se concentrou no telefone. Estava tão imerso no que rolava pela sua tela, que nem percebeu a aproximação de alguém. Assim que viu os tênis cinza em sua frente, foi subindo o olhar bem devagar. Sua visão foi subindo pelas pernas longas cobertas por um jeans preto, e pelo abdômen pouco marcado na camisa branca. Braços cruzados de frente ao peito e uma expressão intimidadora. Era Lee Heeseung. Mesmo com as pernas um pouco falhas, Jake iria tentar correr. Mas Heeseung se abaixou para ficar mais ou menos em sua altura e segurou seus ombros, lhe mantendo no lugar.

– Não acha que está na hora de conversarmos? – perguntou sério.

– N-nós não temos o que conversar. – tentou soar o mais confiante possível, guardando se fone no bolso e o celular também.

– Não, nós temos sim. – segurou seu pulso sem muita força e esperou o outro se levantar. – Você não vai escapar desta vez, Shim. Se você vier agora, tudo vai ser bem mais simples.

Jake suspirou rendido, se levantando e pegando sua mochila com a mão livre. O Lee começou a lhe guiar por entre os corredores quase vazios da instituição.

– Pra onde está me levando? – não obteve resposta alguma.

Se aproximaram do vestiário, Heeseung sabia que o local estaria vazio. Ao entrar, colocou o garoto contra a parede de armários metálicos.

– Por quê você fugiu? – lhe soltou, mas estava atento a todos os movimentos do garoto. Se lembrou da tranca da porta, então foi rápido em trancar a porta e acender as luzes.

– Que diferença isso faz? – cruzou os braços tentando não surtar, ainda vendo o outro de costas.

– Eu vou ser bem direto. – suspirou. – Eu... Queria algo com você, Jake.

– E por quê acha que eu aceitaria uma coisa dessas? – perguntou ainda com os braços cruzados. Não sabia de onde havia tirado coragem de negar um pedido daqueles, mas então lembrou das atividades recentes do Lee.

– Porque você também ficou mexido com isso.

– "também"? – perguntou em um sussurro inaudível até para si mesmo.

– Agora mesmo, suas orelhas estão rosadas. – colocou a mão no peito alheio. – E seus batimentos... Não me diga que isso é normal.

– Não me toque. – retirou a mão alheia dali, sem grosseria.

– Aceita, vai.

– Não, nesse quesito eu sou egoísta. Não divido. – empinou o nariz.

– Não precisa dividir.

– O quê?

– Eu mostro se você topar.

– Não.

– Por quê essa resistência? – um toque na cintura de Jake e este já estava completamente desestabilizado.

– Ainda é um não. – sua voz quase vacilou.

– Você tem certeza? – puxou o corpo do outro para si, o olhando nos olhos a centímetros de distância de seu rosto.

– Pare de tentar me seduzir! – deu um tapa no peitoral do Lee.

eu te odeio, Lee Heeseung Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon