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APESAR DE AINDA EXISTIREM muitas coisas inexplicáveis no mundo, o corpo humano é uma coisa bem consistente. Se você se machuca, sente dor; se chega perto de algo quente, é calor; se está frio, os pelos se eriçam; se bebe-se muitos líquidos, o que entrou, uma hora há de sair.
Depois de beber tantos drinques, minha bexiga me manda um alerta. Preciso urgente de um banheiro.
— Amiga, eu estou muito apertada. — falo para Huh Yunjin, mas Yeji, que está ao seu lado, consegue nos ouvir com mais facilidade que o esperado devido ao som alto.
— É urgente? — a aniversariante questiona, eu confirmo. — A fila do banheiro deve estar um horror, é melhor você usar o do quarto dos meus pais. — ela diz. Normalmente eu negaria, mas a necessidade fala mais alto. Não tenho tempo para ter vergonha quando estou apertada.
Eu não perco tempo, sigo a aniversariante pela casa, enquanto ela procura pelo molho de chaves que escondeu no armário da pia da cozinha. Assim que ela me entrega e pede para que eu tranque e devolva para ela assim que usar, corro até o lugar.
Estou tão necessitada das graças do trono que esqueço até de passar a chave na porta do quarto, passo apenas na do banheiro e só percebo isso quando escuto alguns burburinhos, o som de duas pessoas entrando no quarto. Provavelmente um casal. Legal.
Preciso expulsar eles daqui antes que as coisas fiquem mais... intensas e Yeji me mate, mas antes, as minhas prioridades.
A sensação de vazio nunca teve um valor tão bem atribuído o quanto agora. Eu relaxo, me sinto outra pessoa. Agora entendo o que a minha mãe quis dizer quando eu perguntei o que ela mais tinha prazer em fazer na vida e ela disse que era, em termos coloquiais, cagar. Não fiz o intitulado de "Número 2", mas o alivio é igual.
Depois de dar descarga e higienizar bem as mãos, estou pronta para acabar com a festinha dos adolescentes animadinhos que entram no quarto. Eu destravo a porta e abro, mas antes de realmente sair, por uma brechinha vejo que são Minho e Jisung.
— Isso é uma tremenda babaquice, Han. — Know fala, um pouco alterado.
Simplesmente não me movo, fico parada atrás da porta sem querer me intrometer na briga.
Espera... uma briga? Han Jisung e Lee Minho, os melhores amigos de todo o colégio, estão brigando agora mesmo no quarto dos pais de Hwang Yeji? Meus drinques eram realmente livres de álcool?
Ficar parada aqui agora faz eu me sentir muito mal, estou violando a intimidade deles. Parece uma conversa muito particular, sinto como se estivesse cometendo um crime, talvez até seja — invasão de privacidade. Mas o que devo fazer em uma situação como esta? Seria melhor eu ir embora, antes que me envolva.