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018: 𝓞 que vem
depois de tudo
de ruim acontecer?

       É DIFÍCIL ATÉ COMEÇAR O DIA, estou completamente abalada

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       É DIFÍCIL ATÉ COMEÇAR O DIA, estou completamente abalada. O que aconteceu comigo no fim de tarde de ontem me causou um tremendo de um choque, tanto que eu ainda me sinto meio por fora da realidade.

É triste, mas muito mais do que isso, é deprimente ver que tudo o que eu acreditei era falso, unicamente fruto da minha imaginação.

       Saio de casa no mesmo horário de sempre, mas com um comportamento completamente diferente. Desde o momento em que levantei da cama, até quando terminei de tomar café da manhã, eu me sinto vazia. Não foco em nada, é como se nenhuma outra coisa mais no mundo me desperte algum tipo de interesse.

       Meus amigos falam comigo, mas continuo olhando para o nada e apenas seguindo a diante, presa no meu próprio mundo de frustrações.

       — Yah! Oh Yoonjoo! — Huh Yunjin tenta chamar a minha atenção.

       A ruiva para na minha frente, bloqueia a minha passagem e me encurrala. Olho para o rosto alheio. Sua boca se move, ela diz algo que não consigo escutar, independente da nossa proximidade. Estou apática. Parece que está brigando comigo.

       — Vamos nos atrasar. — digo apenas isso e a afasto para o lado, tendo passagem.

       Não vamos nos atrasar, ainda temos tempo e moramos relativamente perto do colégio. Apenas não quero conversar, gastar mais horas do meu dia tendo que falar sobre isso e me sentir ainda mais patética do que já me sinto agora.

Temos apenas cerca de quinze minutos antes da primeira aula, mas sei que acabaríamos falando sobre isso no intervalo, no almoço e ainda até na saída.

       Mesmo contrariada, Jennifer segue pelo caminho de todos os dias. Se eu estivesse um pouquinho mais atenta, eu teria percebido que Yang Jeongin não está aqui, de novo.

       Chuto as pedras que encontro pelo meu caminho, procurando uma maneira de me distrair. O tempo todo eu volto para aquele momento, escuto as palavras de Han ecoando pelos meus ouvidos como pela primeira vez. Começa a ficar repetitivo, como o meu filme favorito ao qual decorei praticamente todas as falas, mas desse eu não gosto.

       Só volto para a realidade quando sinto uma mão espalmar no meu rosto e o som alto de um tapa ser mais evidente que a voz de Han Jisung assombrando os meus pensamentos.

       — Ai! — eu exclamo de dor, levando a mão até o local. Pelo estalar e a ardência, suponho que devo estar vermelha.

       — Acordou? — a ruiva pergunta, ela, a autora de tamanha brutalidade.

       — Não precisava. — eu reclamo mais.

       — Precisava sim. — ela discorda de mim. — A outra opção seria te jogar água no rosto, mas o clima hoje está friozinho e não quero te deixar doente. Mas, poxa, Yoon. Estamos falando com você faz um tempão. Como se já não bastasse o Jeongin que agora só vemos nas aulas e olhe lá, agora você resolveu sumir também? Porque nós vemos o seu corpo aqui, mas os seus pensamentos...

𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 '𝐋𝐈𝐊𝐄'; 𝗹𝗲𝗲 𝗸𝗻𝗼𝘄Onde histórias criam vida. Descubra agora