Aqui e Agora

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— Patroa, tem certeza de que é boa ideia?

— Só me dê mais cinco segundos Juarez!

Enquanto falo vou mordendo a língua e tentando alcançar o prego fixado na madeira do pilar, eu não diria que foi a melhor ideia do mundo ter optado por fazer um casamento logo ao ar livre, Juarez não trouxe a escada então como estou esperando que a Alícia traga estamos tentando nos virar da melhor forma ao montar as tendas.

— Patroa! — Juarez exclama tentando se equilibrar nas pernas.

— Só mais um segundinho...

Enquanto peço, faço uma careta, bato com o martelo na ripa de madeira e consigo deixá-lo bem fixado no local, comemoro, mas isso faz com que ele perca o equilíbrio, por mais que segure as minhas pernas Juarez cambaleia e solto um grito alto e aperto os olhos consciente de que vou cair também.

Meu corpo vai para trás e fecho os olhos pronta para cair e me esborrachar no chão, levo alguns segundos para ser amparada e segurada por alguém, os braços grandes e fortes se enfiam debaixo das minhas axilas, respiro pela boca e aspiro o cheiro forte de perfume masculino, sou puxada de imediato para cima e retirada de cima das costas de Juarez.

— Precisa que tomar cuidado!

Reviro os olhos enquanto coloco os pés no chão e tento controlar as batidas rápidas do meu coração, Juarez me encara horrorizado e ainda todo arfante.

— Patroa, está bem? — Juarez pergunta apavorado.

— Sim, eu estou bem e você? — estou arfante.

— Sim, me desculpe, perdi o equilíbrio! — exclama ele nervoso.

Coitado, assustei o pobre homem.

— Vamos fazer uma pausa — digo com dificuldade e respiro fundo tentando me acalmar. — Vai tomar uma água e um café, já te alcanço.

Respiro fundo mais uma vez apoiando as mãos nas pernas, não é uma missão assim tão fácil ter que improvisar na ausência de equipamentos, temos lutado muito para manter a ordem das coisas bem alinhadas, mas acontecem.

Sempre tem um ou dois imprevistos, às vezes mais.

Se não tiver imprevisto, não é uma festa de casamento.

Me viro puxando a saia para baixo, tem esse homem alto e moreno segurando um buquê de rosas de cor brancas para mim, fico paralisada por alguns momentos vendo-o muito calado me fitando.

— Você decidiu não atender as minhas ligações e me bloqueou, precisava ter certeza de que estava segura. — ele fala um pouco sério. — Podemos almoçar juntos?

— Ah...bem... é...

Não sei o que dizer, de verdade.

Olho para o buquê e depois para ele, coloco as mãos na cintura e estou me sentindo deslocada mais uma vez, eu não sou boa nisso como todas as outras mulheres do mundo.

— Não? — ele questiona confuso.

— Pode ir chefe! — Juarez responde à certa distância diante da mesa de lanches. — Eu cuido de tudo, Alícia chegará em cinco minutos.

Ele me dá uma piscadela e eu fico constrangida, é claro que eu sei que quase todos os meus funcionários estão olhando para isso agora, os demais com certeza tentam disfarçar o fato de que um completo desconhecido apareceu aqui trazendo flores para mim do nada.

Grávida do Bilionário PetulanteWhere stories live. Discover now