Outro Jantar

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Toco a campainha e a porta se abre.

Não esperava que fosse abrir tão rápido.

Assim sinto o cheiro forte do perfume masculino e loção pós barba. Acho que faz tanto tempo que eu não faço isso que sinceramente, não tenho muito jeito. Meus olhos se perdem na beleza de ver esse homem alto e sexy usando uma calça folgada de linho beje e uma camiseta branca folgada de algodão, ele está usando sapatos marrons e os cabelos estão jogados para o lado em ondas meio desajeitadas e úmidas.

— Boa noite — mostro a mão com uma pequena flor de cor azul escura que comprei para dar para ele. — Eu trouxe para você.

— Ah!

As sobrancelhas dele se erguem meio surpreso, acho que tem tanto tempo que não saio com ninguém — com esse intuito. — que me esqueci de como funciona a regra social dos encontros, mas de todas as formas, também ganhei flores hoje mais cedo.

— Obrigado — ele diz e pega o caule da rosa então puxa a porta para que eu entre. — Eu tomei a liberdade de escolher um bom vinho.

— Parece ótimo.

Arrumo a alça da minha bolsa no ombro e entro no apartamento espaçoso e moderno, este prédio fica no centro da cidade, para minha surpresa nem tão longe do meu, mas num condomínio bem caro, sei porque conheço bem a região.

Escolhi uma calça jeans cintura alta e uma camiseta branca de mangas, coloquei um cinto preto e calcei um tênis que sempre uso com esse jeans. Passei uma leve camada de maquiagem e deixei os meus cabelos presos por um coque bem-feito, não queria parecer que estava me arrumando demais, sei lá, é algo que eu nunca faço nem para mim mesma.

Quanto mais para algum tipo de encontro.

Olho em volta, os sofás de couro preto combinam perfeitamente com as almofadas de cor marrom e beje, tem uma tv grande fixada na parede e lareira do outro lado da sala está acesa, as portas da sacada estão abertas, todo ambiente iluminado por luzes amarelas amenas.

— Vem — ele chama indo para o rumo da sala. — Quer ouvir alguma coisa?

— O que colocar está ótimo — o sigo.

Confesso que até tentei não ficar pensando muito sobre vir aqui e todo o resto, mas depois das 18:00 quando tudo estava encaminhado no meu atual evento decidi que não queria ir para casa ou ficar lá, ando cansada demais por esses dias.

Talvez seja bom poder dividir outra refeição com Aquiles Braga e conversar sobre qualquer coisa que me distraia.

Ele indica o sofá e pega um controle de tv em cima do centro que fica entre ambos os sofás, liga a tv e sintoniza em um canal de músicas internacionais, me sento colocando a minha bolsa ao meu lado.

— Vou buscar o vinho — avisa ele.

— Tá.

Estou meio sem graça, mas confesso que me parece muito mais agradável ter essa noite com ele do que estar no trabalho ou em casa, também deixei a Alícia cuidando de tudo, sei que para ela será mais uma noite para que aprenda mais sobre como cuidar de tudo na minha ausência.

O vejo se aproximando com uma bandeja de madeira, mas quando ele coloca sobre o centro estofado, vejo que é um tipo de petisqueira com divisórias, as duas taças de vinho no canto dela enquanto no centro tem azeitonas verdes, pretas, amendoim colorido, queijos em bloquinhos, torradinhas e patê em outros recipientes.

— Que graça — digo comigo mesma.

— Minha mãe quem comprou — ele diz e se senta ao meu lado indicando os palitinhos num canto da petisqueira. — Eu coloquei uma carne para assar na churrasqueira elétrica, você gosta de carne assada?

Grávida do Bilionário PetulanteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora