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CAPÍTULO VINTE -  sparks fly

Acho que mesmo sabendo do que Andy sente por mim, tudo parece mais fácil e difícil ao mesmo tempo

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Acho que mesmo sabendo do que Andy sente por mim, tudo parece mais fácil e difícil ao mesmo tempo. Não preciso "esconder" meus sentimentos e fingir que não gosto dele, mas também não sei tratar uma pessoa que foi meu melhor amigo por onze anos como alguém que tenho um relacionamento romântico, já que namorado não é apropriado, por agora.

E o estudo rolou mesmo, e agora Andy está citando a Torá junto com o áudio que eu dei, enquanto eu só o olho, e percebo como ele consegue ser bonito até mesmo falando hebraico.

- Ah, não, Vic! Isso 'tá impossível. - O ruivo jogou sua cabeça para trás, fechando os olhos.

- Beleza, então o que você quer fazer?

- Filme. - O garoto levantou a cabeça no mesmo instante em que falava, abrindo um sorriso.

Concordei com ele e liguei a televisão da sala, fazendo pipoca e sentando ao seu lado no sofá. Podíamos assistir qualquer coisa, não tinha ninguém em casa, e seria minha chance com Andy, sem meu pai interromper.

- O que quer ver? - Ele questionou, olhando para mim, com o controle na mão.

Não consigo fingir que não sinto nada, e sei que ele também não.

- Esquece o filme. - Peguei o controle dele e coloquei na mesa em frente ao sofá. - Vamos conversar.

Andy pareceu confuso por segundos, olhando em volta, parecia que ele achava que eu estava armando alguma coisa.

- Sobre o quê?

- Nós, Andy. O que acha que seria? - O ruivo levantou os ombros, e eu revirei os olhos. Viu? Muito lerdo. - E os boatos, é verdade? - Ele só assentiu a cabeça, olhando para o chão. - Mesmo?

- Mesmo, Vic! Porque acha que eu sempre quero ficar com você, ou porque eu te chamo de loirinha desde de pequenos, ou também porque sempre me ofereço para até sua casa ou até quando eu faço de tudo para ver você sorrir? - Andy arregala os olhos após ter falado tudo de uma vez. - Eu fico em alerta com o resto do mundo, menos com você, e eu poderia esperar pacientemente, mas realmente quero você. Eu 'tô cativado por você, Vic, como um show de fogos de artifício.

Sorri com sua comparação inesperada e estranha, mas suficiente para desejar que ele não pudesse ver o que eu pensava, agora que estávamos perto demais. Deus, ele é um príncipe. Fiquei segundos observando seus olhos verdes, que me conquistavam cada ves mais. Estava quieta, mas lógico que não consegui me segurar.

- Vem cá, sardento. - Falei num sorriso.

Puxei sua mão para ele chegar mais perto de mim e só o beijei, somente um selinho. Ao nos separarmos, ele sorriu e colou nossos lábios novamente, mas agora era um beijo de verdade, digno de novela. Era de língua, lento e calmo, eu explorava sua nuca, e ele, minha cintura e quadril. Eu me sentia nos céus. Eu sentia faíscas voarem, como nos filmes.

Quando realmente nos separamos, eu não conseguia parar de sorrir, de orelha a orelha. Nunca imaginei isso, e nunca esperei que Andy sentisse a meda coisa que eu, isso é novidade ainda.

- Cara, eu 'tô amarradão em você, princesa. - Ele falou, segurando minha bochecha e me puxando para mais um beijo. Ao terminarmos, deitei no seu peito e ele colocou na Netflix. - E aí, o que somos agora? Namorados?

Levantei imediatamente, ele não acharia que seria tão fácil assim, né?

- Que? Nada disso, Goldfarb, eu sou exigente, quero muito mais que um beijinho no sofá de casa e um "namorados?"! - Imitei sua voz no final.

- Beleza.

Foi a única coisa que ele disse antes de pegar seu comum casaco verde, seu skate e sair de casa sem ao menos me dar um tchau, ou um último olhar, nada.

É, eu tenho um péssimo gosto.

**

Já era de noite, mandei algumas mensagens para Andy e nada, nenhuma resposta. Eu sentia o cheiro de comida que minha mãe fazia do meu quarto enquanto mexia no celular. Ouvi a campainha tocar e sai correndo escadas abaixo, na esperança de ser Andy vindo se redimir.

E não é que estava certa? O cara de pau estava lá, parado, e quando me viu, abriu um sorriso.

- Sai, tô brava com você, que me deixa plantada no meio do sofá, e foi embora! - Falei num tom irritado, eu poderia quebrar todos aqueles dentes de seu sorriso lindo em um segundo.

- Licença, princesa.

Ele entrou em casa e foi até a cozinha, fui correndo atrás do ruivo, que falava baixo com meus pais. Por algum motivo, minha mãe sorria, e seus olhos brilhavam, já meu pai, ficou com a cara emburrada. Franzi o cenho para cena, Andy passou por mim novamente e foi até o lado de fora da casa.

Quando voltou, ele estava com um buquê de rosas rosadas, minhas favoritas, e uma caixa de chocolate ao leite. Não podia ser mais lindo e brega do que isso, até ele tirar uma caixinha do bolso. Andy não se ajoelhou nem nada, mas isso era clichê demais, e muito, muito incrível.

- Era isso que queria?

Sorri e assenti, logo pulando nele e dando vários selinhos em seus lábios vermelhos. Quando me desgrudei dele, eu abri a caixinha que ainda estava sua mão, e ela revelou ter uma aliança fina de compromisso, que era meu sonho ter desde criança.

O beijei de novo e olhei para trás quando ouvi risos e cochichos. Meus pais e Melanie sorriam para mim.

- Cara, isso tudo é tão brega e tão sua cara! - Mel disse vindo até mim, me abraçando.

Foi tudo muito mágico, e nunca imaginaria que isso acontecesse comigo. Era realmente digno de novela, que acontece pouco em vida real. Não sabia que mesmo tão nova eu me sentiria tão apaixonada por Andy.

Eu estava vivendo um sonho. Ele me trata como uma dama, e não podia estar mais feliz que agora.

𝐃𝐀𝐘𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓, andy goldfarbWhere stories live. Discover now